IMAGEM: Shutterstock/Igor Grochev
A Autoridade Marítima do Panamá removeu de seu registro mais de 650 embarcações desde 2019, como parte de um esforço para cumprir as sanções dos EUA e aplicar regras mais rígidas para os navios que embandeira, informou a autoridade na segunda-feira.
Um total de 214 embarcações foram retiradas do registro do Panamá, um dos maiores do mundo, com mais de 8.500 navios, desde que começou a implementar medidas no ano passado, permitindo-lhe agir mais rapidamente para ajudar a aplicar as sanções, acrescentou a autoridade.
Navios não podem navegar sob a bandeira do Panamá após serem removidos de seu registro.
O Panamá respondeu às críticas da organização não governamental Unidos Contra o Irã Nuclear (UANI), que na semana passada afirmou que o Panamá não havia tomado medidas suficientes contra os violadores das sanções e pediu que "cessasse imediatamente de facilitar o comércio ilícito de petróleo do Irã" e retirasse sua bandeira de todos os navios-tanque que transportam petróleo iraniano.
De acordo com a UANI, quase um em cada cinco navios suspeitos de transportar petróleo iraniano navega sob a bandeira do Panamá.
"Isso não é apenas uma falha no registro do Panamá. É uma ameaça direta ao cumprimento das sanções globais e à segurança regional e dos EUA", afirmou.
Em 2019, o Panamá assinou um acordo com outros países de bandeira, incluindo a Libéria e as Ilhas Marshall, para trocar informações sobre embarcações cujos registros foram cancelados ou rejeitados devido a potenciais violações de sanções. Também começou a implementar medidas contra navios que desligam deliberadamente seus transponders para evitar o rastreamento.
Em maio, a autoridade anunciou que reforçaria os controles para operações entre navios de bandeira panamenha, após um aumento no uso de petroleiros da "frota escura" para contornar sanções ou driblar requisitos ambientais.
Os EUA aumentaram a pressão sobre países com registros de grandes embarcações para que ajudem a aplicar sanções. O presidente americano, Donald Trump, criticou a expansão de uma frota obscura de petroleiros que transportam petróleo sancionado e ameaçou tomar o Canal do Panamá.
FONTE: GCAPTAIN/REUTERS