Logo da Apple: funcionários de loja nos EUA, votaram a favor de criação de sindicato (Getty Images/Costfoto/Barcroft Media)

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Funcionários de uma loja da Apple em Towson, no estado americano de Maryland, votaram pela criação de um sindicato trabalhista. Esse é o primeiro sindicato de colaboradores das mais de 270 lojas da companhia nos Estados Unidos.

De acordo com o National Labor Relations Board (uma agência governamental que tem a responsabilidade de fazer cumprir as leis trabalhistas nos EUA), funcionários de, pelo menos, outras 20 unidades da Apple já manifestaram o interesse em se sindicalizar. Os trabalhadores desejam ter mais poder em negociações salariais e políticas de segurança em relação à covid.

Na eleição, realizada no sábado (18), 65 funcionários da loja de Towson votaram a favor de serem representados pelo sindicato “Apple Coalition of Organized Retail Employees”, que fará parte do International Association of Machinists and Aerospace Workers – o sindicato representa mais de 300 mil funcionários e aposentados de empresas americanas se setores como defesa, aeroespacial, companhias aéreas, ferroviário e automotivo. Já 33 trabalhadores da loja votaram contra a adesão.

A Apple tentou evitar a sindicalização dos seus colaboradores. Em maio, a companhia aumentou os salários iniciais de US$ 20 para US$ 22 por hora, além de fazer uma campanha alegando oferecer salários maiores e mais benefícios que as demais varejistas, como concessão de ações e assistência médica.

A empresa também chegou a divulgar um vídeo de Deirdre O’Brien, vice-presidente de varejo e pessoas da Apple, afirmando que o sindicato prejudicaria os negócios da big tech.

Movimento sindical

A Apple não é a única companhia a ver os seus funcionários se sindicalizando. Em abril, trabalhadores de um armazém da Amazon em Nova York também votaram pela criação de um sindicato.

Nos últimos meses, centenas de lojas americanas do Starbucks também adotaram a união dos trabalhadores, depois que duas unidades da rede em Buffalo, Nova York, também votaram pela sindicalização no final do ano passado.

Também no ano passado, um grupo de engenheiros do Google e outros trabalhadores formaram o Alphabet Workers Union. O sindicato representa cerca de 800 funcionários de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.

FONTE: MONEY TIMES