Em uma declaração conjunta, representantes de 13 países expressaram profunda preocupação sobre a atual crise, ao reconhecer as dificuldades dos operadores de navios em todo mundo em trocar a tripulação em meio à pandemia. É o maior desafio operacional para a circulação segura e eficiente do comércio mundial, disseram.
O secretário-geral da Organização Marítima Internacional (IMO), Kitack Lim, congratulou-se com o compromisso dos 13 países em facilitar as trocas de tripulação e aceitar a designação de “trabalhadores-chave” para os marítimos, após a realização de uma cúpula ministerial virtual, organizada pelo governo do Reino Unido em 9 de julho . Essa etapa representa um progresso significativo para ajudar a resolver a crise crescente que o setor marítimo enfrenta e permitir que centenas de milhares de marítimos ociosos voltem para casa ou se juntem a navios.
Os governos ao redor do mundo têm causado significativo obstáculos às mudanças da tripulação, atingindo centenas de milhares de marinheiros. Atualmente estima-se que pelo menos 200 mil trabalhadores marítimos em todo o mundo estão presos em navios e exigem repatriação imediata. Um número semelhante precisa se juntar aos navios para substituí-los. Isso levou a uma crescente crise humanitária, além de causar preocupações de que a fadiga dos marítimos cause problemas de saúde mental que podem levar a graves acidentes marítimos . Também há preocupações com a continuidade da cadeia de suprimentos global.
A declaração conjunta foi assinada por representantes dos seguintes países: Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Indonésia, Holanda, Noruega, Filipinas, Arábia Saudita, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.
Fonte: Revista Portos e Navios