Ilustração de mãos com currículos

IMAGEM: Currículos (Mykyta Dolmatov/Getty Images)

 

Fórum que envolve CUT, CTB, NTSC, UGT, CSB e Força levou proposta ao presidente do Senado, que, assim como o presidente da Câmara, deu sinal verde

O Fórum das Centrais anunciou após reunião virtual nesta segunda-feira (3) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o encaminhamento da criação de um grupo tripartite envolvendo Congresso, representantes dos trabalhadores e de confederações patronais visando criar propostas para a retomada econômica e consequente geração de empregos no país. O tema já havia sido acordado com presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), na semana anterior.

A intenção é colocar o grupo em funcionamento o mais rápido possível, nas próximas semanas, a fim de começar a tratar de propostas concretas. Os trabalhadores serão representados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NTSC), União Geral de Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Força Sindical.

Dois dias antes da reunião, no sábado (1º), Dia do Trabalhador, as centrais fizeram um ato virtual unificado onde o emprego foi um dos temas centrais. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na sexta-feira (30) pelo IBGE, o total de desempregados subiu a 14,423 milhões no país, maior número da série histórica. São 400 mil a mais em um trimestre (crescimento de 2,9%) e 2,080 milhões em 12 meses (16,9%). A taxa média de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro foi a 14,4%.

Auxílio emergencial e MP 1045

Outro ponto abordado na reunião foi a elevação para R$ 600 do valor da nova rodada do auxílio emergencial. Atualmente ele varia de R$ 150 a R$ 375. O Fórum das Centrais argumentou sobre a necessidade de o Congresso Nacional viabilizar o reajuste. Para isso, seria necessário um entendimento com o governo federal. Apesar de cientes da dificuldade para que isso ocorra, os representantes dos trabalhadores terão o reforço do ex-presidente Lula nesta semana. Ele está em Brasília para, dentre outros compromissos, articular com lideranças do Congresso Nacional o aumento do valor. Ainda nesse campo, Pacheco afirmou que pretende levar ao Congresso um programa de renda cidadã básica.

O terceiro grande ponto em debate foi a Medida Provisória 1.045/2021, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, editada pelo governo federal e publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (28). Neste ponto, as centrais reivindicam maior participação dos sindicatos nas negociações coletivas, visto que a normativa da gestão Bolsonaro-Guedes praticamente exclui a representação dos trabalhadores.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

IMAGEM: REPRODUÇÃO

Primeira edição da iniciativa, em 2020, serviu como compromisso de preservação de vagas

A associação que reúne as maiores redes de varejo do país, o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), vai decidir nesta segunda (3) se lança ou não uma nova edição do movimento Não Demita, criado em 2020 para tentar mitigar o desemprego na pandemia.

Formado por nomes como Magazine Luiza, Riachuelo e Centauro, o IDV fez pressão nos últimos meses para o governo relançar o programa de corte de jornada e salário, argumentando que, caso contrário, poderia ter demissão em massa.

 A nova rodada do Não Demita, agora, funcionaria como contrapartida das empresas que adotarão o corte de jornada.
 

A primeira edição do movimento nasceu no começo da pandemia e serviu como compromisso informal de preservação de vagas por alguns meses, como uma camada adicional de segurança ao trabalhador, além da garantia provisória de emprego que tem no próprio programa do governo.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

IMAGEM: SERGIO MORAES/REUTERS

Estatal exerceu direito de preferência sobre as áreas e, para ministro, ninguém entrará nos projetos sobre ela

Depois de cortar em 70%, em média, o valor dos bônus do próximo leilão do pré-sal, previsto para dezembro, o governo anunciou nesta segunda-feira (3) que a Petrobras terá direito de preferência para operar as áreas que serão licitadas, em um indicativo de que haverá oferta pelos blocos.

No leilão, o primeiro com oportunidades no pré-sal após o início da pandemia, o governo oferecerá duas áreas que não atraíram interessados em evento que ficou conhecido como megaleilão do pré-sal, em 2019.

Caso se confirmem as ofertas da Petrobras, o governo garantirá uma arrecadação extra de R$ 11,1 bilhões em 2021. A estatal, porém, não é obrigada a fazer lances, mesmo tendo exercido direito de preferência previsto em lei.

O direito lhe garante uma fatia mínima de 30% no consórcio vencedor, mesmo que sua oferta tenha sido derrotada durante o leilão. A regra foi estabelecida em 2017, por lei que acabou com a presença obrigatória da estatal em consórcios do pré-sal, vigente havia sete anos.

Nesta segunda, em entrevista à CNN, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse acreditar que nenhuma empresa entrará na disputa sem participação da Petrobras. “Ela é considerada a empresa de petróleo mais qualificada para fazer produção em águas profundas e ultraprofundas, que é o caso dessa área de Sépia e Atapu”, afirmou.

Em nota divulgada na semana passada, a Petrobras diz que "a manifestação do interesse está em linha com o Plano Estratégico da companhia, com foco na concentração dos seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas".

As áreas do próximo leilão, chamadas Atapu e Sépia, eram parte de um conjunto de quatro blocos oferecidos no megaleilão, quando o governo arrecadou R$ 69,9 bilhões com a concessão de outras duas áreas à Petrobras em parceria com estatais chinesas.

O pedido da Petrobras é para os campos de Atapu e Sépia, áreas que foram oferecidas, respectivamente, por R$ 13,7 bilhões e R$ 22,9 bilhões em 2019. Há duas semanas, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) anunciou que na nova oferta os bônus serão de R$ 4 bilhões e R$ 7,1 bilhões.

A falta de interesse de petroleiras privadas naquele leilão foi interpretada pelo mercado como reflexo dos altos preços pedidos pelo governo para projetos que tinham incertezas sobre reembolsos de investimentos feitos pela Petrobras.

Na semana passada, em um primeiro passo para tentar conceder as áreas, o MME anunciou acordo entre a Petrobras e a estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.) com um cálculo final sobre os reembolsos, que ficarão na casa dos US$ 6,45 bilhões (R$ 36 bilhões, pela cotação atual).

A compensação será de US$ 3,253 bilhões para Atapu e US$ 3,2 bilhões para Sépia. Os valores podem ser ampliados entre 2022 e 2023, caso o preço do petróleo atinja média anual superior a US$ 40 por barril, até um limite de US$ 70 por barril.

Os reembolsos são necessários porque a Petrobras foi responsável pela descoberta dos reservatórios, mas segundo contrato assinado com o governo em 2010, tem direito a produzir apenas parte do petróleo que está no subsolo.

Esse contrato ficou conhecido como cessão onerosa. Em troca de ações da estatal no processo de capitalização da companhia, o governo deu à empresa 5 bilhões de barris de petróleo, mas os reservatórios tinham reservas maiores do que as cedidas à estatal.

Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é fixo e vence a disputa a empresa ou consórcio que se comprometer a entregar a maior parcela da produção ao governo, depois de deduzidos os custos de produção e a recuperação do investimento.

Para o leilão de dezembro, o CNPE estipulou que os lances mínimos serão de 5,89% da produção para Atapu e de 15,02% para Sépia. Em nota, o conselho disse que "os parâmetros escolhidos derivam de estudos robustos que envolvem modelagens geofísicas, geológicas, de reservatório e econômicas".

Recentes resultados negativos na busca por petróleo em áreas do pré-sal indicam que o tempo de "bilhete premiado" da maior província petrolífera brasileira já passou e reforçam argumento de petroleiras para defender mudanças no modelo de leilões no país.

A expressão foi usada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ilustrar a elevada taxa de sucesso da Petrobras nos primeiros poços na região, argumento que justificou aprovação de lei que garantiu fatia maior da receita ao governo e um mínimo de 30% de cada projeto à estatal.

A indústria do petróleo defende o fim do regime de partilha da produção, que é tema de um projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP). As empresas defendem que o modelo, instituído por Lula após a descoberta do pré-sal, reduz a viabilidade dos investimentos.

O texto dá ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) a atribuição de definir qual o regime contratual para cada bloco licitado. Atualmente, o regime de partilha vigora no chamado polígono do pré-sal, área de 149 mil quilômetros quadrados entre Santa Catarina e o Espírito Santo.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

IMAGEM: OIT

 

É imperativa a sintonia do pensamento progressista do Brasil com estas necessidades dos trabalhadores brasileiros.

Celebrar o 1º de maio, com toda a sua história de conquistas, em meio a um ano de pandemia, nos traz importantes pontos de reflexão. A grande mobilização de trabalhadores e trabalhadoras nos Estados Unidos, há 135 anos, em favor da jornada de trabalho de 8 horas diárias, bem como as inúmeras lutas que marcaram a realidade da classe trabalhadora brasileira, contrastam agora com um século 21 de ameaças ao processo de expansão de direitos trabalhistas. E colocam em evidência a crescente precarização do trabalho humano.

Falta de regulamentação para novas atividades, especialmente aquelas ligadas à digitalização dos hábitos de consumo; redução de proteção aos trabalhadores, formais ou informais; e maiores riscos àqueles empregos até então regulamentados são alguns dos aspectos recentes que ampliam desigualdades sociais. É como se retrocedêssemos a dois ou três séculos atrás em garantias de direitos.

É imperativa a sintonia do pensamento progressista do Brasil com estas necessidades dos trabalhadores brasileiros. E isto precisa ocorrer, sobretudo, enfrentando-se a tendência de combinar avanço tecnológico com a regressão de direitos. Se o relógio não pode ser paralisado ou girado para trás, por outro lado é evidente que a “lei da selva” não é um caminho compatível com a responsabilidade social ou mesmo com a responsabilidade fiscal. Com efeito, o que esperar da “bomba fiscal” resultante da justa demanda futura por seguridade social para esses trabalhadores hoje precarizados? Mudanças de trajetória precisam ser realizadas já.

Basta observar os difíceis índices que já se apresentam, potencializados pela situação de pandemia e crises multissetoriais que se estabelecem no país. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE, divulgada na última semana, revela que o Brasil alcançou marca recorde: mais de 14 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre deste ano. Patamar histórico também entre os desalentados, aqueles que desistiram de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho: são mais de 6 milhões de pessoas nesta situação. Uma realidade de desesperança que nos entristece.

Em contraposição a tantas tragédias sociais, no Maranhão já colocamos este ano mais de R$ 500 milhões extras para girar a economia, com investimentos por meio do Programa Maranhão Forte, adiantamento do 13º salário dos servidores e diversos auxílios emergenciais para trabalhadores que tiveram suas atividades afetadas em decorrência da pandemia. E o resultado mais uma vez foi comprovado por meio do Caged, do Ministério da Economia: o Maranhão segue com saldo positivo de empregos formais, o 2º melhor resultado do Nordeste. Mesmo diante de nossas limitações fiscais, provamos que é possível governar com responsabilidade social e fiscal.

A história brasileira de lutas da classe trabalhadora tem muito a nos ensinar. É preciso reviver essas experiências, atualizando-as e apontando para a essência de uma nova utopia, tendo a valorização do trabalho humano no centro de um ciclo renovado de transformações sociais. A luta pelo trabalho digno precisa continuar.

FONTE: PORTAL VERMELHO

(Imagem: Ageu da Rocha/Futura Press/Folhapress)

Imagem: Ageu da Rocha/Futura Press/Folhapress

A petroleira deverá pagar R$ 300 mil de dano moral coletivo por impedir o acesso de um dirigente sindical ao local de trabalho.

A juíza do Trabalho Suzane Schulz Ribeiro, da 3ª vara de Vitória/ES, condenou a Petrobras a pagar R$ 300 mil de danos morais coletivos após ter impedido o ingresso de dirigente sindical em seu próprio local de trabalho. Para a magistrada, a conduta da Petrobras representa atitude antissindical.

O sindicado dos Petroleiros do Espírito Santo ajuizou ação trabalhista após um dirigente sindical ter seu acesso às dependências da Petrobras vedado pela própria empresa. Consta nos autos que o trabalhador pretendia realizar solicitações pertinentes com o seu direito de férias. A Petrobras justificou sua conduta argumentando que restringiu o acesso de dirigentes sindicais para impossibilitar a prática de atos ilegais no interior da empresa.

Ao apreciar o caso, a magistrada afirmou que o ingresso de dirigentes sindicais em seu próprio local de trabalho não representa abuso de prerrogativas sindicais, ou violação do direito de propriedade da empresa, durante o horário de expediente, seja para execução de tarefas, seja para realizar solicitações pertinentes com o seu direito de férias, como no caso. "Pelo contrário, a atitude da Reclamada é que representa conduta antissindical", disse.

De acordo com a juíza, combater as condutas antissindicais apenas fortalecem o ambiente democrático devendo a liberdade sindical, "portanto ser reafirmada e defendida, conforme explicitou nossa Constituição e os diversos instrumentos nacionais e internacionais".

Assim, e por fim, a magistrada determinou que a Petrobras se abstenha de impedir o acesso de dirigentes sindicais ao local de trabalho ou a instalações administrativas; e condenou a empresa a indenizar em R$ 300 mil por dano moral coletivo.

FONTE: MIGALHAS

IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER 360

 

Comissão ouve Queiroga

E também ex-ministros

Câmara deve discutir LSN

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu até esta 2ª feira (3.mai.2021) para o relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentar o texto.

A ideia de Lira é criar um ambiente favorável à aprovação de mudanças neste ano. Será importante notar nos próximos dias se há sinais de que essa situação se consolida.

O tema é discutido há décadas no Congresso. O Poder360 avalia que é diminuta a possibilidade de uma reforma tributária ampla ser aprovada na Câmara e no Senado em 2021.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que a reforma tributária seja aprovada em 4 fases:

  • transformação do PIS/Cofins num tributo sobre valor adicionado;
  • revisão de impostos seletivos;
  • redução de IR de empresas e tributação de dividendos;
  • regularização de impostos não recolhidos.

CPI DA COVID-19

A CPI instalada pelo Senado para apurar a forma como o governo federal lida com a pandemia e o uso de recursos da União repassados a Estados e municípios terá seus primeiros depoimentos:

  • 3ª feira (4.mai) – falam os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich;
  • 4ª feira (5.mai) – fala o general Eduardo Pazuello, também ex-ministro da Saúde;
  • 5ª feira (6.mai) – é a vez do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. Também deve falar o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.

Serão depoimentos longos. Provavelmente enfadonhos. Os convocados vão se defender, jogando na retranca.

O único que tem incentivo para atacar o governo é Mandetta. Fará uma grande revelação? Difícil. Caso faça, terá de responder por que não falou antes.

Mandetta é hoje citado como pré-candidato a presidente (ele tem 1% ou 2% nas pesquisas). Vai dizer que Bolsonaro atuou de maneira negacionista. As frases terão destaque nos telejornais e na mídia em geral. Mas é improvável que traga alguma novidade.

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), dá entrevista ao programa Roda Viva nesta 2ª.

O plenário do Senado ainda não tem pauta divulgada. Os representantes das bancadas na Casa costumam se reunir às quintas-feiras para avaliar o que pode ser votado.

A Comissão de Agricultura da Casa receber o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Geraldo de Melo Filho , nesta 2ª para falar sobre o projeto sobre a regularização fundiária discutido pelos senadores.

CÂMARA E LSN

Na 2ª feira (3.mai) será decidido se haverá sessão conjunta do Congresso (Câmara e Senado) no dia seguinte. A ideia é votar o PLN (projeto de lei do Congresso Nacioal) 4 de 2021, que remaneja as emendas cortadas no Orçamento e restabelece despesas obrigatórias. Não deve haver surpresas.

Havendo sessão do Congresso, o plenário da Câmara deve ter sua 1ª sessão da semana na 4ª feira (5.mai). O Poder360 destaca os seguintes projetos que podem ser votados:

  • Segurança Nacional (PL 2.462 de 1991) – revoga a LSN e cria tipos penais para substituí-la. Leia o relatório;
  • Pedágios (PL 886 de 2021) – dispõe sobre a cobrança de pedágios. Leia o relatório;
  • Mercado de trabalho (PL 1.558 de 2021) – pune com multa casos em que homens e mulheres recebem salários diferentes exercendo a mesma função. Leia o relatório;
  • Dívidas (PL 3.515 de 2015) – estabelece medidas para casos de superendividamento. Leia o relatório;
  • Cultura (MP 1.012 de 2020) – dispõe sobre o Plano Nacional de Cultura e o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais;
  • Polícia (MP 1.014 de 2020) – dispõe sobre a organização da Polícia Civil do Distrito Federal.

Esses não são todos os projetos da pauta (244 KB). Também não devem ser votados todos no mesmo dia. Uma parte deve ficar para 5ª feira. Ou ser votada na 3ª, se não houver sessão do Congresso.

Além disso, algumas comissões da Casa devem receber ministros:

  • Ricardo Salles – ministro do Meio Ambiente deve participar de sessão da Comissão do Meio Ambiente da Câmara na 2ª feira (3.mai) às 13h. Salles será questionado sobre a alta no desmatamento;
  • Paulo Guedes – ministro da Economia é aguardado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para falar sobre “distorções” em projeções do governo federal apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) às 9h de 3ª feira (4.mai);
  • Braga Netto – o general que comanda o Ministério da Defesa participa de reunião da Comissão de Relações Exteriores. Fala sobre as prioridades da pasta em 2021 às 9h de 4ª feira (5.mai). Também devem participar:
    • Almir Garnier Santos – comandante da Marinha;
    • Paulo Sérgio Nogueira – comandante do Exército;
    • Carlos de Almeida Baptista Jr. – comandante da Aeronáutica.
  • Tereza Cristina – ministra da Agricultura é esperada em sessão da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para falar sobre as prioridades da pasta em 2021 às 9h de 4ª feira (5.mai).

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara tem audiência pública na 6ª feira (7.mai) sobre a participação de mulheres na política. Estão entre os convidados:

  • Roberto Barroso – presidente do TSE e ministro do STF;
  • Augusto Aras – procurador-geral da República;
  • Damares Alves – ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

FONTE: PODER 360

Acordo fará com que cargas argentinas cheguem diretamente por Suape para serem distribuídas na região. (Foto: Rafa Medeiros/Divulgação)

IMAGEM: RAFA MEDEIROS/DIVULGAÇÃO/DIÁRIO DE PERNAMBUCO

 

Pacto com Argentina vigora desde 85

Já o do Uruguai foi assinado em 1976

 

O governo brasileiro decidiu não renovar os acordos bilaterais para transporte marítimo que mantém há décadas com Argentina e Uruguai. Os pactos estipulam, entre outras coisas, que a movimentação de mercadorias entre portos dos países signatários deve ser feita, de preferência, em navios registrados em uma destas nações.

O acordo assinado com a Argentina, 3º maior parceiro comercial do Brasil, está em vigor desde 1985. Já o pactuado com o Uruguai, desde 1976. Ambos preveem a hipótese de cancelamento unilateral, bastando, para isso, que uma das partes comunique sua intenção antecipadamente.

Segundo dados da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, 46% de todos os produtos que o Brasil exportou para a Argentina, em 2019, foram transportados por via marítima. No caso do Uruguai, este percentual ficou na casa dos 40%.

A decisão brasileira já foi notificada às autoridades dos 2 países. E não é inédita. Em 2020, o Brasil não renovou o convênio que mantinha com o Chile desde 1974. Além dos acordos com Argentina e Uruguai (ainda em vigor), o Brasil mantém tratados semelhantes com a Alemanha, Argélia, Bulgária, China, França, Polônia, Portugal e Rússia.

Com o fim dos acordos, o Brasil reduz reserva de mercado, ampliando a competitividade no setor. “Constatamos que há uma reserva de mercado, uma imposição de barreira geográfica que restringe a competição entre as empresas, limitando a capacidade dos usuários escolherem seus fornecedores, além de outros efeitos que acabam por onerar o frete”, afirmou a secretária-executiva do Conselho Nacional das Zonas de Processamento e Exportação, do Ministério da Economia, Natasha Martins do Valle Miranda, em um debate que o Instituto Besc de Humanidades e Economia realizou no mês passado.

Segundo Natasha, os acordos contribuem para encarecer o valor dos custos de transporte de mercadorias entre os países signatários o que, segundo ela, motivaram a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade a defender o fim dos acordos.

“Além das questões concorrenciais, nossa análise é baseada nos princípios e ordenamentos da OCDE. Todos sabem que tanto o Brasil quanto a Argentina pleiteiam uma vaga na organização. E caso um dos 2 a consiga, não poderemos manter este acordo. Logo, nós, do governo como um todo, temos que olhar para a OCDE a fim de deixar nosso ordenamento [jurídico] mais perto do que a organização dispõe”, acrescentou a secretária.

REPERCUSSÃO

O diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias do Ministério de Infraestrutura, Dino Antunes Dias Batista, disse, durante o debate, que a pasta defende a manutenção dos acordos bilaterais desde, pelo menos, 2015, quando o governo brasileiro passou a discutir a revogação do tratado com o Chile.

“Desde lá, o ministério tem feito uma defesa bastante firme pela manutenção destes acordos. Porque, no nosso entendimento, eles permitem uma regularidade fundamental para a logística”, disse Batista ao sustentar que os acordos cumprem o objetivo de desenvolver o intercâmbio comercial entre os países signatários.

“Porém, não estamos sozinhos no governo. Existe toda uma discussão, bastante aprofundada. E o governo recebeu muitas demandas de usuários. E os principais usuários da navegação de grande cabotagem [entre países vizinhos] explicitaram que querem o fim destes acordos”, acrescentou o diretor. “Acabar com um acordo destes é muito simples, é relativamente rápido, mas retomá-los é muito complicado. Se errarmos a mão, será muito difícil voltar atrás.”

Consultado pela Agência Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se manifestou favorável à decisão. Segundo o coordenador de logística do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Carlos Alberto Nunes, a medida faz parte de um “processo contínuo de revisão das relações comerciais do Brasil com seus vizinhos”.

“Estamos com estes acordos [em vigor] há muitas décadas e seus balizadores estão defasados. Hoje, há uma variedade de produtos, de navios com diferentes configurações, legislações distintas para operação das embarcações. Logo, é necessário ajustar estes parâmetros e não vejo muita dificuldade em fazermos estes ajustes”, disse Nunes ao sugerir que novos acordos podem vir a ser negociados em breve, em outros termos.

“[Enquanto isso] O transporte de mercadorias poderá ser feito por navios de qualquer bandeira, o que é positivo, pois estimula a concorrência entre as empresas de navegação, o que pode resultar em menores custos logísticos, o que é bom para todos”, acrescentou o representante do Mapa.

Para a Abac (Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), a decisão do governo não leva em conta a importância dos acordos para todo o setor associado à navegação marítima. “Encerrando o acordo, entregaremos as cargas hoje operadas pelas empresas brasileiras a companhias estrangeiras que atuam no mercado internacional”, sustentou a entidade.

Segundo a Abac, cerca de 20% de toda a carga movimentada em contêineres pelo conjunto das empresas brasileiras de navegação têm como origem ou destino portos argentinos ou uruguaios. Movimentação que, de acordo com a entidade, ajuda a fortalecer a navegação costeira entre portos brasileiros –atividade que o governo pretende estimular por meio do chamado Programa de Incentivo à Cabotagem (BR do Mar), objeto do projeto de lei 4.199/2020, que tramita no Congresso Nacional em regime de urgência.

“A decisão [de não renovar os acordos] certamente deveria ser revista para que a tomada de decisão fosse baseada em números concretos e projeções de mercado, bem como na importância de investimentos em navegação no Brasil, em lugar de entregar um mercado para empresas estrangeiras que não geram empregos, não recolhem tributos e impostos no país e, na sua maioria, utilizam embarcações operando em registros abertos, que têm custos operacionais significativamente menores”, defendeu a Abac.

Já para a CNI (Confederação Nacional das Indústrias), o fim dos acordos, se concretizado, será positivo. “Esta é uma prioridade do setor industrial, pois trata-se uma demanda da nossa base em função das deficiências nas áreas de logística e infraestrutura, que figuram como um dos principais entraves para o melhor desempenho do comércio exterior brasileiro”, sustenta a entidade. Para a confederação, os acordos são “instrumentos defasados” que desestimulam a competição e contribuem para o aumento dos custos.

“O fim das políticas de reserva de carga no transporte marítimo é relevante para aumentar a competitividade do comércio exterior brasileiro e a integração internacional da economia. No setor de transporte internacional, a experiência tem demonstrado que o que reduz fretes e aumenta o nível de serviços é a competição”, acrescenta a entidade.

Na Argentina, armadores classificaram como “lamentável” a exclusão da navegação de grande cabotagem do rol de serviços contemplados em regimes especiais de tratamento como forma de promover a integração regional.

FONTES:PODER 360/Agência Brasil.

Foto: Divulgação/Ibama

 

Cifra foi calculada por auditores fiscais do trabalho que foram a bordo da embarcação na sexta-feira

A soma dos salários atrasados dos tripulantes do navio Srakane, que está atracado na região do Porto de Santos, supera a marca de US$ 111 mil, o equivalente a R$ 602 mil. A cifra foi calculada por auditores fiscais do trabalho que foram a bordo da embarcação nesta sexta-feira (30). Na próxima semana, será traçada uma estratégia para que os marítimos recebam os valores e tenham melhores condições de permanecer no cargueiro.

Na última quarta-feira, equipes que participam de uma ação da Operação Descartes flagraram o descaso com os marítimos, que estavam sem água, alimentos e combustível.

Os 15 tripulantes que ainda estão a bordo são de, pelo menos, três países. Oito deles são da Geórgia e o restante se divide entre nascidos na Ucrânia e em Montenegro.

Segundo o auditor fiscal do trabalho Rodrigo Aoki Fuziy, todos os contratos de trabalho estão vencidos. Isto significa que, após o prazo pré-determinado para trabalho no Srakane, os marítimos não foram repatriados ou tiveram a jornada prorrogada.

Agora, eles estão em uma situação um pouco melhor porque há mais suprimentos, água de bordo, água para beber e alimento”, contou o auditor. Além da falta de itens básicos, ainda há problemas de higiene e segurança a bordo.

 Os banheiros estão sujos e com problemas estruturais. O sistema de esgoto está saturado e a estimativa do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é de que 80 toneladas de resíduos devem ser retirados da embarcação.

 Segundo Fuziy, também faltam equipamentos de proteção individual e há muito lixo acumulado na embarcação. Os resíduos estão acumulados, inclusive, no convés, o que é proibido. “As cabines estão em más condições, o navio é antigo e há coisas rasgadas e sujeira”, afirmou.

Responsáveis

O auditor fiscal do trabalho explica que a agência de navegação descrita no sistema Porto Sem Papel como responsável pelo navio Srakane afirma que não presta mais serviços à embarcação. “Sabemos que há um outro agente que está provendo água e suprimentos. O comandante recebeu essa pessoa, mas precisamos identificá-lo”.

 

Segundo Fuziy, uma alternativa é acionar a seguradora da embarcação para conseguir pagar os salários atrasados dos tripulantes e providenciar a repatriação. No entanto, todos os marítimos devem estar de acordo com a proposta e ainda não há uma unanimidade.

Na próxima semana, os auditores-fiscais conversarão novamente com a tripulação para definir o que será feito. Enquanto isso, a embarcação foi obrigada pelo Ibama e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a remover os resíduos que permanecem na embarcação. A determinação ainda não foi cumprida.

FONTE: A TRIBUNA

Plataforma de petróleo

IMAGEM: DIVULGAÇÃO/PETROBRAS

Petrobras nega surto em plataformas e diz estranhar greve na Bacia de Campos

A Petrobras recebeu com “estranheza” a convocação da greve dos trabalhadores nas plataformas da Bacia de Campos, na região Norte Fluminense, como afirmou em nota ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Os petroleiros iniciaram o movimento nesta segunda-feira, 3. Em comunicado divulgado na última sexta-feira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) acusa a empresa de ser negligente com a saúde dos funcionários embarcados e expô-los à disseminação do coronavírus.

 A entidade afirma ainda, na nota, que a companhia está desrespeitando o acordo coletivo de trabalho, ao ampliar a estada dos seus empregados nas plataformas de 14 para 21 dias e também por não divulgar o número de acidentes de trabalho, que, segundo o sindicato, deveria incluir os casos de covid-19.

Em resposta, a empresa disse refutar “a acusação de desrespeito às leis ou orientações sanitárias. Todas as ações da companhia têm base em evidências científicas e determinações de autoridades sanitárias”. Segundo a estatal, ao contrário do que acusam os sindicatos de petroleiros, não há surto nas plataformas.

Relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registra 5,5 mil contaminações, acumuladas desde o início da pandemia, em unidades produtivas do setor de exploração e produção de petróleo e gás natural. Os números são relativos às operações de todas as operadoras, mas, a maior parcela se refere à Petrobras.

No último mês, 310 pessoas se contaminaram em navios e plataformas marítimas. Do início de janeiro até o início de fevereiro, foram 791. De fevereiro para março, 211. E, de março para abril, 556. Desde o princípio do ano, a agência reguladora registrou 1.868 casos de coronavírus no segmento de E&P brasileiro.

A Petrobras argumenta que possui um “rigoroso protocolo preventivo” em suas unidades marítimas e que “age rapidamente sempre que um colaborador reporta sintomas a bordo, providenciando o desembarque desse colaborador antes de qualquer confirmação de Covid-19, bem como de todos os que tiveram contato próximo com ele”.

O protocolo de prevenção da Petrobras da empresa inclui a realização de teste antes do embarque para as plataformas e a adoção da escala de 21 dias, contra a qual o sindicato protesta. Segundo a empresa, a medida foi adotada para reduzir a rotatividade e o risco de contágio nas embarcações.

Segundo a ANP, as plataformas estão operando com 73% do seu efetivo, atualmente. No início do ano, o porcentual era de 75%.

A FUP, com a greve, reivindica ainda a distribuição de máscaras de proteção do tipo PFF-2 para todos os trabalhadores. A Petrobras respondeu que o material usado por seus funcionários atende às recomendações das autoridades sanitárias e que estenderá a distribuição de máscaras PFF-2 a todos os trabalhadores das unidades operacionais, em terra e em mar.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

IMAGEM: osestrelinhas.blogs.sapo.pt

1º de maio pela vida, emprego e democracia, escreve Clemente Ganz

Proteção da vida tem de ser prioridade

Auxílio precisa voltar a ser de R$ 600

Democracia ainda é alvo de ataques

Centrais sindicais se unem em 1º.maio

 

O que aconteceu durante esse ano que antecedeu o 1º de maio foi muito diferente de tudo o que já se viveu nas últimas décadas. A crise sanitária inédita na velocidade de propagação e de contaminação travou a economia no mundo, obrigando-nos a realizar o isolamento e o distanciamento social para fugir da morte. Foi um ano difícil porque as consequências foram a recessão, o desemprego, o medo e a insegurança. Foi um ano duro porque foi preciso ganhar tempo para aprender a enfrentar a covid-19, para descobrir vacinas em tempo recorde e começar a imunização de 7,7 bilhões de pessoas em um mundo profundamente desigual. Muito desse drama perdurará até o 1º de maio do próximo ano. Portanto, há muita luta pela frente.

No Brasil esse foi um ano radicalmente diferente, estupidamente difícil e duro. Isso porque o governo Bolsonaro agravou a tragédia com a intencional descoordenação, o negacionismo, os péssimos exemplos e horríveis iniciativas. Um excelente quadro sintético dos impactos da crise sanitária sobre o mundo do trabalho no Brasil é apresentado pelo Dieese no estudo “Especial primeiro de maio”, disponível em www.dieese.org.br.

Nesse quadro complexo, as centrais e as entidades sindicais atuaram, sempre respeitando e promovendo os protocolos de proteção social. Foi muito mais difícil estar nas ruas e nos locais de trabalho com os cuidados necessários. A atuação ganhou novos campos. Desde as ações de solidariedade, com recolhimento de alimentos e distribuição de cestas básicas; o uso dos carros de som para esclarecer a população; o apoio com estrutura física e equipe médica para assistir os trabalhadores. O sindicalismo reorganizou e implementou reuniões, encontros, debates e assembleias virtuais, passou a fazer consultas e negociações coletivas pela internet, entre inúmeras outras iniciativas.

Na atuação nacional propuseram, em fevereiro de 2020, o Abono Emergencial correspondente ao valor da cesta básica calculada pelo Dieese, aprovado pelo Congresso como Auxílio Emergencial de R$ 600, que assistiu mais de 70 milhões de pessoas e garantiu demanda para girar a economia. Apresentaram medidas para a proteção dos empregos e dos salários, melhorias no seguro-desemprego, apoio e crédito às micro e pequenas empresas, entre outras propostas.

Diante da intencional ausência de coordenação nacional pelo governo federal para o enfrentamento da pandemia, as Centrais Sindicais atuaram junto aos governadores e prefeitos, parlamentares e partidos políticos, propondo iniciativas de articulação, cooperação e coordenação da batalha de combate à pandemia. Apoiaram as iniciativas de governadores e prefeitos para produzir e comprar vacinas, estabelecer mecanismos de cooperação por meio de consórcios, entre tantas outras iniciativas.

Neste 1º de maio as Centrais Sindicais indicam que a proteção da vida é a nossa maior prioridade. Para proteger a vida e reativar a economia, vacina para todos já e auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia. Fortalecer o SUS, proteger os profissionais da saúde e dos serviços essenciais são medidas fundamentais.

A prioridade do emprego começa protegendo-o com medidas de sustentação dos salários e manutenção dos postos de trabalho, assim como com crédito e assistência às micro, pequenas e médias empresas.

A democracia foi e continua sendo atacada e desqualificada pelo presidente. Cabe-nos a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito, das instituições que o compõem, do cumprimento das suas atribuições e responsabilidades e defesa da liberdade.

Vamos dar um basta à estupidez, à ignorância, ao autoritarismo e aos descalabros desse governo.

Seguir, mudando e tomando outro caminho. A tarefa, desde já, é formular um projeto nacional de desenvolvimento para o país, que recoloque a perspectiva da justiça social e da sustentabilidade ambiental, a geração de emprego, o incremento da produtividade, a distribuição de renda e a inserção soberana do país no mundo como eixos articuladores do projeto. Elaborar uma estratégia de desenvolvimento que recoloque a nação com a coluna ereta, com o olhar para o futuro enxergando o caminho a ser seguido e com as mãos no presente para coletivamente construí-lo.

 

FONTE: PODER 360

Navio-tanque São Sebastião na operação de off-loading com o navio de produção FPSO Cidade de Angra dos Reis. Campo de Lula, na Bacia de Santos.

IMAGEM: PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

 

A produção da Bacia de Santos ultrapassou, pela primeira vez, 70% da produção nacional de petróleo, registrando a maior participação relativa na série histórica e a sexta maior, até hoje, em valores absolutos. No total, foram produzidos 2,56 milhões de barris de óleo equivalente por dia, (MMboe/d), sendo aproximadamente 1,993 MMbbl/d (milhão de barris por dia) de petróleo e 90 MMm3/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás natural.

O resultado consta do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural do mês de março de 2021, que traz os dados consolidados da produção nacional no período. O boletim foi divulgado nesta segunda-feira (3) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A produção nacional foi de cerca de 2,844 MMbbl/d de petróleo e 126 MMm3/d de gás natural, totalizando 3,637 MMboe/d. Na comparação com o mês anterior, houve aumento de 0,9% na produção de petróleo e redução de 3,9% na de gás natural. Já na comparação com março de 2020, houve redução de 4,3% no petróleo e aumento de 3,6% no gás natural.

 

A produção do pré-sal foi de 2,097 MMbbl/d de petróleo e 89,4 MMm3 de gás natural, totalizando 2,660 MMboe/d. Houve aumento de 2,4% em relação ao mês anterior e de 6,7% se comparada à do mesmo mês em 2020. A produção do pré-sal teve origem em 118 poços e correspondeu a 73,1% do total produzido no Brasil, alcançando o maior percentual já registrado em relação ao total nacional.

→ Parceria entre Mercado Bitcoin e Empiricus dá um empurrão inicial e ajuda o investidor a apostar em moedas digitais

Em março, o aproveitamento de gás natural foi de 97,5%. Foram disponibilizados ao mercado 50,1 MMm³/dia.

A queima de gás no mês foi de 3,1 MMm³/d, uma redução de 8,7% se comparada ao mês anterior e de 6,6% se comparada ao mesmo mês em 2020.

Produção e destaques

Em março, os campos marítimos produziram 96,7% do petróleo e 86,5% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras responderam por 94,5% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil.

O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural em março, registrando 862 MMbbl/d de petróleo e 40,2 MMm3/d de gás natural.

A plataforma Petrobras 75, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, foi responsável por 154,372 Mbbl/d de petróleo e a instalação com maior produção.

A instalação Polo Arara, com os campos de Arara Azul, Carapaúna, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste Uruco, por meio de 32 poços a ela interligados, produziu 7,202 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.

Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.032. Tupi, na Bacia de Santos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 56.

 

FONTE: MONEY TIMES

 

Vista aérea do Porto de Paranaguá (PR): BR do Mar é considerada o modal ideal para o transporte de grandes cargas por grandes distâncias.

IMAGEM: José Fernando Ogura/ANP

Sem acordo, relator diz que Br do Mar não tem data para ser votada no Senado

Diz que recebeu dezenas de emendas

Infraestrutura cita votação “em breve”

Projeto estimula comércio marítimo

O relator do projeto chamado de Br do MarNelsinho Trad (PSD-MS), disse ao Poder360 que ainda não há previsão para a matéria ser votada no Senado. A medida visa facilitar o transporte entre portos no Brasil.

“Então eu não vou estabelecer um prazo determinado por que serão muitas reuniões que nós vamos tabular com os autores das emendas e com o próprio Ministério de Infraestrutura.Na 2ª feira já estou pedindo uma agenda lá.”, disse o senador.

Considerado um dos focos do governo de Jair Bolsonaro, o texto foi aprovado na Câmara em dezembro de 2020. Em um acordo com os senadores, o Planalto retirou a urgência constitucional da matéria, que obrigava que a análise fosse feita até 23 de abril.

O combinado era dar mais tempo para que projeto pudesse ser votado ainda em maio pela Casa. Apesar de não admitir publicamente, o Ministério da Infraestrutura reconhece esse acordo e aguarda a votação já no próximo mês.

Perguntado sobre o tema, a pasta respondeu: “A articulação política dos projetos junto ao Congresso Nacional compete à Secretaria de Governo da presidência. O Ministério da Infraestrutura segue confiante que a votação do BR do Mar acontecerá em breve.”

O senador Nelsinho Trad disse que recebeu quase uma centena de emendas ao projeto –sugestões de mudanças– e que precisa de tempo para conversar com cada autor e com o ministério para chegar a um texto de consenso. No sistema do Senado, constam 43 emendas protocoladas.

“Sem diálogo e sem ouvir as partes você não chega a entendimento. O Senado é uma Casa conciliatória, a gente tem que procurar conciliar os interesses dos Estados que detém a indústria naval, da região Norte, no que tange a praticagem, são vários quesitos que foram elencados.”, afirmou o senador.

principal crítica de senadores ao projeto é que ele prejudicaria a indústria nacional. O líder do DEM no Senado, Marcos Rogério (RO), queria mudar trechos da medida, mas há resistência por parte do governo e do Ministério da Infraestrutura.

“Tem pontos da BR do Mar que devem ser melhor avaliados. O setor nacional se arrebenta com esse projeto, você tem vários investimentos que foram feitos com o modelo legislativo em vigor e que de uma hora pra outra você muda.”, disse ao Poder360 em 6 de abril.

O senador disse à época que o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, queria a aprovação sem nenhuma mudança. Ele disse, entretanto, que via avanços nas negociações com a pasta entendendo que o Senado não seria só um “carimbador”. Desde então, o projeto não andou para ser pautado e analisado.

O projeto de lei quer fomentar o uso da cabotagem –a navegação entre portos do país– por meio do aumento da oferta de embarcações e, portanto, da concorrência no setor.

Uma das principais mudanças é a ampliação de possibilidade de aluguel de embarcações (o chamado afretamento). O texto derruba, por exemplo, a exigência imediata de embarcação própria para a atividade.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, a lei atual faz com que a operação de navio com bandeira brasileira custe 70% a mais do que um navio estrangeiro. Hoje, a modalidade representa 11% de participação da matriz logística do país –a expectativa é que passe para 30% ao ano com o projeto.

“O projeto traz regras diferentes de afretamentos de embarcações justamente para que ele possa aumentar a quantidade de embarcações operando na costa em cerca de 40%. Queremos ampliar o volume de contêineres transportados por ano, de 1,2 milhão para até 2 milhões, em 2022”, afirmou o ministro Tarcísio de Freitas.

A proposta é uma obsessão do Executivo. O governo decretou urgência sobre o projeto, o que impedia que outros PLs fossem votados na Câmara antes dele. Esse dispositivo foi retirado no acordo com o Senado.

FONTE: PODER 360