A taxa de desemprego recuou no trimestre encerrado em julho e agora atinge 12,8% da força de trabalho do país. Essa queda foi puxada pelo aumento do número de trabalhadores que atuam no mercado privado sem carteira assinada. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de julho revelam, no entanto, que o salário médio dos trabalhadores informais é 40,9% menor, se comparado ao de quem tem carteira assinada no país, o que significa em valores nominais R$ 828.
Essa diferença salarial é 1 ponto percentual maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior, encerrado em abril, quando a disparidade chegava a 39%, e 4,4 pontos percentuais maior, se comparada ao mesmo período do ano passado, quando a diferença entre os salários era de 36,5%.
Considerando dados da Pnad desde o trimestre encerrado em junho de 2014, a diferença salarial entre esses trabalhadores é uma tendência histórica e chega em média a 39,3% nos últimos três anos. A disparidade de rendimento hoje, porém, é a maior desde o trimestre encerrado em abril de 2016.
O rendimento médio do trabalhador formal nos últimos três meses subiu 1% em relação ao trimestre imediatamente anterior (que inclui os meses de fevereiro, março e abril) para R$ 2.205 mensais, enquanto o do trabalhador informal caiu 2%, em comparação ao mesmo período, para R$ 1.197 mensais.
Fonte: O Globo