(crédito: Evaristo Sa / AFP)       )

IMAGEM: Evaristo Sa / AFP

A revista britânica afirmou que "mais um mandato para o populista Jair Bolsonaro seria ruim para o Brasil e o mundo"

Em sua sessão de opinião, a revista britânica The Economist publicou um artigo nesta terça-feira, 4, afirmando que "mais um mandato para o populista Jair Bolsonaro seria ruim para o Brasil e o mundo". Intitulado "Para ganhar a presidência do Brasil, Lula deve passar para o centro", o texto, refletindo a linha editorial do veículo, afirma que o candidato à reeleição Bolsonaro não "fez esforços para parar a destruição da Amazônia", teve uma atuação "desastrosa" na pandemia de covid-19, tem um "círculo que se sobrepõe ao crime organizado", enquanto mina "as instituições, da Suprema Corte à própria democracia".

A publicação chama o presidente de "populista trumpiano, que mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares". A Economist ainda afirma que Bolsonaro "incita abertamente a violência", e, cita uma pesquisa recente, na qual "quase 70% dos brasileiros disseram temer danos físicos por causa de suas opiniões políticas". A revista pondera a condução econômica do governo, que chama de "justa". "A inflação está caindo, o crescimento está aumentando e o Estado distribuiu este ano ajuda extra para cerca de 20 milhões de famílias mais pobres", aponta a Economist.

Sobre Lula, a publicação lembra que seu primeiro governo ocorreu em meio a um boom das commodities e avalia que houve pragmatismo. Agora, indica que, se eleito, o petista "começaria com condições fiscais mais duras do que enfrentou quando esteve no poder". Para a revista sua plataforma, "embora vaga, inclui traços preocupantes de esquerdismo antiquado". Entre as preocupações, a Economist avalia que o petista vê o Estado como o motor do crescimento e ele querer "abrasileirar" os preços da gasolina.

Para a revista, Lula deve "nomear publicamente um economista moderado como sua escolha para ministro das Finanças". O petista também deve garantir aos agricultores que não tolerará invasões de terras organizadas por movimentos sociais próximos ao seu partido. "Ele (Lula) deveria prometer não nacionalizar nenhuma indústria. Ele deveria parar de brincar com a ideia perigosa de interferir na liberdade de imprensa do Brasil", avalia ainda.

"Mas faça o que fizer, o próximo mês será tenso", afirma a publicação. Para a revista, se Bolsonaro perder, o presidente pode alegar que ganhou e incentivar seus apoiadores a irem às ruas. "Um segundo mandato para um homem assim seria ruim para o Brasil e para o mundo. Só Lula pode impedir. Reivindicar o campo central é a melhor maneira de fazê-lo, conclui".

FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO

 

Confira o que defendem os candidatos que disputam o segundo turno

Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que terminaram o primeiro turno das eleições em primeiro e segundo lugar, respectivamente, disputam a Presidência da República em uma nova votação em 30 de outubro.

Os postulantes ao Planalto apresentaram planos para a área econômica que apontam para rumos opostos em temas-chave como leis trabalhistas e privatizações.

VEJA AS PRINCIPAIS PROPOSTAS DOS CANDIDATOS

PRIVATIZAÇÕES

 

Defende a proteção do patrimônio do país e uso das estatais para o desenvolvimento econômico. Fortemente contrário à privatização da Petrobras, da Eletrobras e dos Correios. Quer também fortalecer bancos públicos para fomentar o desenvolvimento

 

Privatizações e concessões para o meio privado são fundamentais, assim como outras parcerias de investimento. Defende que estado foque em saúde, educação, segurança e bem-estar

 

SALÁRIO MÍNIMO

 

Em material publicitário, campanha prometeu reajustes acima da inflação para o salário mínimo. Política de valorização recuperaria poder de compra da população e é considerada essencial para dinamizar a economia

 

Plano de governo não contempla esse item (Bolsonaro só propôs aumento real em 2019; depois, reajustes só pela inflação)

 

AUXÍLIO BRASIL OU TRANSFERÊNCIA DE RENDA

 

Em material publicitário veiculado no fim de agosto, campanha passou a prometer mais R$ 150 por criança de até seis anos (além do mínimo de R$ 600 por lar). Programa prevê recuperar características do Bolsa Família e ampliar garantia de cidadania para os mais vulneráveis. Objetivo é avançar por etapas em direção a um sistema universal com renda básica de cidadania

 

Manutenção do valor de R$ 600, com R$ 200 extras para quem começar a trabalhar (o que já está previsto em lei desde 2021, mas jamais foi regulamentado pelo governo Bolsonaro). Implementar tecnologias para corrigir distorções e anomalias no pagamento dos benefícios, e modernizar o Cadastro Único para ter mais efetividade no direcionamento dos recursos para o público-alvo

 

EMPREGO E RETOMADA ECONÔMICA

 

Retomada dos investimentos em infraestrutura e saneamento, reindustrialização em bases tecnológicas e ambientais, além de promover reforma agrária, a economia criativa e a economia verde. Apoio ao cooperativismo, empreendedorismo e às micro e pequenas empresas

 

Crescimento sustentado no médio e longo prazo, com ganho de produtividade e recuperação do equilíbrio fiscal; cita busca por políticas de formalização do emprego e de ligação de empregabilidade com educação

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TETO DE GASTOS

Revogar o teto dos gastos e rever atual regime fiscal brasileiro, para um que disponha de credibilidade, previsibilidade e sustentabilidade. Objetivo é "colocar os pobres no Orçamento e os super-ricos pagando impostos"

Plano de governo não cita especificamente o teto, mas afirma que governo vai continuar com esforços para garantir estabilidade econômica e sustentabilidade da trajetória da dívida pública através de ajuste fiscal no médio e longo prazo

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REFORMA TRIBUTÁRIA

Propõe reforma que simplifique tributos e que faça os pobres pagarem menos e os ricos, mais. Também promete combate à sonegação, simplificação de impostos, redução da tributação do consumo, e desoneração de produtos com maior valor agregado

Isenção de Imposto de Renda para trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos; redução e simplificação de impostos

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REFORMA TRABALHISTA

Revogação de trechos da reforma trabalhista e nova legislação com proteção social, focada em autônomos, domésticos, teletrabalho, home office e trabalhadores mediados por aplicativos

Políticas para formalização dos trabalhadores informais e na redução da taxa de informalidade, por meio de contratos de trabalho específicos

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Reconstrução da seguridade e da previdência social para ampla inclusão dos trabalhadores, revisando medidas aprovadas pelo governo Bolsonaro

Governo continuará e fortalecerá o aprimoramento do sistema previdenciário, com o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira e a justiça social

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BANCO CENTRAL

Tarefa prioritária será coordenar a política econômica para combater a inflação e enfrentar a carestia, em particular a dos alimentos e a dos combustíveis e eletricidade

Governo continuará rigorosamente respeitando o regime de metas da inflação e independência do Banco Central

 

INDÚSTRIA

 

Reverter o processo de desindustrialização e promover a reindustrialização de setores e dos associados à transição para a economia digital e verde; política industrial deve manter o foco nas prioridades do país e alavancar a capacidade tecnológica nacional e a inovação

 

Agregar valor em exportações, aumentar a produção nacional de fertilizantes; siderurgia, metalurgia e indústrias de base também devem receber especial atenção

 
 

Garantir a soberania e a segurança energética do país, com ampliação da oferta, aprofundando a diversificação da matriz, com expansão de fontes limpas e renováveis a preços compatíveis com a realidade brasileira

 

Oferecer energia de acordo com a demanda atual; diversificação na produção e utilização de energia renovável e limpa, sem comprometer aspectos como gás natural com alternativa para diversos setores produtivos, como petroquímica e fertilizantes

Símbolo da Justiça

IMAGEM: SÍMBOLO DA JUSTIÇA/TST


A medida não pode atingir o conteúdo das mensagens, apenas os metadados.

A SDI-2 do TST limitou a quebra de sigilo do e-mail de um ex-empregado de uma empresa paulista aos chamados metadados das mensagens, como registros de data, horário, contas e endereços de IP. Para o colegiado, não é válida a ordem que autoriza o acesso ao conteúdo de todas as mensagens enviadas e recebidas de conta pessoal de e-mail utilizada por pessoa física, para fins de apuração de suposto ato ilícito.

Diante da suspeita de que o empregado estaria repassando informações sigilosas a um escritório de advocacia, a empresa obteve na Justiça comum, em ação contra o Yahoo, o acesso aos e-mails trocados por ele durante determinado período. Também ajuizou ação de indenização na Justiça do Trabalho, em que o juiz de primeiro grau também autorizou a medida, solicitando ao Yahoo cópia de todas as mensagens enviadas e recebidas pelo trabalhador.

Contra essa decisão, ele impetrou mandado de segurança na Justiça do Trabalho. O TRT da 15ª região concedeu inicialmente a liminar, por entender que a Justiça do Trabalho não seria competente para decretar a quebra do sigilo. Depois, porém, reviu a decisão e manteve a autorização.

Segundo o TRT, diante do forte indício de violação de dados e informações confidenciais das empresas do grupo, não há que se falar em violação de direito líquido e certo ao sigilo de correspondência do empregado, num juízo de ponderação de valores fundamentais.

Marco Civil da Internet

A relatora do recurso do empregado, ministra Maria Helena Mallmann, assinalou que o interesse público na apuração de infrações penais graves, puníveis com reclusão, pode permitir, em alguns casos, a relativização da inviolabilidade das comunicações. Contudo, o Marco Civil da Internet (lei 12.965/14) não prevê a possibilidade de requisição judicial de "conteúdo da comunicação privada" para formação de conjunto probatório em ação cível.

"O que se autoriza, no artigo 22 da lei, é o 'fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de internet'", afirmou.

Segundo a relatora, há notável distinção entre a requisição dos registros das comunicações e seus conteúdos propriamente ditos. "Essa segunda hipótese está reservada, como regra geral, à instrução de processo criminal", ressaltou.

"Ressalvadas situações extremas, em que há risco à vida ou à integridade física de pessoas, é inviável a quebra do sigilo do conteúdo de mensagens de e-mail privado para fins de instrução de demanda cível."

A decisão foi unânime. O processo tramita em segredo de justiça.

https://www.migalhas.com.br/quentes/374647/tst-impoe-limites-para-quebra-de-sigilo-de-e-mail-pessoal-de-empregado

FONTE: MIGALHAS

DESEMPREGO - Desocupação em alta: mais da metade da força de trabalho ainda está fora do mercado -

IMAGEM: Mathilde Missioneiro/Folhapress/.

 

País tem agora 9,7 milhões de desempregados. Renda estaciona em relação a 2021

A taxa de desemprego no país recuou para 8,9% no trimestre encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. O percentual é equivalente a igual período de 2015, depois de atingir os maiores níveis da série nos últimos anos. Assim, o número de desempregados foi estimado em 9,694 milhões, menos 4,180 milhões (-30,1%) do que há um ano. Porém, o resultado é contaminado por uma base de comparação fraca e a alta informalidade.

Por exemplo, o total de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,160 milhões, o maior número da série histórica, iniciada em 2012. Cresceu 16% em um ano – acréscimo de 1,8 milhão. No mesmo período, o emprego com carteira subiu 9,4%, atingindo agora 35,975 milhões de pessoas.

Conta própria e serviço doméstico

Os trabalhadores por conta própria agora somam 25,869 milhões. Estabilidade no trimestre e crescimento de 2,4% em 12 meses. Já os trabalhadores domésticos, um setor ainda marcado pela informalidade (75% sem carteira), somam 5,851 milhões, 10,5% a mais em relação a igual período de 2021.

Com isso, a população ocupada chega a 99,013 milhões, também recorde da série. Cresce 1,5% no trimestre e 7,9% no ano. Ao mesmo tempo, a taxa de informalidade segue elevada: 39,7% (40,6% há um ano). São 39,3 milhões de pessoas nessa situação, de acordo com a Pnad Contínua.

Alguns setores de atividade se destacaram em relação ao emprego. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, por exemplo, cresceu 10,4% em um ano. E os serviços de alojamento e alimentação tiveram alta de 14,2%. O único segmento com queda foi o da agropecuária (-2,1%, que o IBGE considera como estabilidade).

Desalentados e renda

Além disso, a taxa de subutilização é agora de 20,5%, caindo 6,6 pontos percentuais em 12 meses. Os subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar, agora são 23,934 milhões. E o desalentados chegam a 4,268 milhões, queda de 18,5% na comparação anual. Eles representam 3,8% da força de trabalho.

Estimado em R$ 2.713, o rendimento médio cresceu 3,1% no trimestre. E ficou praticamente estável (-0,6%) em 12 meses.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

Rio contempla importantes biomas — Foto: Marcelo Souza/ TVCA

IMAGEM: Marcelo Souza/ TVCA

 
Apesar de as condições de navegação ainda estarem abaixo da média, movimentação de carga foi a melhor dos últimos 6 anos

Desde 2015, quando o Rio Paraguai passava por períodos de grandes cheias e as commodities tiveram uma queda acentuada no preço de forma geral, o transporte de minério de ferro a partir de Corumbá/Ladário não passava por um período de alta.  

Nos primeiros sete meses de 2022, houve números recordes na comparação com os últimos seis anos. Entre janeiro e julho deste ano, as chatas transportaram mais de 1,074 milhão toneladas da commodity, além de uma pequena porcentagem de ferro e aço.  

Esse volume só fica atrás do transporte que foi levado a partir do porto Granel Química, de Ladário, no primeiro semestre de 2015, quando a marca foi de mais de 1,299 milhão de toneladas.

Esses dados fazem parte da base de levantamentos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) sobre a movimentação de mercadorias a partir dos portos no Brasil.  

Tanto em 2015 como em 2022 a Vale, principal mineradora do mercado mundial com atuação na região do Pantanal sul-mato-grossense, registrou momentos marcantes envolvendo o contexto local e o nacional.  

Há sete anos, em 5 de novembro, houve o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), acidente que causou uma tragédia ambiental e fez as ações da mineradora despencarem.

Por conta desse acidente, houve uma operação ampla em diferentes barragens pelo País para garantir que outros registros fossem evitados.

Agora em 2022, a Vale protagonizou um cenário com reflexo direto com Corumbá e Ladário, ao encerrar suas atividades na região em 15 de junho.

Sua saída definitiva da exploração de minério de ferro no Pantanal foi concluída com carregamentos recordes na comparação com os últimos anos e o uso da hidrovia.  

O aumento na comparação com o primeiro semestre de 2021 foi de 12,69%, e muito superior ao que ocorreu em 2020 – pior ano na série desde 2015. No período em que houve maior estiagem do Rio Paraguai, o transporte registrado de janeiro a julho foi de 368 mil toneladas.

Além da extração, a Vale também detinha ativos relacionados ao transporte da commodity pelo Rio Paraguai. Todas essas operações foram vendidas para a J&F Mineração, empresa criada a partir da J&F Investimentos, holding que engloba a JBS e pertence aos irmãos Joesley e Wesley Batista.  

Essa negociação, que foi oficializada em 6 de abril, quando a movimentação de cargas pelo rio estava a todo vapor, envolveu US$ 1,2 bilhão em recursos que a empresa dos irmãos Batista direcionou.

DEFICIT

De acordo com dados do mercado global, o período de janeiro a julho deste ano foi marcado por um deficit para o minério de ferro. Houve um aumento de estoques, enquanto os preços internacionais caíram.  

Informativo da UBS Evidence Lab divulgado na semana passada para analisar esse mercado mostrou que os embarques brasileiros de minério de ferro aumentaram 19% na comparação semanal e 12% na anual. O principal destino é a China, país que a Vale realizava parte da comercialização do minério de ferro retirado no município de Corumbá.

As reservas em Corumbá do minério de ferro não são as maiores do País, mas o produto extraído das minas pantaneiras é avaliado como de maior valor agregado, por conta da sua qualidade em comparação à extração feita no Pará e em Minas Gerais.

Agora, com a condução da J&F Mineração, a exploração do minério de ferro em Corumbá vai entrar em um cenário global de aumento de estoques, o que pressionará o preço do produto para valores bem abaixo dos US$ 100/t. A previsão da investidora UBS BB é de que até o fim de 2023 o valor passe para US$ 85/t.

MERCADO

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá, Cássio Augusto da Costa Marques, apontou que as condições de navegação do Rio Paraguai para o segundo semestre tendem a ficar ruins.  

O nível abaixou para menos de 1 metro em setembro, e a navegação comercial é feita, de forma ideal, a partir de 1,5 m no nível.

“O cenário que temos para enfrentar a partir de agora é a paralisação da navegação por conta da situação do Rio Paraguai. Não há outra condição. A extração continuará na região, e isso significa que a rodovia deverá ser mais exigida para a realização desse transporte. Temos a situação de utilização da ferrovia para ser utilizada, mas ainda há questões a serem tratadas em trecho argentino, que precisa de obras para haver a completa interligação da Bolívia com a Argentina”, indicou.

Os dados da sala de situação do Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul) apontam que nesta segunda-feira (3) a régua em Ladário marcava 84 cm, resultado melhor que no ano passado, quando registrou -42 cm na mesma data. Em 2020, o relatório do Imasul apontava que a régua marcava 6 cm negativos. 

Já em 2019, neste período do ano, a navegação continuava, pois a profundidade chegava a 2,30 m no dia 3 de outubro.  

Em Porto Murtinho, o rio registra 2,12 m e está acima do nível registrado no mesmo período do ano passado, quando a régua marcava 82 cm.  

Em 2020, a profundidade era de 1,21 m, e em 2019, na mesma data, a média estava muito acima dos últimos três anos e registrava 3,32 m. (Colaborou Súzan Benites).

FONTE: CORREIO DO ESTADO

 

Logo das Eleições 2022 com a hashtag seu voto faz o país

IMAGEM: TSE

Total, que mantém tendência de alta, já é o maior desde 1998

As abstenções neste primeiro turno eleitoral somaram 20,89% do total, acima de 2018 (20,33%), atingindo o maior índice desde 1998 (21,5%). Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que divulgou balanço às 22h30 deste domingo (2), quase 32 milhões de pessoas não foram às urnas. Exatos 31.632.660, de um total de 156.454.011 eleitores no país. Em 2018, foram 29.941.171.

De 472.075 urnas de votação, 4.063 (0,76%) tiveram de ser substituídas. Cinco seções realizaram votação manual: duas no Amazonas e uma na Bahia, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. O Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a atingir 100% de apuração. Até perto de 21h, quatro estados (Alagoas, Amazonas, Piauí e Rio Grande do Norte) apresentavam filas.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

Ricardo Stuckert

Sindicalistas ligados ao PDT defendem apoio a Lula, mas esperam posicionamento do partido

Tempo é curto e postura do partido deve ser a favor de todas as candidaturas progressistas, por democracia e contra o atraso, afirmam em nota

Sindicalistas ligados ao PDT, do presidenciável Ciro Gomes, querem que o partido defina posição para o segundo turno das eleições, marcadas para o próximo dia 30. Eles defendem apoio a “todas as candidaturas progressistas”, incluindo a de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há expectativa de que um anúncio seja feito nesta terça-feira (4).

“Não conseguimos eleger o nosso candidato, mas nem por isso vamos nos calar e nos reservar a um silêncio e a uma neutralidade que em nada ajuda nosso país”, afirma em nota o presidente do Movimento Sindical PDT, Milton Cavalo. “Pelo contrário, como trabalhistas, com compromisso histórico com nosso Brasil, precisamos nos posicionar”, acrescenta. “O governo Bolsonaro se alimenta de tudo que é fake, da miséria e da pouca Educação da maioria dos brasileiros para disseminar o ódio. Precisamos denunciar essa postura a plenos pulmões e no debate público.”

Assim, prossegue, a posição a ser adotada deve ser a da defesa da democracia, dos direitos sociais, desenvolvimento, “contra o atraso, a miséria, a pobreza econômica e intelectual”. Ele ressalta que é preciso ouvir os integrantes do partido, respeitando a posição que for definida. “Por isso, cobramos urgência na definição, há muito trabalho a fazer em muito pouco tempo”, ressalta o pedetista.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

Urna eletrônica

IMAGEM: Evaristo Sá / AFP / CP Memória

 

É preciso discernir que o voto útil não é antidemocrático ou esmagador do direito à oposição. Embora marcado pelo imediatismo, é instrumento válido e perfeitamente coerente com a democracia

O voto útil é uma constante no que os cientistas costumam chamar de “democracias majoritárias”, cujo maior exemplo é a Inglaterra. Nelas, o sistema eleitoral costuma declarar como vencedor somente aquele que obtém a maior quantidade de votos. Quando muito, há um segundo turno. Não é à toa que, para o cientista político Arend Lijphart, “o vencedor ganha tudo” nesses lugares.

Os ingleses, então, votam massivamente nos dois principais partidos, o Conservador (Conservative Party) e o Trabalhista (Labor Party), apesar de existirem diversas outras opções. Isto quer dizer que os britânicos são mais bem resolvidos e unidos em suas preferências? Não, eles somente perceberam que votar na “terceira via” não é tão “útil” quando votar na primeira ou na segunda.

A eleição presidencial é, por natureza, uma disputa desse tipo. Não há como dividir a representação de maneira proporcional aos votos, como acontece com a Câmara dos Deputados. Alguém tem que ganhar tudo enquanto os outros perdem tudo. A única dúvida é: quando é que você quer que ele ganhe?

Nas eleições presidenciais deste ano há um claro chamado à utilidade e ao próprio utilitarismo, não em um sentido ético-filosófico do termo, do voto. Em uma disputa altamente polarizada o que se convencionou chamar de “terceira via” pareceu não vingar na realidade do pleito.

Nesse contexto surge Ciro Gomes, presidenciável cujo cálculo de campanha já estava definido desde o ano passado. Era simples: se existe uma pequena parcela radicalizada de “bolsonaristas raiz” junto a um remanescente “antipetismo”, o candidato deve se apresentar como centro-direita a fim de angariar esses votos.

Ignorou-se, no entanto, que a despeito das teorias políticas clássicas, a eleição atual não tende ao centro moderado, principalmente por causa da alta polarização afetiva  – a qual, diga-se de passagem, não é sinônimo de disfuncionalidade política por si só. Em uma perspectiva em que mais de 70% do eleitorado já escolheu um lado, não há muito espaço para mudanças.

Restava, então, à campanha de Ciro recalcular sua rota a tempo e reconhecer que, embora a estratégia fizesse sentido no início do ano, as eleições tomaram outro rumo a partir de maio com uma maior consolidação dos percentuais nas pesquisas.

Porém, ele parece haver adotado uma nova estratégia com o seu “pronunciamento recente à nação” e a recente propaganda com atmosfera vaporwave[1].  Podemos ver que campanha do candidato esteja fazendo um movimento pró-futuro calculado que seria: se gabaritar como novo líder da direita no vácuo que restará pós-Bolsonaro.

De qualquer modo, sem maiores exercícios de futurologia, é preciso apenas discernir que o voto útil não é antidemocrático ou esmagador do direito à oposição. Embora marcado pelo imediatismo, é instrumento válido e perfeitamente coerente com a democracia. Inclusive, o próprio Ciro Gomes o evocou em 2018, em spot eleitoral datado de 28 de setembro e intitulado de “Chega de Polarização”.

A crescente violência política experimentada no país e os claros arroubos autoritários do Presidente em exercício são, de fato, preocupantes. É válido o receio do que possa acontecer se tivermos um segundo round na disputa majoritária. Isto leva o eleitor, em um cálculo consciente, a descartar seu voto autêntico e investir no voto útil, fenômeno tal que, aparentemente, não poupará Ciro Gomes e Simone Tebet.

Luísa Leite é advogada eleitoralista e mestranda em Ciência Política (UFPE). Pós-Graduada em Direito Público pela ESMAPE e em Eleitoral pelo TRE de Pernambuco.

Alexsandra Cavalcanti é advogada criminalista e mestranda em Ciência Política (UFPE). Vencedora do prêmio Naíde Teodósio (ano XII).

[1]  Movimento estético com pegada nostálgica e oitentista que nasceu sem maiores pretensões na internet, mas foi cooptado sem dó nem piedade pela alt-right norte-americana nas eleições de Donald Trump

FONTE: LE MONDE DIPLOMATIQUE BRASIL

 

20/04/2018-P-74 no campo de Búzios no pré-sal da Bacia de Santos

IMAGEM: ANDRE RIBEIRO/AGÊNCIA PETROBRAS

 

A Petrobras informa que assinou nesta terça-feira, 4, contrato com a empresa Sembcorp Marine Rigs & Floaters para a construção da plataforma P-82, como resultado do avanço do projeto de desenvolvimento do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal afirma que a P-82 será do tipo FPSO e terá capacidade para produzir até 225 mil barris de óleo por dia, processar até 12 milhões de m3 de gás por dia e armazenar mais de 1,6 milhão de barris. O projeto prevê a interligação de 16 poços, sendo 9 produtores e 7 injetores.

Segundo a Petrobras, a plataforma está programada para entrar em operação em 2026. Esta será a décima plataforma a ser instalada no campo de Búzios, onde a estatal é a operadora com 92,6% de participação no campo, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.

A P-82 será a 29ª unidade a entrar em produção no pré-sal e integra a nova geração de plataformas da Petrobras, que se caracterizam pela alta capacidade de produção e pelas tecnologias inovadoras de baixo carbono.

A unidade incorporará, por exemplo, a chamada tecnologia de flare fechado, que aumenta o aproveitamento do gás, de forma segura e sustentável, e impede que ele seja queimado para a atmosfera. Outras inovações serão o sistema de detecção de gás metano, capaz de atuar na prevenção ou mitigação de riscos de vazamentos desse composto e o “digital twins” que consiste na reprodução virtual da plataforma para viabilizar simulações e testes remotos, antes de sua entrada em operação, fator que visa aumentar a segurança e a confiabilidade.

A plataforma será equipada ainda com a tecnologia CCUS – Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2. A Petrobras é pioneira na utilização dessa tecnologia, que permite aliar aumento da produtividade com redução de emissões de carbono.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

 

Plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Adriano Machado/Reuters

IMAGEM: Adriano Machado/Reuters

 

Prognóstico com base nas regras eleitorais mostra que desempenho dos dois partidos deve se beneficiar pela vinculação às candidaturas de Lula e Bolsonaro, que lideram a corrida à presidência

 Um levantamento feito por técnicos da consultoria política Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e Governamentais mostra que o PT, partido do ex-presidente Lula, e o PL, sigla que hoje abriga o atual presidente Jair Bolsonaro, tendem a eleger as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados no domingo (2).

O prognóstico calcula que o primeiro pode conquistar de 47 a 81 cadeiras na Casa, ficando em uma média de 64 eleitos, enquanto o segundo tende a emplacar de 63 a 96 parlamentares. No caso deste último, a média ficaria em 76 eleitos.

“Ambos estão vinculados a candidaturas – no plano federal, da Presidência – que são competitivas, porque dispõem de estrutura, de recursos, de candidatos com grande apelo eleitoral, de modo que podem oscilar dentro dessa estimativa de mínimo e máximo. Na hipótese que a gente estabelece, o PT cresce em relação à bancada atual, e o PL tende a diminuir em relação à atual porque ele foi muito inflado na janela partidária“, afirma o consultor Antonio Augusto de Queiroz, que também é mestre em Políticas Públicas e Governo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em janeiro de 2019, época da posse da atual legislatura (2019-2022), o PL tinha 33 membros, mas passou a acumular 76 depois de abril deste ano, quando absorveu novos integrantes que vieram do União Brasil, sigla criada no final de 2021 a partir da fusão do PSL com o DEM.

Por conta da complexidade das regras eleitorais, o levantamento é feito a partir de cálculos bastante sofisticados. São quatro critérios: alcance do quociente eleitoral pelo partido e 10% dele pelos candidatos; maior média e alcance de 80% do quociente pelas siglas ou federações, bem como 20% dele pelos concorrentes; maior média e 80% do quociente das legendas e federações, apoiando os mais votados sem imposição de norma de votação mínima; e, por fim, distribuição de todas as vagas entre os candidatos mais votados, à revelia de siglas ou federações, sem considerar outras exigências.

No caso deste último, ele só é aplicado quando nenhuma legenda ou federação do estado tiver alcançado o quociente eleitoral. Assim, o intervalo de alcance de membros varia consideravelmente no caso de vários partidos. Pela projeção, o PCdoB, por exemplo, pode variar de três a 13 membros, com média de sete vagas. Partidos como PROS e PTB variam ainda mais: o primeiro pode ter entre uma e oito vagas, enquanto o segundo fica entre uma e 12 nos cálculos dos técnicos. Para estes casos, a média é de duas e três vagas, respectivamente.

“São 27 unidades da Federação. Cada uma pode eleger de oito a 70 parlamentares, e essas vagas são distribuídas numa primeira rodada pelo quociente eleitoral, ou seja, a divisão do número de votos válidos pelo número de vagas no parlamento. O partido que alcançar o quociente elege. Preenchem-se as vagas pelo quociente e fazem-se várias outras rodadas pela média, o chamado ‘sistema de sobra’. Nessa hipótese, o partido que atingir 80% do quociente pode disputar vaga”, explica Queiroz.

O consultor, que também é ex-diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap),  pontua que, apesar de haver a mensuração de uma média de vagas para cada sigla, ela não representa necessariamente a bancada que será eleita.

“Agora, a gente considerou uma série de elementos – o histórico do partido no estado, os candidatos mais competitivos, o volume de recursos disponível, a vinculação dessas candidaturas a outras majoritárias com influência no resultado da eleição, a estrutura de campanha, a estratégia dos partidos, o espaço no horário eleitoral”, pontua.

Centrão

No prognóstico, os especialistas apontam que o perfil da Câmara não tende a ser fortemente alterado em relação à configuração atual. Isso porque partidos como PL, PP, União Brasil e PSD, que pertencem aos espectros da centro-direita e da direita, devem continuar hegemonizando a Casa. Ao mesmo tempo, siglas de centro-esquerda e esquerda tendem a seguir como minoria parlamentar.

Com isso, o centrão – bloco que reúne membros da direita liberal – tende a continuar como maioria. Queiroz pondera, no entanto, que o grupo não é uniforme. Ele destaca, por exemplo, que o PL tem uma média de 40% de bolsonaristas – identificados com a extrema direita – e cerca de 60% que são de centro e que, além de não terem exatamente um compromisso ideológico com a pauta de Bolsonaro, já apoiaram gestões do PT no passado.

“Estamos falando de um grupo que marcha junto em alguns temas – defesa de emendas pras bases eleitorais, maior recurso pro fundo eleitoral e partidário –, mas há pautas em que ele pode, na eventualidade de um governo de esquerda, se dividir fortemente. Então, se o presidente da República for de direita, ele vai nadar de braçada no parlamento porque ele tem uma maioria de centro-direita“, observa o consultor.

Queiroz destaca, no entanto, que, se o próximo chefe do Executivo for um nome de esquerda, como Lula, há chances de o governo puxar o Legislativo para uma tendência mais voltada ao centro do que à centro-direita, uma vez que não há unidade no centrão.

“Estamos falando de deputados que atuam em bases mais pragmática e menos programática. Então, se um governo de esquerda tem uma proposta que é de interesse popular, por exemplo, por mais que esses radicais dos partidos de direita sejam contra, esses de centro vão pensar na sobrevivência política deles e, portanto, vão divergir dessa orientação mais radicalizada à direita”, exemplifica.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

***ATENÇÃO - USO RESTRITO - PAGAMENTO POR REUTILIZAÇÃO***

IMAGEM: EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS

Documentos técnicos enviados ao TCU sobre a concessão do Porto de Santos estão disponíveis no site da ANTAQ

Arquivos enviados ao Tribunal podem ser acessados pela página da Audiência Pública nº 1 de 2022
 

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) disponibilizou o acesso para os documentos técnicos relativos à desestatização e concessão da Administração Portuária de Santos (Santos Port Authority) que foram enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As empresas e grupos interessados podem consultar toda documentação acessando as informações da Audiência Pública n° 01/2022, no menu “Participação Social” ou acesse os documentos no link: https://nuvem.antaq.gov.br/index.php/s/WmQwRQgOht91FyI.

Concessão

O prazo do contrato de concessão ficou estipulado em 35 anos, com possibilidade de ser prorrogado por mais cinco - para fins de equilíbrio econômico-financeiro.

O projeto está sendo estruturado de forma a prever R$ 6,3 bilhões em novos investimentos, onde R$ 2,1 bilhões de reais serão destinados à infraestrutura portuária e R$4,2 bilhões de reais para execução de um túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá.

O leilão será pelo critério de maior valor de outorga. O lance mínimo estipulado foi de R$3,01 bilhões.

FONTE: ANTAQ

 

Conheci o deputado Jair Messias Bolsonaro em 1995, em audiência no seu gabinete, na Câmara dos Deputados. Na proximidade dos 40 anos, ele era um jovem, assim como eu, e iniciava o segundo dos sete mandatos que viria a ter.

Tomamos a iniciativa de procurá-lo motivados por um companheiro –  hoje, um admirado e querido irmão – que via em Bolsonaro um bunker de resistência nacionalista na luta, que na época travávamos, contra a intenção dos armadores de criar, no exterior, uma subsidiária integral com direitos de bandeira nacional. Talvez meu irmão ainda o veja assim.

Confesso que, ao sair da audiência, eu estava impressionado! Até então, nunca havia conhecido alguém que destilasse tanto veneno e raiva, para todos os lados, sem qualquer compromisso com a civilidade e a reflexão. Seguro de que ele jamais construiria algo que necessitasse de mandato, nunca mais o procurei. Voltei a vê-lo inúmeras vezes, tendo em vista que frequentar a Câmara Federal e suas Comissões foi e continua sendo importante no trabalho de dirigente sindical. Mas nunca mais conversamos, se é que podemos utilizar este verbo quando Bolsonaro nos dedica sua atenção.

Vinte e três anos depois, sou forçado a reconhecer que eu e mais 210 milhões de brasileiros e brasileiras carregamos elevada chance de tê-lo como presidente da República. Não é algo de pouca importância, especialmente após trabalhadores e trabalhadoras terem preenchido as cadeiras do Congresso Nacional com ocupantes de qualidade preocupante, fato que acarretará uma sobrecarrega nos ombros dos dirigentes sindicais, que terão dificuldades maiores, até intransponíveis, em conquistar e manter direitos trabalhistas.

Algumas perguntas nos rondam com insistência e constância só comparáveis às da gravidade terrestre. Uma delas é: o que leva quase 50 milhões de eleitores a acreditar que alguém com 28 anos de mandato parlamentar e uma extensa lista de projetos e emendas não aprovados possa articular soluções para os graves problemas que se abatem sobre a sociedade brasileira? Além disso, o que um candidato que gravita na política partidária com mandatos para sua família e se equilibra entre partidos sabidamente corruptos vem nos trazer de novo em termos de combate à corrupção? O que um político que se notabilizou no chamado “baixo clero” da Câmara dos Deputados por suas despudoradas afirmações, ferindo mulheres e minorias, é capaz de fazer por uma sociedade mais justa e civilizada, com menos ódio, menos rancor e mais garantias de direitos individuais e coletivos? São perguntas que o bom senso nos obriga a fazer.

A sensação é de que as eleições abriram a caixa de Pandora e, agora, podemos enxergar claramente o material de que é feita a sociedade brasileira atual.  Vemos quanto autoritarismo, fascismo e individualismo corre em nosso meio. Vemos no que nos transformamos, embalados por uma mídia maniqueísta, adoradora da plutocracia, conservadora e tendenciosa até o limite do possível. Por uma imprensa que acabou por se autoimolar, após preparar o terreno para que candidaturas de sua evidente preferência, como os Alckmins, os Meirelles e os Amoedos, pudessem ocupar o espaço que ela tanto se esmerou em cavar, golpeando corações e mentes com a promoção da descrença nas instituições e na atividade política. É evidente o fato de que foi a própria mídia que gerou aquilo que ela mesma, hoje, considera o ovo da serpente.

Quando o que se esperava era um grito de revolta pela misoginia, um basta à exploração, uma ode à construção de políticas públicas que contribuíssem para a eliminação da miséria, da violência e da injustiça social, o que se viu foi quase meia centena de milhões de pessoas votarem pelo ódio, pelo rancor, pelo pensamento único e pela violência como formas de combater todos os males, inclusive, a própria violência.

No próximo dia 28, teremos a oportunidade de confirmar o que grande parte da população brasileira gritou ao mundo, no primeiro turno das eleições, ou de corrigir a direção e o sentido apontados pelas urnas.

O voto é secreto, mas não me furto a expressar o meu. Cabe ao Sindicato não apenas a busca pela melhoria das condições salariais e sociais, mas, também, a defesa das liberdades individuais e da justiça social. Portanto, como dirigente, sinto-me na obrigação de orientar meus companheiros e companheiras, expressando as preocupações decorrentes da vivência sindical, experiência que nos possibilita uma visão bem mais ampla e crítica da realidade do que aquela possível aos que trabalham diariamente nas praças de máquinas e nos passadiços das embarcações.

Votei no candidato Ciro Gomes e defendi este voto junto a meus companheiros por inúmeras razões, duas das quais faço questão de expor aqui. Uma foi a qualidade do programa de governo que ele apresentou, sem dúvida, o melhor que tive oportunidade de conhecer até agora. A outra é que, no que pese o meu reconhecimento ao PT por ter reduzido, em muito, a miséria nos nossos centros, aumentando o poder aquisitivo do povo brasileiro e levando o mínimo de cidadania aos recônditos mais longínquos de nossa terra, muito me preocupa e incomoda esta predisposição à hegemonia que o partido carrega, desde a sua criação, em tudo em que se faz presente.

 

Severino Almeida Filho