IMAGEM: AGÊNCIA PETROBRAS

Levantamento aponta que novos projetos e reapresentações no ano passado somam montante da ordem de R$ 3 bilhões, dos quais R$ 1,6 bilhão para construção, docagem/reparo, modernização e conversões, e outros R$ 1,4 bilhão pleiteados por estaleiro. Liberação de recursos depende de aprovação de agentes financeiros.

O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou prioridade para mais de 100 projetos da indústria naval em 2021. Os valores priorizados nas três reuniões ordinárias, realizadas em março, julho e dezembro do ano passado somam um montante da ordem de R$ 3 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 1,6 bilhão para serviços de construção, docagem/reparo, modernização e conversão de embarcações, e outros R$ 1,4 bilhão pleiteados pelo Estaleiro Jurong Aracruz, do grupo Sembcorp, de Cingapura. Os números constam em levantamento feito pela Portos e Navios (confira a tabela abaixo), com base em dados do Ministério da Infraestrutura.

Os projetos, que dependem de apresentação de garantias para liberação pelos agentes financeiros e repasse dos recursos do FMM, preveem serviços para 9 estaleiros, de 5 estados: Aliança (RJ) Arpoador (SP), Belov (BA), EJS (SC), Enseada (BA) Navship (SC), Rio Maguari (PA), São Miguel (RJ) e Wilson Sons (SP). A lista, que inclui novos projetos e reapresentações, possui entregas previstas até 2025.

Nas reuniões realizadas em 2021, o conselho diretor aprovou prioridades para 13 empresas: Alfanave, Baru Offshore, Bram Offshore, Belov, CBO, Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), JA Q Apoio Marítimo, Macaé Navegação, Petrocity, Saam Towage, SC Transportes, Sulnorte e Transdourada Navegação.

Pela características das embarcações e demandas do agronegócio, a navegação interior continua a concentrar o maior número de unidades, com uma série de balsas e empurradores, principalmente para o transporte de grãos. No segmento de apoio portuário, os destaques foram prioridades para as empresas Sulnorte e Saam Towage referentes a 15 rebocadores de alta tração estática, que variam entre 70 e 75 toneladas de bollard pull. Na cabotagem, somente dois projetos referentes à construção de dois porta-contêineres, de 750 TEUs, para a Petrocity (ES). Houve ainda projetos de docagem e reparo para embarcações da Alfanave e da Bram, no Navship, e da Baru, no estaleiro São Miguel.

A demanda por conversões se manteve aquecida em 2021, com prioridades para conversões de embarcações dos grupos CBO e Edison Chouest em seus estaleiros (Aliança e Navship, respectivamente). A empresa JA Q Apoio Marítimo conseguiu prioridade para conversão de uma embarcação no estaleiro Arpoador, enquanto a Saam Towage teve projeto de modernização priorizado para serviço no estaleiro da Wilson Sons.

Confira a tabela com os projetos do FMM priorizados em 2021

 

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira