Na edição 53 da revista Unificar, o Sindmar publicou matéria sobre preocupantes casos de depressão a bordo e trouxe informações sobre um estudo da Universidade de Yale, nos EUA, conduzido antes da pandemia de Covid-19, o qual já apontava que 20% dos trabalhadores marítimos em algum momento consideraram a possibilidade de cometer suicídio ou automutilação.
A representação sindical acredita que os problemas relatados foram enormemente agravados nos últimos meses em todas as partes do mundo por restrições impostas pelos governos em função da pandemia. No Brasil, é a falta de respeito de alguns armadores que trazem prejuízos ao bem-estar e à saúde mental dos marítimos.
O Sindmar observa que a recomendação inicial das autoridades, de flexibilizar o tempo de permanência a bordo, que ocorreu em um momento em que pouca informação havia sobre o novo coronavírus, já cumpriu o seu papel.
A entidade defende que diante das constatações recentes sobre a importância dos testes antes do embarque, não há mais justificativas para que trabalhadores marítimos continuem a ser retidos a bordo além do período previsto, o que pode levá-los a desenvolver estresse e depressão.
O sindicato ressalta que protocolos de prevenção estabelecidos pela Anvisa têm se mostrado efetivos para os armadores que os realizam de forma correta e responsável e quando incluem a utilização dos testes mais confiáveis e medidas preventivas rígidas contra o contágio a bordo.