Ministério da Economia

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Base do argumento é que não cabe à União mais recurso contra decisão judicial ou negociação quando precatório é emitido

A proposta para que o governo pague precatórios —dívidas da União reconhecidas pela Justiça e sem possibilidade de recurso— de forma parcelada é vista por juristas e economistas como inconstitucional.

A Comissão de Precatórios da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aponta uma possível violação de oito artigos da Constituição em caso de as dívidas não serem quitadas de uma só vez.

Na lista, o grupo cita, por exemplo, o direito de propriedade, o respeito ao direito adquirido e o respeito à segurança jurídica. 

As outras cláusulas violadas são Estado democrático de Direito, princípio da separação dos Poderes, o princípio da isonomia, o direito à tutela jurisdicional efetiva e razoável duração do processo e o princípio da moralidade administrativa.

A base de argumentação é que não cabe à União mais recurso ou negociação quando um precatório é emitido. Portanto, deve-se quitar a dívida assim que reconhecida pela Justiça.

Procurado, o Ministério da Economia não respondeu aos questionamentos da reportagem.

O governo enviou uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para parcelar o pagamento de parte das despesas com precatórios. Mas o projeto ainda precisa ser votado por Câmara e Senado e promulgado para passar a vigorar.

A PEC é vista pelo Executivo como uma solução para abrir espaço no Orçamento sem estourar o teto de gastos —regra que limita o crescimento das despesas à inflação.

Caso o Congresso aprove e o STF (Supremo Tribunal Federal) não derrube a medida, o governo estará autorizado a parcelar em dez anos todos os precatórios com valor superior a R$ 66 milhões.

O projeto também cria uma regra temporária para parcelar débitos sempre que o valor desses passivos superar 2,6% da receita líquida. Para 2022, está previsto o parcelamento de todos os débitos judiciais com valor superior a R$ 455 mil.

A oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem chamado a proposta de calote.

Para o presidente da Comissão de Precatórios da OAB, Eduardo Gouvêa, os pagamentos dos precatórios não deveriam ser contabilizados dentro da limitação de despesas.

"Quando se coloca dentro do teto [de gastos] do Executivo a ordem que vem do Poder Judiciário, está havendo uma interferência clara de um Poder no outro, o que é uma cláusula pétrea da Constituição. Essa é uma das razões de que a PEC é inconstitucional e não vai resistir a uma análise do STF", disse Gouvêa.

Segundo ele, o aumento do número de precatórios se deve à melhora da eficiência do Judiciário e, por isso, a curva do valor devido tende a subir no curto prazo. Então Gouvêa propõe que esses gastos fiquem livres de limitação de desembolsos. O Ministério da Economia, porém, rejeita essa ideia.

Principal defensor da medida no Congresso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nega que o parcelamento de precatórios se trate de um calote. "Quando nós demos o mínimo sinal de estabelecermos o rompimento da responsabilidade fiscal? Não houve e não haverá."

O professor Leonardo Costa, da FGV Direito Rio, lembrou que o STF já declarou duas vezes a inconstitucionalidade do parcelamento de dívidas de estados e municípios com outros credores (como empresas). No entanto, o caso atual é diferente.

"Desta vez, trata-se de dívidas da União. Além disso, tem a questão da pandemia e do teto de gastos, que não existiam na época em que foi declarada a inconstitucionalidade", afirmou Costa.

Segundo o professor, o STF, que deve acabar decidindo sobre o tema, fará um julgamento também com aspectos políticos, dada a relevância das consequências no Orçamento e programas do governo. "Não enxergo o Supremo como um órgão meramente técnico-jurídico", disse.

Ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ), nomeado secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo João Doria (PSDB-SP), chegou a articular uma emenda à proposta do governo para que, em vez de parcelar os precatórios, acione gatilhos do teto de gastos sempre que o valor de precatórios superar o valor pago em 2020 corrigido pela inflação.

Além disso, a minuta propõe eliminar a emenda de relator, reduzir emenda de bancada e individuais. Na avaliação de Maia, a PEC do governo busca "dar um calote para manter o espaço fiscal e financiar o [novo] Bolsa Família".

"A gente diz: o Bolsa Família tem que ser financiado, mas abrindo espaço com corte de despesa, não com esse calote que eles estão propondo", afirmou.

Para Maia, o assunto irá gerar bastante controvérsia, pois o STF já declarou a inconstitucionalidade do parcelamento de precatórios por entender que a "ideia viola a coisa julgada e a separação de Poderes".

A equipe econômica disse que não esperava que os precatórios em 2022 subiriam para R$ 89,1 bilhões, o que representa uma forte alta em relação aos R$ 54 bilhões previstos no Orçamento de 2021.

Com a PEC, o governo espera abrir R$ 33,5 bilhões de espaço no Orçamento de 2022. A proposta viabiliza, por exemplo, que o Bolsa Família, que passa a se chamar Auxílio Brasil, seja turbinado.

"Não tenho como pagar os R$ 90 bilhões sem afetar o funcionamento da máquina pública", afirmou o ministro Paulo Guedes (Economia), na quarta-feira (25).

Para o próximo ano, há mais cerca de R$ 15 bilhões em dívidas da União com os estados por causa do Fundef (fundo para o desenvolvimento do ensino fundamental e valorização do magistério).

Para Juliana Damasceno, economista e pesquisadora de finanças públicas do Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), uma lei sancionada no ano passado já permitiria o parcelamento das maiores dívidas, com os estados.

"Se já existe uma lei, com respaldo de como parcelar, por que não adotá-la? E, no caso dos estados, faz todo o sentido que isso seja feito", disse Damasceno.

Desde que a PEC foi apresentada, o mercado financeiro reagiu negativamente, avaliando que a proposta poderia levar o governo a incorrer em irresponsabilidade fiscal.

O ex-secretário do Tesouro Carlos Kawall afirmou que a criação de um fundo com ativos da União que pudesse gerar despesas fora do teto de gastos preocupou o mercado "porque se viu brecha para que na tramitação no Congresso fossem incluídas despesas que não apenas precatórios".

"Não pagar precatório, parcelar é uma boa solução? Não, é uma dívida que você está deixando de pagar", disse. "Do ponto de vista da credibilidade do devedor, é uma má decisão."

Para o advogado Pedro Teixeira de Siqueira, do escritório Bichara Advogados, a resposta ruim do mercado não foi surpresa.

"Como a gente está em um ambiente conflagrado e cheio de incertezas em relação ao aumento de gastos e de despesas, qualquer movimento que pressuponha o não pagamento dentro do prazo estipulado gera uma tensão dentro do mercado que é muito prejudicial à economia", disse.

Diante de resistências parlamentares e críticas de especialistas, o governo passou a contar com uma via alternativa para amortecer o impacto dos precatórios sobre as contas públicas sem a necessidade de aprovação pelo Congresso.

A medida, elaborada sob o comando do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, seria adotada por meio de uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A ideia é que o próprio Judiciário module o volume de pagamentos por ano considerando a capacidade do cofre do governo. A questão, no entanto, ainda está em discussão.

AS 8 INCONSTITUCIONALIDADES

Os pontos violados da Constituição, segundo juristas:

  1. O Estado Democrático de Direito

  2. O princípio da separação dos Poderes

  3. O direito de propriedade

  4. O princípio da isonomia

  5. O direito à tutela jurisdicional efetiva e razoável duração do processo

  6. O princípio da segurança jurídica

  7. O respeito à coisa julgada e ao direito adquirido

  8. O princípio da moralidade administrativa 

 
FONTE: FOLHA DE S.PAULO 

IMAGEM: ANDRÉ MOTTA DE SOUZA/AGÊNCIA PETROBRAS

 

Acionistas da Petrobras reconduziram seis membros do conselho de administração, todos indicados pela União, em uma primeira rodada de votações durante assembleia geral extraordinária nesta sexta-feira que prevê a eleição de um total de oito membros.

Os candidatos reconduzidos foram Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Cynthia Santana Silveira, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Joaquim Silva e Luna, Ruy Flaks Schneider e Márcio Andrade Weber.

Uma segunda rodada de votação foi iniciada, onde cinco candidatos sendo três indicados por minoritários e dois pela União  disputam duas vagas.

A assembleia para eleição de oito membros do colegiado desta sexta-feira foi convocada após Marcelo Gasparino, único indicado por minoritários a ser eleito em uma assembleia anterior em abril, ter renunciado ao cargo sob alegação de ter identificado problemas nos procedimentos da reunião.

Dessa forma, os acionistas minoritários buscam conquistar um maior número de vagas no conselho nessa nova assembleia. 

 

FONTE: REUTERS

 

BR do Mar — Português (Brasil)

IMAGEM: MINFRA/GOV.FEDERAL

 

A tramitação do projeto de lei que trata da BR do Mar (PL 4199/20) foi alterada e terá um processo mais longo. Pelo despacho anterior, ele somente seria analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Isso acontece porque, após requerimento do senador Álvaro Dias (PODEMOS-PR), um outro projeto de lei foi apensado ao projeto da BR do Mar. O PL 3129/2020 também trata de navegação de cabotagem e, com a união, o projeto precisará passar pelas comissões de Agricultura e Reforma Agrária; Constituição e Justiça e; de Infraestrutura.

Na próxima terça-feira (31), a Comissão discute o parecer do senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

 

FONTE: O BRASILIANISTA

IMAGEM: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

A dinamarquesa Maersk, maior empresa de transporte de contêineres do mundo, encomendou oito novos navios que podem operar com metanol neutro em carbono (metanol verde). Esses veículos poderão navegar entre a China e a Europa pelo Oceano Pacífico e serão construídos pela Hyundai Heavy Industries.

As entregas à Maersk ocorrerão em 2024. Cada um dos novos navios terá capacidade para transportar 16 mil contêineres. O acordo entre as empresas também incluiu uma opção para mais quatro dessas embarcações em 2025.

Os novos navios (que também podem operar usando óleo banker tradicional, mas menos poluente que a média, com baixo teor de enxofre) substituirão os navios mais antigos, em vez de adicionar nova capacidade nas operações da empresa. Esta movimentação pode gerar economias de emissões anuais de cerca de 1 milhão de toneladas de carbono (CO2).

Além dos contêineres

A compra dos navios neutros em carbono pode significar um salto significativo no compromisso da Maersk em dimensionar soluções dessa natureza. Além disso, a empresa afirma que tem se envolvido em parcerias e colaborações para aumentar significativamente a produção de metanol verde. Segundo a Maersk, o metanol verde para seu recipiente de alimentação deverá vir de CO2 biogênico, ou seja, de fontes naturais, bem como de energia renovável.

Cada navio neutro em carbono custa cerca de US$ 175 milhões (R$ 919 milhões, para termos uma ideia em nossa moeda), o que é cerca de 10-15% mais caro que um navio tradicional movido a combustível. No entanto, a Maersk (que prometeu em 2018 zerar as emissões até 2050) tem o apoio de grandes clientes que também estão trabalhando em direção de suas próprias metas de zero emissões. Logo, essas empresas (como a HP Inc e a Unilever) estariam dispostas a pagar para reduzir as emissões.

Este anúncio da Maersk é muito significativo não apenas para a indústria naval, mas para todo o mundo. 1 em cada 5 contêineres em todo o planeta é despachado pela empresa dinamarquesa, e cerca de 90% das mercadorias do mundo são transportadas pelo mar. Um meio de transporte responsável por entre 2% e 3% das emissões globais de CO2.

 

FONTE: OLHAR DIGITAL

 

 (Divulgação/ Governo do Estado de São Paulo)

IMAGEM: Divulgação/ Governo do Estado de São Paulo

Seca afeta transporte de cargas na hidrovia Tietê-Paraná, que vai paralisar as atividades nesta semana na região de Buritama. 

A estiagem que já afeta a vida dos moradores da região de Rio Preto através do racionamento de água, baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e que já seca represas e nascentes regionais também levará a navegação de embarcações de grande porte no trecho entre Araçatuba e Buritama, da hidrovia Tietê-Paraná, a paralisar suas atividades nesta semana. Em outros trechos da hidrovia, como em Pederneiras (SP), a paralisação da barcaças aconteceu na última sexta-feira, 27.

Isso porque, com águas mais baixas devido à estiagem, as embarcações que trafegam pela hidrovia já não estão conseguindo mais operar com plena capacidade. No trecho da hidrovia próximo de Buritama, considerado principal gargalo da rota, as empresas estavam contando com ajuda do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, que estava conseguindo autorização da usina de Nova Avanhandava para liberar maior vazão de água, com o objetivo que as barcaças conseguissem passar, sem ficar presas no pedral.

Contudo, essa autorização para aumentar a vazão de água só dura até a próxima terça-feira, 31, com o objetivo de não comprometer o funcionamento da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira. Com isso, a partir de quarta-feira, 1° de setembro, embarcações de grande porte não conseguirão mais passar pela hidrovia. Ou seja, a hidrovia Tietê-Paraná voltará a ficar fechada.

Dados do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo mostram que, na primeira quinzena de agosto, apenas quatro comboios estavam operando na hidrovia. Para se ter uma ideia, entre janeiro e maio, eram 24 comboios que operavam. “Essa hidrovia é importante, pois é onde escoa a produção de soja, milho e até de madeira. Isso tudo afeta o escoamento da nossa produção agrícola”, afirmou o secretário de logística e transporte do Estado de São Paulo, João Octaviano Machado Neto.

A hidrovia é uma das principais do Brasil porque funciona como rota para embarcações de cargas que transportam grãos de Goiás e Mato Grosso do Sul para o porto de Pederneiras (SP). De lá, o carregamento é transportado de trem até o Porto de Santos, com destino à Europa e à Ásia. “O Governo do estado de São Paulo fez o possível para que não houvesse a paralisação. Tanto que conseguimos essa autorização para as ondas de vazão”, disse Neto.

Especialistas dizem que, entre os reflexos da paralisação da hidrovia Tietê-Paraná para o agronegócio, está o possível alto custo do frete e perda de rentabilidade de produtores do Centro-Oeste, principais dependentes da hidrovia para escoamento de sua produção para o exterior.

Para o presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega), Raimundo Holanda, a situação da Tietê-Paraná é prejudicial porque a hidrovia pode cair em descrédito. “A ameaça de paralisação inviabiliza os investimentos na hidrovia. Sem falar que, caso o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) decida abaixar o nível dos reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos, quem garante que outras hidrovias, como a do Madeira e a do Tocantins-Araguaia, não serão igualmente prejudicadas em prol exclusivamente da geração de energia?”, questionou o Holanda. 

Prejuízos

Essa não é a primeira vez que a hidrovia sofre com a estiagem. Entre 2014 e 2016, a hidrovia Tietê-Paraná também teve suas atividades paralisadas durante 20 meses por conta da falta de chuvas e do baixo nível do rio. Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) estimam um prejuízo de R$ 1 bilhão às empresas de navegação. Além disso, aproximadamente 1,6 mil pessoas perderam o emprego com a paralisação da hidrovia.

Considerado o principal gargalo da hidrovia de 2,4 mil quilômetros, o pedral de Nova Avanhandava começou a ser implodido no início deste ano. A expectativa do governo paulista é que com o fim da obra as barcaças maiores consigam operar.

Prainhas também sofrem impacto 

Além da pandemia do coronavírus, que interditou prainhas da região de Rio Preto banhadas pelos rios Tietê, Paraná e Grande, agora, cidades turísticas também sofrem com a estiagem. Em alguns trechos, o Tietê recuou até 80 metros aumentando a faixa de areia e diminuindo a de água.

Segundo o vice-prefeito de Adolfo, Nelson Ribeiro, a estiagem fez o rio Fartura, braço do Tietê na cidade, recuar 70 metros nas últimas semanas. “É uma situação que nunca tinha visto antes, recuou demais. Esse recuo sempre acontece, mas nessa dimensão não me lembro. A ilha, que aparecia só a ponta no meio do rio, agora está aparecendo totalmente”.

Adolfo não é a única cidade que enfrenta os impactos da estiagem. Em Mendonça, o recuou foi tão grande que até as boias para as embarcações ficaram fora d’água. Em Guaraci, o trecho do rio Grande que funciona como reservatório da Usina de Marimbondo recuou mais de um quilômetro em alguns trechos.

Como reflexo da falta de chuvas, as usinas hidrelétricas de Marimbondo (13,85%), entre Icém e Fronteira (MG); Água Vermelha (20,55%), entre Ouroeste e Iturama (MG); e Ilha Solteira (31,02%), continuam operando com baixa capacidade. Situação preocupante que já ligou sinal de alerta para o ONS para o risco de racionamento de energia elétrica. No Brasil, aproximadamente 60% da energia vem das hidrelétricas. (RC).

FONTE: DIÁRIO DA REGIÃO

 

Diego Herculano/NurPhoto/Getty Images

IMAGEM: Diego Herculano/NurPhoto/Getty Images

 

Só neste ano, as privatizações somaram R$ 26,86 bilhões. Entre as principais negociações, destacam-se as vendas da fatia da BR a da Refinaria Landulpho Alves, a Rlam e a da Gaspetro

O Privatômetro do Observatório Social da Petrobrás (OSP) contabiliza a soma de R$ 231,5 bilhões em ativos da estatal brasileira, privatizados entre janeiro de 2015 e julho de 2021. Os dados foram atualizados após divulgação do balanço trimestral da companhia, no dia 4 de agosto. Os valores em reais já estão deflacionados para o mês de junho, convertidos do dólar, a partir do câmbio de cada ano analisado.

Desde o lançamento do Privatômetro, em junho, cujos valores financeiros foram baseados no relatório da Petrobrás do 1º trimestre de 2021, a atual direção da companhia se desfez de mais sete ativos, totalizando R$ 15,54 bilhões. A maior negociação envolveu a venda de 34,1% das ações que a estatal ainda detinha da BR Distribuidora, equivalente a 73% do montante. Também foram vendidos o Campo Dó-Ré-Mi, o Polo de Alagoas, o Campo Papa-Terra, a Gaspetro, a Termelétrica Potiguar e a Cia. Energética Manauara.

Só neste ano, as privatizações somaram R$ 26,86 bilhões. Entre as principais negociações, destacam-se as vendas da fatia da BR (R$ 11,36 bilhões); da Refinaria Landulpho Alves, a Rlam, adquirida pelo Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes, por R$ 9,33 bilhões; da Gaspetro, comprada por R$ 1,98 bilhão pela brasileira Compass (empresa da Cosan); dos 10% restantes da participação da companhia na NTS (R$ 1,883 bilhão) e do Polo de Alagoas (R$ 1,5 bilhão). 

Em termos setoriais, a maior privatização em 2021 foi na distribuição/revenda (BR e Gaspetro), que totalizou R$ 13,34 bilhões. Em seguida, o refino, com a venda da primeira refinaria, a Rlam. Posteriormente, a área de Exploração e Produção (E&P), que teve quatro campos/polos adquiridos por empresas privadas, no valor total de R$ 2 bilhões.

Segundo o economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), um dos responsáveis pela elaboração e atualização do Privatômetro, a Petrobrás integrada, do poço ao posto, vem sendo substituída por monopólios e oligopólios privados regionais e nacionais. “Com a venda da Gaspetro, por exemplo, a Compass herdará a participação acionária de 19 das 27 distribuidoras de gás natural do país, participações que variam entre 23,5% e 100%. A Cosan ficará com aproximadamente 80% do mercado de distribuição de gás natural nos estados. Um verdadeiro desastre para o consumidor brasileiro, que pagará cada vez mais caro pelos produtos derivados de petróleo e gás”, afirma.

Estrangeiros

Os ativos da Petrobrás têm atraído o interesse de muitas empresas internacionais. É o caso da BR Distribuidora - que acaba de mudar seu nome para "Vibra Energia" -, cuja privatização ocorreu no mercado acionário brasileiro e, hoje, 43% de suas ações estão nas mãos de estrangeiros. "Privatizamos a segunda maior empresa do país, em receitas de vendas líquidas. Uma empresa com 50 anos de vida pública e responsável por fatos históricos do mercado de derivados, como ser a primeira a oferecer Gás Natural Veicular (GNV) e biodiesel em 100% do território nacional".

A última atualização do Privatômetro mostra que o principal país comprador de ativos privatizados da Petrobrás, em todo o período analisado, é o Canadá (27,8%), seguido pela França (20,1%) e pelo Brasil (14%). A lista de investidores mais relevantes inclui ainda Noruega (11,8%), Estados Unidos (6,2%), Japão (5,6%) e Emirados Árabes (5,1%). 

 

FONTE: BRASIL 247

 

Crédito: Divulgação

IMAGEM: DIVULGAÇÃO/ISTO É DINHEIRO

 

Proposta em debate na Câmara incentiva a operação de empresas estrangeiras nas hidrovias brasileiras

Representantes do governo federal e do segmento de navegação de interior no Brasil condenaram, nesta sexta-feira (27), mudanças na legislação que favoreçam o afretamento de embarcações estrangeiras para o transporte de cargas e de passageiros em rios e lagos do País.

O diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias do Ministério da Infraestrutura, Dino Batista, disse que a eventual aprovação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei 4101/20, dos deputados Lucas Gonzalez (Novo-MG) e Marcel van Hattem (Novo-RS), seria uma catástrofe para a navegação e para indústria naval brasileiras.

Segundo projeto, que altera a legislação do transporte aquaviário no Brasil (Lei 9.432/97), empresas de navegação ficariam autorizadas a alugar embarcações estrangeiras para operar no Brasil sem a atual exigência de encomendar a construção de embarcação similar em estaleiro nacional.

Ao criticar a proposta, Batista lembrou que o texto atinge a navegação de interior e também os sistemas marítimo e de cabotagem (entre portos). “Seria catastrófico para a navegação brasileira, porque deixaríamos de ter empresas nacionais e passaríamos a ter toda a navegação feita por estrangeiras, por meio de afretamento”, disse ele.

"Seria também catastrófico para a indústria naval brasileira, que se desenvolveu muito bem nos últimos anos, principalmente no segmento de barcaças (navegação de interior), de apoio marítimo (extração de petróleo) e de apoio portuário (rebocadores)”, disse.

Na justifica que acompanha o projeto, Lucas Gonzalez destaca o potencial brasileiro com hidrovias: Solimões-Amazonas (16.797 km), Tocantins-Araguaia (982 km), Hidrovia do Paraguai (592 km), entre outras.

Ele defende medidas que incentivem esse modal. "Uma possibilidade de curto prazo seria incentivar a operação de empresas estrangeiras em hidrovias brasileiras. Contudo, existem restrições da lei 9.432/97 para a presença de embarcações estrangeiras no transporte aquaviário do País”, diz ele na justificativa do projeto.

Indústria naval

O presidente da Federação das Empresas de Logística, Transportes e Agendamentos de Cargas da Amazônia (Fetramaz) e do Sindicato da Indústria Naval do Amazonas, Irani Bertolini, também criticou o projeto e disse que a indústria naval brasileira está bem estruturada para atender o mercado. "Nas barcaças, 100% são produtos nacionais. Nos rebocadores, importamos os motores e os reversores, todo o resto é produzido no País”, disse.

"Se essas embarcações estrangeiras vierem pra cá, logo em seguida aparecem os operadores. Eles vão trabalhar dois anos com prejuízo, até acabar com os armadores [empresa que opera a embarcação] nacionais, depois disso passarão a operar com lucro e aumento de preços”, advertiu Bertolini.

A audiência pública realizada pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados foi proposta pelo deputado Paulo Vicente Caleffi (PSD-RS), autor de projeto sobre o mesmo assunto, que, ao contrário, proíbe o afretamento de embarcação estrangeira para operar na navegação de interior no Brasil.

“O Brasil passou a ter uma nova projeção internacional com o Arco Norte [portos da região do Norte e Nordeste] e passou a colocar a safra brasileira, com muita competência, no mercado internacional, por meio da navegação fluvial”, destacou o deputado.

Segundo ele, o projeto, que foi apensado ao Projeto de Lei 4101/20, tem um viés preventivo e não de preservação de mercado. "Acho interessante nós nos prevenirmos quanto ao interesse internacional de entrar nesse mercado de navegação interna, o que pode colocar em risco a segurança nacional e questões ambientais. Precisamos garantir que a navegação esteja em mãos de brasileiros”, disse.

Soberania

O relator dos projetos, deputado Roman (Patriota-PR), disse que a soberania nacional é o primeiro ponto a ser considerado. “Precisamos preservar os interesses do Brasil e de quem gera emprego aqui, não cedendo a interesses estrangeiros”, defendeu Roman.

Ele destacou ainda que não pretende fazer com que o Brasil se transforme em depósito para descarte de embarcações estrangeiras. "Não podemos nos transformar em lixão de embarcações que seriam enviadas para cá. Inúmeras embarcações no mundo hoje estão em busca de um depósito”, afirmou.

Resoluções

A diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Flávia Takafashi, disse que os requisitos para o afretamento de embarcações para a navegação de interior não foram alterados e estão definidos na Resolução 1864/10. Ela informou ainda que a agência, recentemente, editou uma nova resolução (41/21) apenas para prever o uso de um sistema digital ainda em desenvolvimento na Antaq.

Segundo a Antaq, nos últimos dez anos, de um total de 1.429 contratos de afretamento de embarcações para a navegação de interior, apenas 18% envolviam embarcações estrangeiras e precisaram de autorização da agência.

FONTE: AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS

IMAGEM: NELSON JR./SCO/STF

 


Parcela dá prioridade a idosos e pessoas com doença grave ou deficiência em pagamentos de até 180 salários-mínimos. O tema teve repercussão geral reconhecida.

 

O plenário do STF vai analisar a constitucionalidade do pagamento da parcela de natureza superpreferencial por meio de RPV - Requisição de Pequeno Valor. A questão é objeto de recurso com repercussão geral proposta pelo ministro Luiz Fux e reconhecida pelos demais ministros por unanimidade (tema 1.156).

Este conteúdo pode ser compartilhado na íntegra desde que, obrigatoriamente, seja citado o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/350793/stf-julgara-fracionamento-da-parcela-superpreferencial-de-precatorios

Superpreferência

A chamada parcela superpreferencial, prevista no art. 100, § 2º, da CF, dá prioridade aos beneficiários idosos e às pessoas com doença grave ou deficiência em pagamentos de até 180 salários-mínimos.

No recurso, o INSS questiona decisão do TRF da 4ª região que manteve a validade da resolução 303/2019 do CNJ, que disciplina essa forma de quitação de precatórios e autoriza seu fracionamento.

Segundo o INSS, a resolução do CNJ desvirtuou a finalidade da norma constitucional ?ao autorizar o pagamento por RPV de até 180 salários-mínimos, triplicando a previsão constitucional. Isso resultaria num forte abalo orçamentário nas contas da previdência, diante da antecipação da liquidação do débito somente prevista para o exercício seguinte pela quitação do precatório.

Potencial de repetitividade

Ao propor o reconhecimento da repercussão geral, o ministro Luiz Fux, presidente do STF, observou que a questão tem alto potencial de repetitividade, pois interessa a todos os credores que tenham direito à parcela superpreferencial e a todos os entes federativos.

Segundo ele, é necessário examinar a questão contrapondo os princípios da dignidade da pessoa humana e da proporcionalidade à vedação ao fracionamento de precatórios e à necessária organização das finanças públicas.

 

FONTE: MIGALHAS

IMAGEM: H2FOZ

 

A posse da tenente Diana Edith Ortiz Aquino, de 34 anos, foi nesta sexta-feira, em Assunção.

Pela primeira vez na história do Paraguai, uma mulher assumiu o comando de um navio da Marinha Paraguaia.

A tenente de navio Diana Edith Ortiz Aquino, de 34 anos, passou a comandar nesta sexta-feira, 27, o navio patrulheiro que, por coincidência, como lembra o jornal ABC Color, tem seu sobrenome (“Capitão Ortiz”).

Ela substitui o tenente Jorge Alfredo Giménez Arza e terá sob seu comando 10 tripulantes, entre elas a chefe de máquinas Claudia Marín, que chefiará quatro homens.

O capitão Conrado Cácerez Louteiro, comandante da Frota de Guerra, ressaltou o ineditismo de uma oficial feminina assumir o comando de um barco de patrulha e disse que estão todos seguros de que atuará com critério e sabedoria no cargo.

A tenente Diana tem 13 anos de carreira como oficial. O navio “Capitão Ortiz” atuará na luta contra o contrabando e na defesa em geral do país, nas águas do Rio Paraguai.

O navio é uma das unidades mais modernas da Armada Paraguaia, com casco e estrutura de alumínio.

Veio ao Paraguai como doação de Taiwan em 1994, mas foi fabricado em Israel.

 

FONTE: H2FOZ

Em 2018 Brasil chegou à marca de 208,5 milhões de habitantes; expectativa é de que chegue 233 milhões em 2047, quando começará a diminuir — Foto: Marcos Serra Lima/G1

IMAGEM: MARCOS SERRA LIMA/G1

 

Informação está no Diário Oficial da União de hoje

A população brasileira chegou a 213,3 milhões de pessoas em 1º de julho de 2021, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o Brasil tinha 211,7 milhões de habitantes.

O dado foi publicado na edição de hoje (27) do Diário Oficial da União. O crescimento estimado da população de 2020 para 2021 foi de 0,74%, de acordo com o IBGE.

A estimativa mostra que os estados mais populosos são: São Paulo (46,65 milhões), Minas Gerais (21,41 milhões) e o Rio de Janeiro (17,46 milhões).

O país tem três estados com menos de 1 milhão de habitantes: Roraima (652,7 mil), Amapá (877,6 mil) e Acre (906,9 mil).

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

 

Operação da Equinor no Mar

IMAGEM: REUTERS/NERIJUS ADOMAITIS

 

As empresas de petróleo e gás dos Estados Unidos estão correndo nesta sexta-feira para completar as retiradas nas plataformas marítimas, a medida que a tempestade tropical Ida avança em direção aos campos que fornecem 17% da produção de petróleo do país.

Os ventos da tempestade se intensificaram no início desta sexta-feira à medida que ela se movia pelo mar do Caribe, em 15 milhas por hora (mph). Ida poderia se tornar um furacão ao se aproximar do oeste de Cuba, de acordo com o Centro Nacional de Furacão (NHC, na sigla em inglês).

A instituição prevê que Ida se torne um grande furacão, com ventos fortes de pelo o menos 111 mph (178 km/h) no início do domingo.

A maior produtora de petróleo do Golfo do México, a Shell Plc, disse que suspendeu a sua produção em sete plataformas marítimas, e a BP Plc interrompeu o trabalho em quatro plataformas.

Ambas continuam retirando seus trabalhadores, afirmaram as empresas.

A Chevron Corp. disse nesta sexta-feira que iria encerrar a produção nas suas plataformas do Golfo do México e retirar todas as pessoas associadas.

A BHP e a Equinor removeram mais cedo os trabalhadores de suas instalações no mar, afirmou um porta-voz.

Os preços do petróleo avançaram cerca de 2% nesta sexta-feira e estão a caminho de registrar grandes ganhos para a semana, diante de preocupações sobre interrupções de fornecimento.

Os preços da gasolina da Costa do Golfo dos EUA também avançaram esta semana, devido aos receios sobre a tempestade, disseram traders.

Mais de 45% da capacidade de refinaria dos EUA está ao longo da Costa do Golfo.

“A expectativa é de que Ida seja um grande furacão perigoso quando atingir a costa do norte Golfo no domingo”, disse o NHC. “Com danos dos ventos potencialmente devastadores podendo ocorrer onde o núcleo do Ida se mover na terra”.

 

FONTE: REUTERS

IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER360

 

Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho

O Brasil registrou um saldo de 316.580 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em julho de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.656.182 admissões e 1.339.602 desligamentos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado hoje (26) pelo Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão caiu 1,25% na comparação com o mês anterior, situando-se em R$ 1.801,99.

No acumulado do ano, o país registra saldo de 1.848.304 empregos, decorrente de 11.255.025 admissões e de 9.406.721 desligamentos. O estoque nacional de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, relativo a julho ficou em 41.211.272 vínculos, o que representa uma variação de 0,77% em relação ao estoque do mês anterior.

Regiões e estados

A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho. O saldo positivo ficou em 161.951 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,77% ante a junho. No Nordeste foram criados 54.456 postos (+0,83%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (42.639 postos, +0,55%), a exemplo do Centro-Oeste (+35.216 postos, +1,01%) e do Norte (+22.417 postos, +1,18%).

São Paulo foi o Estado que registrou o maior saldo positivo, com 104.899 novos postos de trabalho (+0,82%, na comparação com junho), seguido de Minas Gerais (+34.333 postos; +0,79%); e Rio de Janeiro: (+18.773 postos; +0,58%).

Já as unidades federativas com o menor saldo foram o Acre (806 novos postos; crescimento de 0,90% ante ao mês anterior); Amapá (saldo de 794 postos; +1,17%); e Roraima: (saldo de 332 postos; crescimento de 0,55%).

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão em julho de 2021 (R$1.801,99) apresenta uma queda real de R$ 22,72 na comparação com junho de 2021. A variação corresponde a um percentual de -1,25%.

Na indústria de transformação, a queda do valor médio de admissão (-1,69%) resultou em um salário inicial de R$ 1.767,15. No setor de construção, a queda (-0,65%) fez com que o salário médio inicial registrado ficasse em R$ 1.848,81. Já a queda do salário médio de admissão do setor de serviços ficou em -1,49%. Com isso, o salário médio inicial do setor está em R$ 1.965,68.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL