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O Ministério do Trabalho enfrenta pior crise dos últimos anos. Sem força na Esplanada. Secundarizado, com perda de status e relevância. mais 1 crise se abate sobre a pasta. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro do Trabalho, Helton Yomura foi afastado, nesta quinta-feira (5), para investigações relativas à Operação Registro Espúrio, sobre registro de entidades sindicais. Segundo a Polícia Federal, ele é “testa de ferro” do PTB, partido que controla a pasta desde o início da gestão Temer. Neste ano, o governo conseguiu a façanha de não conseguir efetivar 1 ministro do Trabalho.

Desde que o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) anunciou sua saída, no final de 2017, para se dedicar à reeleição, o Planalto acumulou fracassos para substituí-lo. À época, o nome escolhido foi da também deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, após acordo entre o presidente da sigla petebista e Temer. Mas sucessivas derrotas judiciais fizeram o governo cancelar a nomeação de Cristiane.

Como a filha não emplacou, Jefferson manteve sua influência no ministério com Yomura. Para a polícia, ele estava lá para dar continuidade à ingerência da própria deputada e também do presidente nacional do PTB.

Nesta fase da operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Nelson Marquezelli (SP), vice-líder do PTB e empresário do setor agrícola. Assessor do deputado ruralista foi preso – em seu apartamento, agentes encontraram R$ 95 mil em espécie.

Em nota à imprensa divulgada no início da noite, o Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer recebeu e aceitou o pedido de exoneração do ministro Helton Yomura. O chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Eliseu Padilha, vai assumir interinamente o Ministério do Trabalho. Padilha vai acumular os 2 cargos. FONTE: Monitor Mercantil