Você realmente sabe a que corresponde 1 tonelada de CO2?

IMAGEM: consoGlobe

Em resposta à crescente demanda por transporte de CO2 resultante do crescimento dos projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS), um grupo de construtores navais do Japão anunciou um novo projeto para desenvolver um navio-tanque oceânico de dióxido de carbono liquefeito (LCO2).

O grupo consiste na Mitsubishi Shipbuilding, uma subsidiária do Mitsubishi Heavy Industries (MHI) Group, e na Nihon Shipyard Co., Ltd., uma joint venture sediada em Tóquio entre a Imabari Shipbuilding Co., Ltd. e a Japan Marine United Corporation. Juntos, eles embarcarão em um estudo colaborativo para o desenvolvimento do projeto.

Espera-se que a demanda por transporte de LCO2 cresça junto com o surgimento de projetos de CCS, que envolvem o armazenamento seguro de CO2. O número de projetos CCS em desenvolvimento está aumentando com o crescente apoio dos governos nacionais, particularmente na Ásia, seguindo o exemplo da UE. Como resultado, os parceiros do projeto acreditam que é crucial estabelecer uma infraestrutura robusta de construção naval no Japão para atender à demanda por navios LCO2.

A construção de um navio de teste está projetada para ocorrer no Estaleiro Nihon, com entrega estimada para 2027. O projeto capitalizará a experiência da Mitsubishi Shipbuilding e a tecnologia avançada de manuseio de gás do projeto e construção de transportadores de gás liquefeito, como gás liquefeito de petróleo (GLP) e transportadores de gás natural liquefeito (GNL). O Nihon Shipyard, por outro lado, contribuirá com sua vasta experiência em construção naval em vários tipos de embarcações e capacidades tecnológicas avançadas.
FONTE: PORTOSeNAVIOS

 

Rio de Janeiro (RJ), 01/05/2023 – População tem acesso a serviços como balcão de empregos e cursos durante o evento Festival do Trabalhador, no Parque Madureira. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

IMAGEM: TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

Em 15 anos, o número de trabalhadores acima de 50 anos dobrou no país. Em 2006, eram 4,4 milhões de pessoas e, em 2021, passaram para 9,3 milhões – aumento de 110,6%. O levantamento é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que disponibiliza dados sobre mercado de trabalho para estatísticas. 

Conforme o levantamento, no período analisado, o estoque de emprego geral cresceu 38,6%, o que mostra o ritmo de crescimento da presença de trabalhadores com 50 anos ou mais foi quase três vezes maior em comparação ao emprego geral.

Os trabalhadores na faixa etária dos 50 ocupavam 12,6% das vagas em 2006. O percentual subiu para 19,1% em 2021. “A participação desse grupo no estoque de emprego formal cresceu 51,6% nessa década e meia”, revela a pesquisa.

Para o Senai, os resultados apontam para uma tendência e a importância de elaboração de políticas, por parte dos governos, empresas e instituições de ensino, focadas na requalificação desses profissionais com objetivo da permanência no mercado de trabalho ou recolocação.

Mulheres

Em uma década e meia, a participação das mulheres com mais de 50 anos no mercado de trabalho cresceu mais em relação a dos homens da mesma faixa etária. Entre elas, a alta foi de 120% entre 2006 e 2021. Porém, as mulheres respondem por menos da metade dos trabalhadores (42,4%) acima de 50.

Setores

Entre os setores da economia com maior contratação de pessoas com 50 anos ou mais, aparecem comércio (164%), serviços (136%) e indústria (96%).

Apenas a indústria (transformação, extrativa mineral, serviços de utilidade pública e construção civil) registrou 1,5 milhão de funcionários na faixa etária no ano de 2020.

Estados e região

Na análise por regiões, metade dos trabalhadores está no Sudeste. Porém, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as com os maiores aumentos proporcionais de contratação, sendo 129% e 132% respectivamente, superando a média nacional de 110,5%. “Todos os estados do Nordeste e do Sudeste tiveram um ritmo de contratações de 50+ abaixo da média, com exceção do Maranhão, que aumentou em 139,4%, e de São Paulo, com 118,6%”, aponta a pesquisa.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

entenda arcabouço fiscal

IMAGEM: Diogo Zacarias/MF

 

Há uma semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não escondeu o objetivo de viabilizar o novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados com uma votação contundente. Segundo Haddad, era preciso buscar “não apenas os 257 votos para aprovar uma lei complementar – mas um espaço ainda maior, de 300, 350 votos”.

Pois até as previsões mais otimistas do governo Lula foram superadas. Na noite desta terça-feira (23), o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/2023 – que institui o Regime Fiscal Sustentável – foi aprovado por 372 votos a 108. O parecer, de autoria do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), não acatou nenhuma das 40 emendas apresentadas na Câmara e segue agora para o Senado. Antes, nesta quarta-feira (24), a partir das 13h55, os deputados votam os destaques ao texto.

O placar dilatado – e, em alguma medida, surpreendente – representa uma vitória de Lula e Haddad. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o novo arcabouço “calibra as regras fiscais, garantindo mais transparência com os gastos públicos e melhorias no campo social ao longo dos próximos anos”.

A proposta do novo arcabouço fiscal é limitar o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Em anos de crescimento econômico, a despesa poderá crescer até 2,5% ao ano acima da inflação. Já em anos de recessão, o gasto poderá se expandir em até 0,6% ao ano acima da inflação.

Nos últimos dias, o relatório de Cláudio Cajado foi duramente criticado por deputados da base do governo. Tudo por causa da inclusão do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do piso nacional da Enfermagem no limite dos gastos. Apenas o salário mínimo foi poupado, em consonância com a retomada de sua política de valorização.

Ao justificar seu parecer antes da votação, Cajado acenou para esses deputados ao dizer que não haverá impactos nem para a Educação, nem para a Saúde. “O futuro demonstrará a correção da medida que estamos votando aqui. Ao votarmos esse regime fiscal sustentável, vamos contribuir para o sucesso do atual governo e dos que o sucederão”, disse.

Segundo Cajado, “o substitutivo melhorou muito o texto original. Todas as excepcionalidades foram fruto de muita discussão”. Seu discurso foi compartilhado por Padilha: “O parecer é calibrado. Aprimora o trabalho do governo e equilibra responsabilidade social e fiscal”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – que também sai fortalecido do processo –, parabenizou os deputados pela grande unidade em torno do PLP 93/2023: “Com todo o rigor do texto, com as modificações que ocorreram por parte da Câmara, a gente dá a exata noção de que o Brasil não abriu mão da responsabilidade fiscal, mas vai olhar também para as desigualdades sociais, econômicas”.

Na visão de Lira, “se confirmou o que era importante –um texto equilibrado, um texto ‘do meio’, que dá previsibilidade, segurança jurídica, aperta quando necessário”. Um dos ajustes de última hora no relatório, acordado entre Haddad, Cajado e Lira, foi o que permitiu ao governo gastar mais do que o previsto quando também arrecadar além da previsão.

FONTE: PORTAL VERMELHO

Imagem da Hidrovia Tietê-Paraná que teve o transporte de cargas suspenso no último deia 27. Crédito: Imagem de divulgação.

IMAGEM: HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ/DIVULGAÇÃO

Em visita institucional à Casa Civil da Presidência, diretores da ANTAQ reforçaram a importância do modal hidroviário para a matriz de transportes

Na quarta-feira (17), integrantes da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) fizeram uma visita institucional à Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento (SAM) da Casa Civil.

O diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, e o diretor Lima Filho apresentaram ao secretário Maurício Muniz a carteira de projetos da Agência que, nos últimos dois anos, conduziu processos de 18 arrendamentos na área portuária, consolidou sua Agenda Ambiental e, atualmente, tem no fomento às hidrovias um dos principais focos de sua atuação.

“A propósito das recentes discussões voltadas ao planejamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ANTAQ quer reforçar aos desenvolvedores das políticas públicas a importância das hidrovias para o equilíbrio da matriz de transportes brasileiras”, afirmou Nery. 

Reforço orçamentário do MPor à ANTAQ

O Ministério dos Portos e Aeroportos aportou reforço orçamentário à ANTAQ neste mês de maio. Dentre as ações que serão executadas pela Agência com esses valores, a prioridade será o incremento de mão-de-obra especializada na elaboração de estudos preliminares, de pré-viabilidade e levantamentos técnicos para a elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) de hidrovias no Rio Madeira, Rio Tapajós, Rio Paraguai, Barra Norte, Rio Tietê – Paraná e São Francisco.

Durante anúncio ocorrido na última terça-feira (16) no MPor, ANTAQ e Ministério enfatizaram os ganhos logísticos que uma hidrovia estruturante gera para a logística nacional: um comboio de transporte aquaviário equivale a mais de 250 vagões ou a mais de 500 carretas. Além disso, o custo de implantação de hidrovias é mais baixo que o de modais como o ferroviário e o rodoviário, sem contar os impactos positivos diretos em consumo de combustíveis e a consequente redução de poluentes na atmosfera.

FONTE: ANTAQ

IMAGEM: PORTOSeNAVIOS

 

Caminho fluvial ligando interior do vizinho país a Rio Grande visa reduzir despesas de transporte e logística

Um novo possível traçado para a hidrovia Brasil/Uruguai pela Lagoa Mirim, a ser apresentado ao Ministério dos Portos e Aeroportos, incluindo Santa Izabel no canal de São Gonçalo e o rio Jaguarão, foi avaliado em encontro entre o Senador Luis Carlos Heinze e autoridades do vizinho país.

A reunião contou ainda com as presenças de representantes de arrozeiros e pretende incluir a viabilidade de retomar a mina de calcário existente na região.

A intenção é baratear custos do transporte de arroz, milho, soja, fumo e madeira, fazendo girar ainda mais a roda da economia no extremos sul.

FONTE: RÁDIO GUAÍBA

 

Supremo Tribunal Federal (STF) e estátua da Justiça.

IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER360

Corte agendou para esta sexta volta de julgamento sobre convenção da OIT que proíbe dispensas imotivadas

STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para esta sexta-feira (19) a retomada do julgamento do caso que poderá mexer nas relações entre empregadores e funcionários no Brasil, especialmente o futuro das demissões sem justa causa.

A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 1.625 tramita desde 1997 na Corte e trata da legalidade de um decreto assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) cancelando a adesão do Brasil à Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Essa convenção estabelece critérios para o encerramento de contratos de trabalho por iniciativa do empregador, ou seja, para as demissões sem justa causa.

Em seus 22 artigos, o texto prevê requisitos para a dispensa e lista motivos que não podem ser usados para justificar a demissão, como filiação a sindicato, raça, cor, estado civil, responsabilidades familiares, gravidez, religião ou opinião política. 

A calendário de julgamentos do STF prevê que a análise do tema será retomada nesta sexta em sessão virtual, que será encerrada em uma semana. O que está em discussão no Supremo não é a validade ou não da demissão por justa causa, mas a legalidade da decisão tomada por FHC à época. O cancelamento é chamado pelos legisladores de denúncia (o presidente denunciou a convenção).

O placar parcial de julgamento aponta para três possibilidades de conclusão e que dependerão de três ministros, que são Gilmar Mendes, Kassio Nunes e André Mendonça.

Apesar de o prazo se estender até a próxima sexta (26), é possível que os ministros deem seus pareceres antes dessa data e, com isso, já se saberá o resultado antes de o julgamento terminar.

São três as principais possibilidades à mesa.

A ministra Rosa Weber e os ex-ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Levandowski consideraram que o decreto de FHC precisaria ter passado pelo Congresso Nacional para ter validade e, ao não fazer isso, a publicação é inconstitucional.

Se esse entendimento for majoritário, o STF ainda poderá definir uma modulação para o alcance da decisão, ou todas as demissões de dois anos antes ficariam sujeitas à revisão.

A modulação é o procedimento pelo qual os ministros definem limites para um entendimento, como a data inicial de validade. É por meio desse procedimento que o STF poderia, por exemplo, excluir a retroatividade da decisão.

A outra possibilidade, pela qual votaram o ministro Dias Toffoli e o ex-ministro Nelson Jobim, é a admissão parcial da ADI, segundo a qual o decreto deveria ter sido analisado pelo Congresso Nacional, mas sem a inconstitucionalidade.

DEMISSÃO SEM MOTIVO

  • Quando o STF vai decidir

    A ADI 1.625 estará pronta para volta a julgamento no fim de abril, mas dependerá da presidência da Corte

  • O que está em discussão

    Se um decreto no qual o Brasil rompeu com uma convenção da OIT tem validade ou se ele precisaria passar pelo Congresso Nacional

  • O que diz a convenção

    Que há a necessidade de uma justificativa para o fim dos contratos

  • O que diz as entidades

    Os sindicatos defendem a convenção e dizem que a regra protege os trabalhadores; os grupos patronais dizem que a regra é uma burocracia que fragiliza as contratações

Nesse caso, ainda restaria a dúvida quanto ao período decorrido desde o decreto de FHC e a análise do caso pelo Congresso.

Em outra frente, que até o momento tem apenas o voto do ex-ministro Teori Zavascki, entende-se que a eficácia futura do entendimento desse tipo de decreto precisa de análise do Congresso Nacional.

Ou seja, o cancelamento da adesão a um tratado internacional depende de avaliação de senadores e deputados, mas somente para novas convenções. Se essa tese receber os votos dos ministros que ainda não votaram, o rompimento com a Convenção 158 estaria mantido e as demissões seguem como são hoje.

DEMISSÃO COM JUSTA CAUSA OU SEM JUSTA CAUSA

As dispensas por justa causa são previstas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em caso de falta grave cometida pelo empregado.

Para o trabalhador, ela também resulta na suspensão de direitos –ele perde o direito à multa de 40% sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), saldo de férias e 13º proporcionais ou aviso-prévio. O empregado também não acessa o seguro-desemprego.

A demissão sem justa causa é aquela comum, em que a empresa rompe o contrato e paga as verbas rescisórias todas, como a multa do Fundo de Garantia e aviso-prévio.

O QUE DIZ A CONVENÇÃO 158 DA OIT

O texto da Convenção 158 foi aprovado na Conferência Internacional do Trabalho realizada em Genebra (Suiça) em 1982. Ele trata do "término da relação de trabalho por iniciativa do empregador" e, segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2019, foi adotado por 35 países.

O ponto central da regra prevista na convenção trata da justificativa para a demissão. Nas questões comportamentais, o empregado precisaria ganhar tempo para se defender e mesmo alterar sua conduta com relação à produtividade e assiduidade, por exemplo.

Na frente econômica, a justificativa seria um pouco mais simples, uma vez que bastaria demonstrar a inviabilidade financeira de manter aquele empregado.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO
 
 

Transporte de cargas pela hidrovia de Porto Murtinho (Foto: Chico Ribeiro)

IMAGEM: Transporte de cargas pela hidrovia de Porto Murtinho/Chico Ribeiro

 

De janeiro a março deste ano, foram 1,6 milhão de toneladas transportadas 

O transporte de cargas pela hidrovia de Mato Grosso do Sul aumentou 80%, atingindo 1,6 milhão de toneladas. Os dados são do boletim Aquaviário da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), referente aos meses de janeiro a março. 

Deste total, o destaque é para o minério de ferro com 1,3 milhão de toneladas. Em seguida está a soja que saiu de Porto Murtinho e superou 153 mil toneladas.

Além disso, segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, a hidrovia na região de Porto Murtinho deverá escoar neste ano 1,2 milhão de toneladas, principalmente de soja e açúcar. No ano passado, por exemplo, foram cerca de 300 mil toneladas do grão e de açúcar saindo pelo porto privado da FV Cereais.

"A grande operação da hidrovia mostra que o projeto que o Estado desenvolveu no passado, que é o Proex (Programa de Estímulo às Exportações), pela hidrovia tem funcionado", destaca.

O Terminal Portuário do Grupo FV, inaugurado em 2020, é atual responsável pela movimentação de cargas em Porto Murtinho.

A capacidade de fluxo de embarque é de mil toneladas por hora para o transbordo de soja, milho e açúcar, bem como a importação de fertilizantes. Já por ano, a estrutura tem a capacidade de movimentar até 2 milhões de toneladas de grãos.

Infraestrutura – O aumento das exportações desperta a necessidade de melhoria da infraestrutura para ter acesso aos municípios, ainda mais depois da Rota Bioceânica.

“Hoje nós temos um movimento já de 250 caminhões, mas quando pensamos na Rota podemos imaginar cerca de mil caminhões passando por dia, quando ela estiver consolidada. Isso mostra o quanto o Governo terá que investir na infraestrutura e melhorias no município", enfatizou Verruck. 

Na última sexta-feira (19), o secretário Hélio Peluffo, da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), visitou o canteiro de obras da ponte da Rota Bioceânica, do lado brasileiro.

Foi verificado que a construção está com 20% de execução e a previsão é de ser finalizada em dois anos, segundo o engenheiro Paulo Leitão, do Consórcio Binacional PYBRA, responsável pelas obras.

A ponte sobre o rio Paraguai irá conectar as cidades de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, no Alto Paraguay. 

FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

 

IMAGEM: Cleopatra Doumbia-Henry/IMO

 

O secretário-geral da Organização Marítima Internacional (IMO), Kitack Lim, deixará o cargo no próximo mês de dezembro e o Conselho da entidade terá como missão escolher o seu substituto de uma lista de sete candidatos, com excelentes currículos entre eles. Eis os nomes:

. Arsenio Antonio Dominguez Velasco (Panamá)

. Cleopatra Doumbia-Henry (Dominica)

. Minna Kivimäki (Finlândia)

. Moin Uddin Ahmed (Bangladesh)

. Nancy Karigithu (Quênia)

. Suat Hayri Aka (Turquia)

. Zhang Xiaojie (China)

Para ser eleito secretário-geral da IMO, o candidato precisa receber, no mínimo, 21 dos 40 votos dos Estados-membros do Conselho da IMO, entre eles, o Brasil.

A organização sindical marítima brasileira apoia a candidatura de Cleopatra Doumbia-Henry. Defensora dos direitos dos trabalhadores marítimos, ela desempenhou papel-chave na Organização Internacional do Trabalho (OIT) durante o desenvolvimento, a adoção e a ratificação da Convenção do Trabalho Marítimo (MLC, 2006). É importante ressaltar que as portas do seu gabinete sempre estiveram abertas aos marítimos brasileiros para tratar de assuntos do interesse deles.

Definida como uma líder visionária por seus pares, Doumbia-Henry é conhecida por sua habilidade em construir consenso e mobilizar recursos.  Trabalhou na OIT por três décadas e se propõe a liderar a IMO no avanço da justiça social dentro da indústria marítima, abordando questões como direitos trabalhistas, igualdade de gênero, condições de trabalho e bem-estar dos profissionais marítimos.

Nós acreditamos que Cleopatra Doumbia-Henry irá trabalhar de perto com os Estados-membros, a indústria e parceiros internacionais para garantir que o setor marítimo permaneça inclusivo e equitativo, sendo capaz de criar oportunidades para todos.

FONTE: CONTTMAF

Desmantelamento de navios duplicará em dez anos

IMAGEM: JAN MARCZUK POR PIXABAY

 

Mais de 15 mil navios deverão ser desmantelados para reciclagem nos próximos dez anos (2023-2032), prevê a BIMCO.

Em termos de DWT, a BIMCO prevê o desmantelamento de navios correspondentes a cerca de 600 milhões de toneladas.

A estimativa da BIMCO representa a duplicação do que aconteceu na última década, quando foram desmantelados 7 780 navios, com um DWT agregado de 285 milhões de toneladas.

Se nos últimos dez anos os navios retirados do ativo tinham sido construídos sobretudo nos anos 90, agora será a vez de unidades construídas na primeira década do século XXI.

A BIMCO recorda que, historicamente, cerca de 50% dos navios (em termos de DWT) são abatidos com 25 anos e 90% até aos 30-35 anos. E é com base nesse pressuposto que calcula a duplicação da reciclagem nos próximos dez anos.

Uma tendência tenderá a acelerar-se, uma vez que, lembra, os novos navios são cada vez maiores.

A reciclagem de navios representa um impulso para a economia circular e para a redução das emissões (desde logo, porque a produção de aço a partir da sucata consome menor energia). Mas é também um desafio  e implica riscos.

Por isso, a BIMCO apela à ratificação e implementação da convenção de Hong Kong sobre a reciclagem de navios segura e respeitadora do ambiente.

O Bangladesh, a Índia, o Paquistão e a Turquia são os países com maior atividade na reciclagem de navios, controlando 77% em número de navios e 96% em DWT.

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

IMAGEM: Valdecir Galor/SMCS

 

O desemprego aumentou em 16 das 27 unidades federativas, mantendo-se estável nas outras 11, detalhou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio da PNAD.

O que aponta a PNAD?

O desemprego é maior no Nordeste (12,2%), mas cresceu em todas as regiões. Bahia (14,4%) e Pernambuco (14,1%) são os estados com as maiores taxas de desocupação do país.

Mulheres e negros são os mais afetados: o desemprego para elas ficou em 10,8%, ante 7,2% dos homens; os brancos (6,8%) foram impactados abaixo da média nacional, enquanto pretos (11,3%) e pardos (10,1%) tiveram índice acima.

Informalidade atinge 39% dos trabalhadores. Os maiores percentuais foram registrados no Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%), enquanto as menores estão em Santa Catarina (26,1%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,6%).

O rendimento médio ficou em R$ 2.880 em todo o país. Em relação ao 4º trimestre de 2022, o Nordeste foi a única região com alta, mas ainda é a última na comparação nacional: a renda da região atingiu a média de R$ 1.979. 

A taxa de desemprego do 1º trimestre de 2023 ficou em 8,8%. O índice da pesquisa PNAD apresenta um crescimento de 0,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022) e uma queda de 2,4 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.

Metodologia

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.

Diferença entre Pnad e Caged

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) são do governo federal. Os números se referem apenas a contratos regidos pela CLT, e são as próprias empresas que preenchem as informações em um sistema próprio. Já a Pnad do IBGE é mais ampla, e compreende o mercado de trabalho informal. O levantamento é feito com entrevistadores, que perguntam sobre a situação de trabalho de uma amostra da população.

FONTE: UOL ECONOMIA

 

IMAGEM: CÂMARA DOS DEPUTADOS

A Marinha do Brasil precisou expulsar um navio alemão que “espionava” águas brasileiras. De acordo com informações da própria Forças Armadas, o local onde a embarcação fazia pesquisas irregulares, é rica em recursos como cobalto, níquel, platina, manganês e terras-raras. O episódio ocorreu em abril, mas ao ser questionado sobre o fato em uma comissão na Câmara nesta quarta-feira (17) o Comandante da Marinha, AE Marcos Sampaio Olsen, classificou o flagrante como um exemplo de ameaça.

“O navio para realizar pesquisas em aguas jurisdicionais brasileiras é perfeitamente possível desde que faça o protocolo próprio e seja autorizado, isso no caso do navio em questão não foi observado”, disse Olsen durante audiência da comissão das Relações Exteriores e da Defesa Nacional na Câmara dos Deputados.

Durante a comissão, Olsen rebateu afirmações do deputado Ricardo Salles (PL), de que o Brasil não sofria de “ameaças” em suas fronteiras.

As Forças Armadas brasileiras foram informadas da embarcação como “comportamento anômalo” e Olsen informou que o navio teria começado atracado em Montevidéu, no Uruguai. O comandante, então, determinou o envio de uma fragata para que se dirigisse até a Elevação de Rio Grande, onde navio estava no dia 6 de abril. O local fica próximo do litoral de Santa Catarina, mas a extensão da faixa de mar que pertence ao Brasil na região é objeto de debates internacionais. O Brasil considera o local sua área de influência.

Foi constatado que o navio fazia pesquisas no subsolo marinho e, após sua identificação, foi ordenado à tripulação alemã suspender a expedição e se retirar do Brasil. A embarcação era privada e não pertencia à Marinha alemã.

FONTE: Gazeta do Povo

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IMAGEM: PORTAL GOV.BR

 

O Ibama indeferiu, na quarta-feira (17), licença solicitada pela Petrobras para Atividade de Perfuração Marítima no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas. O presidente do instituto, Rodrigo Agostinho, acompanhou parecer técnico que havia sido concluído em 20 de abril.

A decisão, que ocorre “em função do conjunto de inconsistências técnicas”, segue recomendação de analistas da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama.

“Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”, aponta Agostinho no despacho em que nega a licença ambiental.

No documento, o presidente do Ibama acompanha o entendimento da equipe técnica sobre a “necessidade de se retomar ações que competem à área ambiental para assegurar a realização de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para as bacias sedimentares que ainda não contam com tais estudos e que ainda não possuem exploração de petróleo, no prazo mais breve possível”.

AAAS é uma análise estratégica que permite identificar áreas em que não seria possível realizar atividades de extração e produção de petróleo e gás em razão dos graves riscos e impactos ambientais associados.

“A ausência de AAAS dificulta expressivamente a manifestação a respeito da viabilidade ambiental da atividade, considerando que não foram realizados estudos que avaliassem a aptidão das áreas, bem como a adequabilidade da região, de notória sensibilidade socioambiental, para a instalação da cadeia produtiva do petróleo”, acrescenta o presidente do Ibama no despacho.

Apesar de regulamentada desde 2012, a AAAS jamais foi realizada na região da margem equatorial. A bacia da foz do Amazonas é considerada uma região de extrema sensibilidade socioambiental por abrigar Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas (TIs), mangues, formações biogênicas de organismos como corais e esponjas, além de grande biodiversidade marinha com espécies ameaçadas de extinção, como boto-cinza, boto-vermelho, cachalote, baleia-fin, peixe-boi-marinho, peixe-boi-amazônico e tracajá.

O processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 foi iniciado em 4 de abril de 2014, a pedido da BP Energy do Brasil, empresa originalmente responsável pelo projeto. Em dezembro de 2020, os direitos de exploração de petróleo no bloco foram transferidos para a Petrobras, que teve o pedido de licença definitivamente negado nesta quarta-feira.

É a segunda negativa para atividades de perfuração na região – em 2018, o Ibama negou a emissão de licença para cinco blocos sob controle da empresa Total.

FONTE: PORTOSeNAVIOS