Reprodução/YouTube @WHO - 9.jun.2020

 

Órgão quer evitar aglomerações

Celebra testes com vacina de Oxford

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a “opção mais segura” no momento é renunciar às festas de Natal e Ano Novo. A declaração foi feita em entrevista on-line nessa 2ª feira (23.nov.2020) para discutir a situação mundial em relação à pandemia da covid-19.

A líder técnica da OMS para a covid-19, Maria Van Kerkhove, afirmou que “em algumas situações, a difícil decisão de não ter uma reunião familiar é a aposta mais segura”. Ela ainda pediu que se evitem aglomerações.

Os casos de covid-19 estão perto de atingir os 60 milhões em todo o mundo. Eram 1.402.312 mortes pela doença até as 4h30 desta 3ª feira (24.nov), segundo dados do medidor Worldometer. A Europa enfrenta uma 2ª onda da doença e diversos países, como Espanha e França, apertaram as restrições.

Brasil contabilizava 169.485 mortes por covid-19 e 6.087.608 casos da doença até as 18h dessa 2ª feira (23.nov). Os dados são do Ministério da Saúde.

Durante a entrevista, representantes da OMS comemoraram os resultados da vacina da AstraZeneca/Oxford. Mais cedo, a farmacêutica e a universidade anunciaram que o imunizante tem eficácia de 62% a 90%, dependendo da dosagem aplicada.

A organização saudou os esforços “para tornar a vacina acessível”. Em comunicado (íntegra – 149 KB), a AstraZeneca informou que vai pedir autorização de uso emergencial para poder distribuir o imunizante em países de baixa renda.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que os resultados apresentados são “encorajadores”. “Esperamos ver os dados, como fazemos com outros resultados promissores das últimas semanas”.

Na última semana, a Pfizer divulgou estudos que mostram que sua vacina contra a covid-19, desenvolvida com a BioNTech, tem 95% de eficácia. O imunizante da Moderna tem 94,5%.

FONTE: PODER 360 

 

 

Foto: DINO / DINO

 

A falta de pagamento de impostos é um problema grave no Brasil. Levantamento realizado pela Rede de Justiça Fiscal (Tax Justice Network) mostra que o país deixa de arrecadar todo ano em impostos não pagos por milionários e multinacionais o equivalente ao valor que o governo pretende economizar com a reforma da Previdência.

 

Segundo o G1, o estudo mostra que cerca de US$ 14,9 bilhões (ou seja, R$ 79 bilhões considerando o câmbio atual) em impostos deixam de ser arrecadados anualmente. Vale lembrar que a economia estimada pelo governo com a reforma da Previdência é de R$ 800,3 bilhões em uma década ou R$ 80 bilhões anuais.

Com isso, o Brasil fica em quinto lugar no mundo entre os países que mais perdem impostos com a elisão (uso de manobras lícitas para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos) e evasão fiscal por multinacionais e pessoas ricas. Apenas Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França têm situação pior que o Brasil.

Para se ter uma ideia, em todo o mundo, são cerca de US$ 427 bilhões em impostos perdidos, sendo US$ 245 bilhões devido à transferência legal ou ilegal de lucros de multinacionais para paraísos fiscais e US$ 182 bilhões não pagos por milionários que escondem ativos e rendimentos não declarados no exterior.

 Pela primeira vez, em julho deste ano, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) disponibilizou ao público os dados dos chamados relatórios país a país, colhidos pela entidade nos últimos cinco anos como parte da iniciativa Beps (Erosão da base tributária e transferência de lucros tributáveis, na sigla em inglês), o que garantiu a realização do estudo.
 

Nos relatórios, todos as multinacionais com sedes em países da OCDE e lucro acima de 750 milhões de euros por ano são obrigadas a reportar seus registros financeiros, com dados para cada país em que a empresa atua.

FONTE: ISTOÉDINHEIRO

 

Sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília Foto: Divulgação/ STF

FOTO: DIVULGAÇÃO/STF

Ministros decidiram também que o governo não pode utilizar nova metodologia para contar os casos e óbitos da covid-19.

Em julgamento no plenário virtual do STF, os ministros do STF decidiram que o governo não pode utilizar nova metodologia para contar casos e óbitos da covid-19 e o ministério da Saúde deve divulgar dados da pandemia integralmente. A decisão foi unânime.

Em voto condutor, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a Constituição consagrou expressamente o princípio da publicidade como um dos vetores imprescindíveis à Administração Pública.

Os partidos Rede Sustentabilidade, PCdoB e Psol ajuizaram a ADPF 690, contestando atos do governo que restringiram a publicidade dos dados relacionados à covid-19. A pretensão é que o ministério da Saúde seja compelido a dar publicidade, diariamente, aos dados sobre casos confirmados, óbitos, recuperados, hospitalizados e outros.

"A plenitude de acesso é necessária para a detecção de falhas na assistência à saúde da população nas unidades da rede espalhadas pelo país", sustentam. A imposição de um "verdadeiro sigilo" sobre informações e a intenção de reavaliar os dados estaduais da doença escondem, segundo os partidos, a ineficiência e o descaso do governo diante da pandemia.

Os partidos alegam que as medidas violam preceitos fundamentais da Constituição Federal que tratam do direito à vida e à saúde, do dever de transparência da administração pública e do interesse público.

O tema também é objeto das ADPFs 691 e 692. Na primeira, o partido PDT requereu que o governo se abstenha de retirar os dados completos dos canais de informação do ministério da Saúde. Na segunda, o Conselho Federal da OAB pediu a divulgação completa dos dados.

As ações tramitam em conjunto no plenário virtual e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Em setembro, o relator concedeu liminar para que o governo se abstivesse de utilizar nova metodologia de contabilidade dos casos e óbitos, retomando, imediatamente, a divulgação dos dados na forma como veiculada até o dia 18 de agosto.

Publicidade e transparência

Em seu voto no plenário, Moraes destacou que a Constituição, em diversos dispositivos, prevê princípios informadores e regras de competência para proteção da saúde pública, destacando a necessidade de o Estado Democrático assegurar o bem-estar da sociedade.

Para o ministro, dentro da ideia de bem-estar, deve ser salientada como uma das principais finalidades do Estado a efetividade de políticas públicas destinadas à saúde, inclusive a obrigação constitucional do sistema único de saúde (SUS) de executar as ações de vigilância epidemiológica.

"A Constituição consagrou expressamente o princípio da publicidade como um dos vetores imprescindíveis à Administração Pública, conferindo-lhe absoluta prioridade na gestão administrativa e garantindo pleno acesso às informações a toda a Sociedade."

Diante disso, o ministro votou para referendar as medidas cautelares concedidas para determinar que:

(a) o ministério da Saúde mantenha, em sua integralidade, a divulgação diária dos dados epidemiológicos relativos à pandemia (covid-19), inclusive no sítio do ministério da Saúde e com os números acumulados de ocorrências, exatamente conforme realizado até o último dia 04 de junho; e

(b) o governo do Distrito Federal se abstenha de utilizar nova metodologia de contabilidade dos casos e óbitos decorrentes da pandemia da covid-19, retomando, imediatamente, a divulgação dos dados na forma como veiculada até o dia 18 de agosto.

FONTE: MIGALHAS

 

 

FOTO: CORTESIA IBAMA

 

Um surto de covid-19 na plataforma P-69, da Petrobrás, uma das unidades que produzem no supercampo Tupi (ex-Lula), maior produtor do País, obrigou a estatal a desembarcar trabalhadores e fazer uma testagem preventiva nos demais, além de promover uma higienização adicional na plataforma.

"A Petrobrás informa a ocorrência de desembarques por suspeita de covid-19 na P-69, localizada na bacia de Santos. Os colaboradores que manifestaram sintomas, bem como seus contactantes, desembarcaram imediatamente e foram testados em terra, com acompanhamento das equipes de saúde da Petrobrás e orientações para isolamento", disse a empresa em nota, sem informar o total de trabalhadores desembarcados.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), 31 trabalhadores testaram positivo para a doença e foram desembarcados. Nesta quinta-feira, 19, mais 30 deixarão a unidade por terem tido contato com os empregados contaminados. Uma equipe de emergência será embarcada para manter a produção do campo em operação, o que é criticado pelo Sindipetro-LP.

"Se levar em conta que atualmente a POB (Pessoas a Bordo da Instalação) da unidade é de 140 pessoas, a média de contaminação é muito alta, o que caracteriza surto da doença. Diante dessa situação, a gerência da unidade resolveu que, ao invés de parar a produção, vai embarcar funcionários para compor equipes de emergência", informou o sindicato, que critica o acúmulo de trabalho pela equipe a bordo e o risco de mais contaminações. "Isso é o mesmo que “brincar” de roleta russa."

Petrobrás
Por causa da pandemia, a Petrobrás ampliou o período de home office de área administrativa até o fim de março. Foto: Sérgio Moraes/Reuters
Segundo a Petrobrás, a companhia testou todo o efetivo a bordo, incluindo empregados próprios e colaboradores de empresas prestadoras de serviços. "Os profissionais que tiveram teste positivo foram desembarcados e, como medida adicional, todos os contactantes dos casos positivos, mesmo tendo testado negativo, desembarcaram e ficarão em isolamento em terra para posterior repetição do teste", disse a estatal.

De acordo com o Sindipetro-LP, os trabalhadores devem procurar os diretores de base para registrar a contaminação como acidente de trabalho (CAT), o que vai afetar a Taxa de Acidentes Registráveis (TAR) da Petrobrás.

A Operação Ouro Negro, composta pelo Ministério Público do Trabalho, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Anvisa criou um protocolo de recomendações para as empresas, operadoras e prestadoras de serviço na cadeia de petróleo que recomenda a emissão de CAT em caso de contaminação do trabalhador pelo coronavírus a bordo. O mesmo entendimento foi confirmado em relatório pela Fiocruz, mas a Petrobrás contesta.

"O Tribunal Superior do Trabalho também reconhece a covid-19 como acidente de trabalho, seja por doença profissional ou doença do trabalho equiparada ao acidente", informou o Sindipetro-LP.

Fonte: Estadão

 

 

Carteira de Trabalho

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta segunda-feira (23) que o ritmo de geração de empregos observado nos últimos meses deve desacelerar. Ele prevê uma perda aproximada de 300 mil vagas formais de trabalho em 2020.

Até setembro, o país registrou uma perda líquida (admissões menos demissões) de 558 mil empregos formais. Os saldos negativos foram registrados de março a junho, com o fechamento das atividades pelo país devido à pandemia.

De julho a setembro, no entanto, houve geração de vagas (139 mil, 244 mil e 313 mil, respectivamente). "O Brasil criou empregos. Eu nem acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado. É provável que dê uma desacelerada", afirmou Guedes em seminário virtual promovido pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

Apesar disso, Guedes diz que a perda de empregos neste ano representará cerca de 20% do resultado negativo observado em 2015 e 2016. "Nós possivelmente vamos chegar ao fim deste ano perdendo 300 mil empregos", afirmou.

Em 2015 e 2016, houve perda de 1,5 milhão e 1,3 milhão de empregos com a crise econômica vivida pelo país, respectivamente.

A pouco mais de um mês para o fim do ano, Guedes defendeu calma na observação dos números da Covid-19 para se analisar se o coronavírus está voltando em uma nova onda, o que poderia ter como consequência o fechamento de atividades. "Alguns dizem que a doença está voltando. Espera aí. Agora parece que está havendo um repique, mas vamos observar", disse.

 "Os dados são que a doença desceu substancialmente e a economia se recuperou extraordinariamente bem. Brasil e China foram as economias que se recuperaram com mais velocidade. Vamos continuar recuperando empregos daqui até o fim do ano", disse.
 

Para o ministro, estaria contribuindo com a indústria nacional o patamar atual do câmbio. "O juro bem mais baixo e o câmbio la em cima. Isso está estimulando as exportações, protegendo os mercados locais contra exportações externas no meio dessa crise", disse.

Guedes afirmou que o principal desafio do ano que vem será transformar o que chamou de "recuperação cíclica baseada em consumo" em uma retomada sustentável baseada em investimentos para ampliação da capacidade produtiva e aumento da produtividade e salário dos trabalhadores.

 

Para isso, diz, serão necessárias as reformas como a PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, que limita despesas, e outras como a reforma tributária. "Vamos reduzir os impostos sobre as empresas, vamos simplificar os impostos, vamos para o imposto de valor adicionado. Então estamos no caminho certo, temos que perseverar, ter disciplina, e voltar às reformas estruturantes", disse.

O governo tenta há meses avançar em diferentes pontos da agenda econômica, mas problemas na articulação política do governo, a pandemia e as eleições travaram o avanço das pautas.

Guedes reconheceu erros do governo em um item da agenda econômica, as privatizações."O programa de privatização não andou direito. Houve obstáculos políticos e equívocos nossos dentro do próprio governo. Temos que admitir o que está errado, porque, se não, não conseguimos consertar", disse.

Em outro seminário da manhã desta segunda, ele afirmou que outros ministros não querem as privatizações. Mas não citou nomes.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Receitas do grupo Maersk caem 6,5% no 2.º trimestre para 7,5 mil milhões

REUTERS

 

A Maersk atingiu no terceiro trimestre uma margem de EBITDA de 25,4%, algo inédito no transporte marítimo de conteineres.

O grupo AP Moller-Maersk anunciou hoje uma melhoria de 39% no EBITDA do terceiro trimestre, de 1,7 para 2,3 mil milhões de dólares, apesar da quebra de 1,4% no volume de negócios, de 10,1 para 9,9 mil milhões de dólares.

Determinante para os resultados excepcionais foi o negócio Ocean, que atingiu um EBITDA de 1,8 mil milhões de dólares (511 milhões dólares mais do que no período homólogo de 2019), para um volume de receitas de 7,1 mil milhões de dólares (menos 3,6%), o que representa uma margem operacional de 25,4%!

Controlo e redução de custos, gestão restrita da capacidade (para encher os navios, ainda que arriscando prejudicar a quota de mercado), um aumento procura, e logo, dos fretes no curto prazo, ajudam a explicar a performance alcançada.

Já ontem, a Maersk anunciou a revisão em alta da previsão do EBITDA para o final do ano, dos 7,5-8 mil milhões de dólares anunciados ainda em Outubro passado, para 8-8,5 mil milhões de dólares.

Soren Skou diz-se confiante sobre o futuro, mas cauteloso também por causa da volatilidade e da incerteza decorrentes da pandemia.

A Maersk prevê que este ano a procura mundial de transporte marítimo de contentores caia 4-5%.

FONTE:TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

 

Vacina

FOTO:REUTERS

 

A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca tem eficácia que varia de 62% a 90% contra a covid-19, apontam estudos feitos com mais de 20 mil pessoas. Em média, a proteção oferecida é de 70%.

O anúncio é, ao mesmo tempo, uma boa notícia e uma relativa decepção depois que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna mostraram um nível de proteção de 95%.

No entanto, a vacina de Oxford é muito mais barata e mais fácil de armazenar e chegar a todos os cantos do mundo do que esses dois imunizantes.

Dessa forma, caso seja aprovada por órgãos reguladores, a vacina de Oxford/AstraZeneca terá um papel fundamental no combate à pandemia. Especialistas avaliam que nenhum imunizante terá sozinho a capacidade de conter a doença, algo que seria possível apenas com a distribuição dos vários imunizantes eficazes, seguros e disponíveis.

"O anúncio de hoje nos leva mais perto do momento em que poderemos usar vacinas para acabar com a devastação causada (pelo coronavírus)", disse a cientista que projetou a vacina, Sarah Gilbert.

Num espaço de dez meses, os pesquisadores da universidade britânica realizaram um processo de desenvolvimento de vacina que tradicionalmente leva uma década.

O governo do Reino Unido encomendou 100 milhões de doses da chamada "vacina de Oxford", o suficiente para imunizar 50 milhões de pessoas. O governo brasileiro, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também planeja distribuir 100 milhões de doses.

O que os estudos mostraram?

Mais de 20 mil voluntários estiveram envolvidos, metade no Reino Unido e o restante no Brasil.

Eles foram divididos em diversos grupos. Foram registrados 30 casos de covid-19 em pessoas que receberam as duas doses da vacina e 101 casos da doença em pessoas que receberam um placebo.

Por isso, os pesquisadores afirmaram que o imunizante oferece 70% de proteção em média.

Quando os voluntários receberam duas doses "altas", a proteção foi de 62%, mas aumentou para 90% quando as pessoas receberam uma dose baixa seguida por uma alta. Não está claro ainda por que há essa diferença.

"Estamos muito satisfeitos com esses resultados", disse o professor Andrew Pollard, o principal pesquisador do estudo, em entrevista à BBC.

Ele disse que os dados de eficácia de 90% eram "intrigantes" e significavam que "teríamos muito mais doses para distribuir".

Além disso, fases anteriores da pesquisa apontaram que a vacina funcionava de forma eficaz para todas as faixas etárias.

Quando as vacinas serão distribuídas?

No Reino Unido, há 4 milhões de doses prontas para uso, e outras 96 milhões para serem entregues.

No Brasil, a Fiocruz negociou um acordo com a AstraZeneca para a compra de lotes e transferência de tecnologia, o que permitiria a produção da vacina no Brasil no início de 2021.

O acordo prevê a entrega de 15 milhões de doses até dezembro de 2020 e outros 15 milhões até janeiro de 2021. Esse montante seria suficiente para imunizar 15% da população brasileira. Em seguida, seriam produzidas mais de 70 milhões de doses, com custo unitário em torno de R$ 12.

Mas isso depende ainda de uma análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até poder ser distribuída no Brasil. Não há prazo determinado para esse aval.

Ambos os países estão concluindo o planejamento de distribuição da vacina na população. Idosos e profissionais de saúde devem estar nos primeiros lugares da fila.

Os resultados são decepcionantes?

Depois que a Pfizer e a Moderna produziram vacinas com 95% de proteção da Covid-19, um patamar de eficácia média de 70% parece relativamente decepcionante.

Mas não é bem assim. Primeiro, autoridades de saúde ao redor do mundo, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), consideram um triunfo qualquer imunizante que esteja acima do patamar de 50% de eficácia.

Depois há as vantagens de armazenamento, preço final, capacidade de produção e logística de distribuição.

No cenário mundial, os responsáveis pela vacina Oxford/AstraZeneca garantem que terão a capacidade de entregar 3 bilhões de doses ao longo de 2021. Além disso, esse imunizante pode ser armazenada em geladeiras comuns, o que significa que pode ser distribuída em todos os cantos do mundo. Além disso, o custo no Brasil giraria em torno de R$ 12 por dose.

Por outro lado, as fabricantes das vacinas Pfizer / BioNTech e Moderna afirmam que terão capacidade de produção de 1,3 bilhão e de 1 bilhão de doses em 2021, respectivamente, mas demandam temperaturas muito mais baixas.

A princípio, o imunizante Pfizer/BioNTech precisa de temperatura de menos 70 °C para evitar que a substância perca seu efeito. Isso pode se tornar um grande empecilho em regiões remotas ou muito quentes.

Outro problema seria a disponibilidade desse imunizante no Brasil. Por ora, não há nenhum acerto para compra ou transferência de tecnologia ao país. Mesmo se o governo brasileiro e as duas empresas fecharem um acordo, as primeiras doses só chegariam aqui a partir do primeiro trimestre de 2021, uma vez que outras nações já garantiram os primeiros lotes.

Em comparação, o produto da Moderna tem a vantagem de um armazenamento a menos 20 °C. Essa é uma temperatura muito mais fácil de garantir com os congeladores e freezers de que o Brasil dispõe atualmente.

Não há muitas informações sobre a possível chegada dessa vacina ao Brasil. Um caminho para obter o produto pode ser o Fundo de Acesso Global à Vacina para a Covid-19 (Covax), criado pela OMS com o objetivo de distribuir doses aos países menos desenvolvidos. O Brasil faz parte da iniciativa, mas não está claro quantas doses seriam repassadas ao país.

Estimativas recentes da Moderna apontaram que o preço por dose deve ficar em torno de R$ 170. A da Pfizer/BioNTech, em quase R$ 110. Mas os valores finais ainda devem ser definidos oficialmente. Ambas demandam a aplicação de duas doses para garantir a eficácia.

Como a vacina Oxford/AstraZeneca funciona?

A vacina utiliza um vírus de resfriado comum geneticamente modificado que costumava infectar chimpanzés, um adenovírus.

Ele foi alterado para impedir que cause uma infecção em pessoas e para carregar partes do gene do coronavírus, entre elas a proteína spike (ou "de pico").

Uma vez que essas moléculas estão dentro do corpo, começam a produzir a proteína spike do coronavírus que o sistema imunológico reconhece como ameaça e aprende a destruir.

Quando o sistema imunológico entra em contato com o vírus de verdade, agora ele sabe o que fazer.

FONTE: BBC

13º Salário: Principais regras e a incidência dos Encargos Sociais

IMAGEM: Contábeis

 

Segundo nota técnica do governo, acordos de redução salarial não devem ser considerados. Primeira parcela deve ser paga até o próximo dia 30

O 13º salário deve ser pago integralmente mesmo para quem teve jornada e salário reduzidos durante a pandemia. O esclarecimento foi feito em nota técnica divulgada ontem (17) pelo Ministério da Economia, que recebia vários questionamentos sobre o assunto. Segundo as secretarias envolvidas, tanto para o 13º como para o cálculo das férias “não deve ser considerada a redução de salário de que trata a Lei nº 14.020”. Sancionada em julho, a lei criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Assim, pela nota técnica, o 13º deve ser calculado com base na remuneração integral de dezembro. A orientação vale mesmo que o trabalhador esteja recebendo, naquele mês, remuneração menor devido à jornada reduzida. A primeira parcela deve ser paga até o próximo dia 30.

 Já em caso de suspensão de contrato, o período não trabalhado não será considerado para efeito de cálculo. A não ser que o empregado tenha trabalhado por mais de 15 dias no mês. No caso das férias, também não vale o tempo de suspensão do contrato – o trabalhador só tem direito após completar 12 meses de serviço.

Questionamentos

Segundo o governo, a nota foi divulgada devido “ao volume de questionamentos diários direcionados à Secretaria de Trabalho”. Assim, “não se mostra razoável não emitir um direcionamento claro à sociedade, mormente considerando que a ausência de posicionamento causa insegurança jurídica no planejamento dos empregadores sobre os cálculos que devem observar”.

De acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, quase 9,8 milhões de trabalhadores receberam o benefício emergencial previsto pela lei, para complementação de renda. Foram mais de 10,5 milhões de acordos de redução de jornada, de abril a outubro – 4,2 milhões tiveram diminuição salarial de 70%, 3,6 milhões, de 50% e 2,8 milhões, de 25%. Houve ainda 8,2 milhões de acordos de suspensão do contrato.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

(Foto: Advocacia-Geral da União)

Vencedor da licitação cobrará pela distribuição da água e poderá gerar energia solar

Marca das gestões do PT na área de infraestrutura, a transposição do rio São Francisco deve ser entregue à iniciativa privada pela gestão Jair Bolsonaro no próximo ano. O governo planeja fazer o leilão de concessão em julho de 2021.

A empresa vencedora cuidará da operação dos reservatórios, estações de bombeamento e 477 quilômetros de canais, que alcançam quatro estados do Nordeste —Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

O governo tem feito sondagens com investidores e busca empresas de grande porte que poderiam operar um sistema de complexidade alta.

No radar da equipe econômica, estão companhias como a brasileira Weg, que já atua em sistemas de distribuição de água e irrigação em outros países.

"O nosso objetivo é garantir o suprimento hídrico. Nas secas que ocorreram no Nordeste de 2013 a 2016, os quatro estados e o governo federal gastaram de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em medidas emergenciais para garantir o acesso da população à água", disse à Folha o diretor de programa da secretaria do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), André Arantes.

transposição do São Francisco é a maior intervenção hídrica do Brasil. As obras começaram em 2007, no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo é interligar as águas do São Francisco a rios dos quatro estados beneficiados.

 

A obra está 97% concluída, segundo o governo. O eixo leste do empreendimento foi inaugurado em 2017 e está em fase de pré-operação. O eixo norte tem previsão para início das operações no primeiro semestre de 2021.

Entre as justificativas para a privatização, o governo argumenta que o empreendimento, de alto custo, é dependente do Orçamento da União, limitado por causa da crise fiscal.

O plano da concessão é uma parceria entre o PPI, do Ministério da Economia, e o Ministério do Desenvolvimento Regional.

Membros do Executivo argumentam que o governo não deveria atuar diretamente na operação de sistemas desse tipo, mas sim se preocupar com a regulação da atividade, assim como faz no setor elétrico.

Os investimentos da União na obra já alcançam R$ 10,8 bilhões e o valor total para a conclusão é estimado em R$ 12 bilhões.

Além disso, o custo anual de operação e manutenção do sistema gira em torno de R$ 280 milhões, valor integralmente bancado pelo Tesouro Nacional.

Os contratos da concessão devem ter duração de 25 a 30 anos. Para fazer a modelagem, o governo contratou o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Ainda não há definição do modelo, e a conclusão dos estudos deve ser apresentada no primeiro trimestre do próximo ano.

Para atrair interessados, o governo permitirá que eventuais investidores gerem energia solar junto ao sistema da transposição, já que a região recebe alto nível de incidência do sol.

"Nós temos uma demanda bastante firme de energia, que é algo equivalente a 70% do custo de operação e manutenção do sistema. Então, tem um potencial atrativo para uma empresa interessada em prover a autoprodução para o projeto", afirmou Arantes.

A ideia é que a empresa ou o consórcio vencedor possa usar a energia para alimentar a operação e eventualmente vender o excedente de energia produzida.

Além disso, o empreendimento vai gerar receita por meio da distribuição da água que flui pelos canais. Cada estado beneficiado pagará pelo volume que entrar em seu sistema. A forma de pagamento ainda está em discussão entre os entes e a União.

Os técnicos do governo afirmam que uma das premissas da concessão será a obrigação de que o operador preste o serviço cobrando valores baixos, possíveis de serem pagos pelos usuários.

"A gente tem buscado primordialmente a redução de custo. A ideia é perseguir a modicidade tarifária com a garantia da prestação do serviço pelo setor privado", disse o diretor de programa do PPI.

A estimativa do governo é que a transposição beneficiará até 12 milhões de pessoas em 390 municípios quando a operação estiver em pleno funcionamento.

Embora parte do empreendimento tenha sido inaugurada em 2017, a obra apresentou falhas. No mesmo mês da inauguração, houve um rompimento que fez com que a operação fosse interrompida por 15 dias.

Como mostrou reportagem da Folha em 2019, a construção passou a apresentar sinais visíveis de deterioração: paredes de concreto rachadas, estações de bombeamento paralisadas, barreiras de proteção rompidas, sistema de drenagem obstruído e assoreamento do canal em alguns trechos.

Em agosto deste ano, cerca de 2.000 pessoas tiveram de ser evacuadas nas proximidades de uma barragem no município de Jati, na região sul do Ceará (cerca de 530 quilômetros de Fortaleza).

Na ocasião, uma tubulação se rompeu e gerou um vazamento na obra, que faz parte do eixo norte do projeto. O trecho havia sido inaugurado dois meses antes pelo presidente Jair Bolsonaro.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

O plenário do STF pode julgar se o trabalho intermitente é constitucional. Esse tipo de contrato foi admitido pela reforma trabalhista de Michel Temer de 2017

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar nesta quinta-feira (19) se o trabalho intermitente é constitucional. Admitido pela reforma trabalhista de Michel Temer, na lei 13.467/2017, esse tipo de contrato de trabalho tem sido questionado por representantes dos trabalhadores. O modelo “rompe com a promessa de pleno emprego e de valorização do trabalho humano”, valores previstos na Constituição. É o que diz o advogado José Eymard Loguercio, sócio da LBS Advogados, que representa a CUT no processo.

Em entrevista a Hyndara Freitas, no portal Jota, Loguercio afirma que a ideia de que o contrato intermitente seria capaz de “formalizar” informais “não se concretiza uma vez que o que se verificou nesse período foi que a informalidade se manteve ou até mesmo cresceu, e os empregos formais foram se transformando em empregos precários”.

Enquanto empregadores defendem o modelo como forma de tornar as contratações mais flexíveis e criar mais empregos, entidades de trabalhadores defendem frente a esse julgamento no STF que o trabalho intermitente agrava a precarização do trabalho.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) atua como amicus curiae na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 5826, que tem como relator o ministro Edson Fachin, que foi ajuizada em 2017 pela Federação Nacional Dos Empregados Em Postos De Serviços De Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro). A entidade questiona os dispositivos da CLT, inseridos pela reforma, que preveem o contrato de trabalho intermitente.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

Plataforma semi-submersível P-18 (SS-44) operando no Campo de Marlim na Bacia de Campos.

FOTO:PETROBRAS

O navio MV Carmen, um rebocador de uma empresa que presta serviço à Petrobras, naufragou na madrugada de hoje no campo de Albacora, na Bacia de Campos, e os 18 tripulantes foram resgatados sem ferimentos por duas embarcações de apoio que estavam próximas, informou a Marinha em nota.

A OceanPact Geociências, responsável pela embarcação, informou que o navio realizava atividade de batimetria quando naufragou por volta das 4h55. O navio adernou às 4h25, a cerca de 53 milhas náuticas do Cabo de São Tomé, em profundidade próxima a 250 metros, e a tripulação decidiu por abandonar a embarcação conforme orientação de procedimentos de segurança, acrescentou a OceanPact.

A empresa reiterou que não há desaparecidos e que ninguém se feriu. Segundo a Marinha, a empresa proprietária do navio foi notificada a manter uma embarcação em prontidão na área, com capacidade de contenção de óleo no local do naufrágio, a fim de garantir a segurança da navegação e a prevenção da poluição.

Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.

FONTE: UOL

 

IMAGEM: GOOGLE

Acordo prevê até 90 dias para alguns benefícios; STF ainda tem que homologar pacto

Um acordo assinado nesta semana pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e pelo presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Leonardo Rolim, fixou prazos maiores do que os previstos pela legislação para que o instituto analise e responda aos pedidos de benefícios e conclua as perícias médicas necessárias à concessão de benefícios por incapacidade.

Anunciado como uma medida que reduzirá a espera dos segurados, o termo foi visto com desconfiança por advogados que atuam na área.

A lei 8.213, que trata da maioria das regras da Previdência, prevê que o primeiro pagamento do segurado seja efetuado em até 45 dias a partir da data da apresentação da documentação do referente ao pedido.

Quando o INSS demora mais do que esses 45 dias para responder, o pedido passa a ser considerado em atraso, gerando correção monetária pelo INPC, que é paga junto ao primeiro depósito.

O acordo assinado por MPF (Ministério Público Federal) e INSS chega a esticar esse prazo a até 90 dias, como é o caso da concessão de benefícios assistenciais a pessoas com deficiência ou idosos. As aposentadorias comuns também passarão a ter esse prazo mais longo, de três meses.

Também assinaram o documento o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, o advogado-geral da União, José Levi, o defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior, e o secretário executivo do Ministério da Cidadania, Antonio José Barreto de Araújo Júnior.

Para o advogado Diego Cherulli, diretor do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, o acordo é inócuo e pouco democrático, uma vez que sua elaboração não teve a participação de advogados ou de entidades que representem os segurados do INSS.
 

“Ele visa impedir as pessoas a irem à Justiça. O prazo já existe e precisa ser cumprido. O Estado é muito pouco punido pelo não cumpimento das regras”, diz.

A seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) informou que divulgará nota de repúdio aos termos do acordo. O presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-SP, José Roberto Sodero, afirma que a extensão dos prazos é contrária à cidadania.

“Especialmente nos benefícios por incapacidade, 45 dias de prazo é muito tempo para alguém que está doente e sem trabalhar, muitas vezes sem renda”, diz. Sodero também critica a ausência da advocacia na construção do acordo.

A articulação do acordo, segundo o MPF, partiu do PGR devido à tramitação de um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, no qual se discute se a Justiça pode estabelecer prazo para o INSS realizar perícia médica e implantar benefícios.

Em fevereiro, Aras solicitou a suspensão do processo para que os envolvidos discutissem uma solução amigável.

O acordo assinado na segunda não tem efeito imediato. Ele ainda precisa ser homologado pelo STF e, a partir disso, levará seis meses para começar a valer. No caso da perícia, o documento prevê que os prazos começam a contar quando, passada a pandemia, a agenda dos médicos estiver normalizada.

A PGR afirma que não falará sobre as queixas dos advogados, pois “não antecipa manifestações que possam ser objeto de ação judicial.”

FONTE: FOLHA DE S.PAULO