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A plataforma de petróleo Carioca deixou o estaleiro Brasfels em Angra dos Reis (RJ) em direção ao campo de Sépia, da Petrobras, no pré-sal da Bacia de Santos, onde deverá chegar nesta segunda-feira para iniciar a produção em agosto, informou a afretadora japonesa Modec à Reuters.
Será a maior unidade do tipo FPSO a operar no Brasil, com capacidade para processar diariamente 180 mil barris de petróleo (bpd) e 6 milhões de metros cúbicos de gás, além de armazenar 1,4 milhão de barris de petróleo, segundo a Modec, responsável pela construção e operação do navio.
O FPSO Carioca será a única plataforma a entrar em operação a serviço da Petrobras neste ano. Para 2022, estão previstas pela petroleira estatal outras duas unidades, também da Modec, nos campos de Mero e Búzios, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.
Em entrevista por email, o gerente comercial e de finanças da Modec no Brasil, Felipe Baldissera, destacou que a companhia quer continuar a contribuir com o avanço da indústria de óleo e gás no país, onde está há quase 20 anos.
Segundo ele, o Brasil representa metade dos investimentos globais em FPSO nos próximos anos e segue como país-chave na estratégia mundial da japonesa.
“O mercado de FPSOs, em particular, segue extremamente promissor e pudemos ver sua força e resiliência nos últimos anos, onde mesmo num mercado de retração global e postergação de projetos, o Brasil foi um país em que as empresas mantiveram ou aumentaram suas perspectivas de investimento e foco”, afirmou.
“Inclusive, nossa sólida experiência no Brasil tem nos ajudado a atuar como um hub para estruturarmos nossas operações em outros países, como México e Senegal. Hoje, podemos dizer que estamos exportando muito do que foi aprendido no Brasil para atuar em outros mercados.”
Com mais de 50 anos no mercado, a empresa atua desde 2003 no Brasil, onde tem mais de 2,4 mil empregados no país, sendo mais de 90% deles brasileiros. Seus clientes no país são Equinor, Petrobras, Shell e Total.
O FPSO Carioca é a 13ª plataforma já desenvolvida pela Modec para o offshore brasileiro. A primeira fase da conversão do FPSO foi realizada no estaleiro Cosco, em Dalian, na China, de onde saiu rumo ao Brasil em novembro de 2020, chegando ao estaleiro Brasfels em fevereiro deste ano.
No Brasil, as atividades da unidade envolveram mais de 600 profissionais e incluíram a construção e instalação do flare do navio, bem como atividades de integração dos módulos de produção e comissionamento. A Modec será responsável pela operação e manutenção da plataforma Carioca por 21 anos.
Hoje, a japonesa opera dez unidades no Brasil e tem outras quatro unidades em construção para o país: FPSO Guanabara, FPSO Almirante Barroso e FPSO Anita Garibaldi, para a Petrobras, e FPSO destinado ao campo de Bacalhau, para Equinor.
FONTE: REUTERS