IMAGEM: UNITSHIPPING
Dona da quinta maior frota de transporte marítimo no mundo, a Hapag-Lloyd informou nesta sexta-feira (12) que está tendo um gasto extra de dezenas de milhões de dólares em virtude da medida adotada para evitar passar pelo Mar Vermelho, onde navios comerciais vêm sendo alvo de ataques de grupo de rebeldes houthis, que protestam contra Israel por causa do conflito contra o grupo terrorista Hamas.
O porta-voz da companhia comunicou que a empresa está com "custos adicionais por mês na casa dos dois dígitos de milhões" desde que adotou o percurso pela Cabo da Boa Esperança, que contorna a África pelo sul para realizar o transporte entre Ásia e Europa. Normalmente, as embarcação usam o Mar Vermelho, que passa também pelo Canal de Suez e demora em média 12 dias a menos que a rota pelo Cabo da Boa Esperança. O porta-voz não informou especificamente o valor extra gasto.
De acordo com o porta-voz, as entregas para os Estados Unidos também foram impactadas com a mudança e estão com um atraso de uma semana.
Ao mesmo tempo, a Hapag-Lloyd parabenizou os ataques feitos por EUA e Reino Unido contra os rebeldes houthis na tentativa de permitir o tráfego marítimo pelo Mar Vermelho. Os ataques do grupo a navios no Mar Vermelho fizeram com que a Hapag-Lloyd e outras empresas de navegação evitassem a área.
"Acolhemos com satisfação as medidas que tornam a passagem pelo Mar Vermelho segura novamente", afirmou o porta-voz à Reuters.
FONTE: Reuters