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Mais de 15 mil navios deverão ser desmantelados para reciclagem nos próximos dez anos (2023-2032), prevê a BIMCO.
Em termos de DWT, a BIMCO prevê o desmantelamento de navios correspondentes a cerca de 600 milhões de toneladas.
A estimativa da BIMCO representa a duplicação do que aconteceu na última década, quando foram desmantelados 7 780 navios, com um DWT agregado de 285 milhões de toneladas.
Se nos últimos dez anos os navios retirados do ativo tinham sido construídos sobretudo nos anos 90, agora será a vez de unidades construídas na primeira década do século XXI.
A BIMCO recorda que, historicamente, cerca de 50% dos navios (em termos de DWT) são abatidos com 25 anos e 90% até aos 30-35 anos. E é com base nesse pressuposto que calcula a duplicação da reciclagem nos próximos dez anos.
Uma tendência tenderá a acelerar-se, uma vez que, lembra, os novos navios são cada vez maiores.
A reciclagem de navios representa um impulso para a economia circular e para a redução das emissões (desde logo, porque a produção de aço a partir da sucata consome menor energia). Mas é também um desafio e implica riscos.
Por isso, a BIMCO apela à ratificação e implementação da convenção de Hong Kong sobre a reciclagem de navios segura e respeitadora do ambiente.
O Bangladesh, a Índia, o Paquistão e a Turquia são os países com maior atividade na reciclagem de navios, controlando 77% em número de navios e 96% em DWT.
FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS