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Seis agentes dos serviços secretos russos foram acusados pelos EUA de crimes cibernéticos, incluindo o ataque NotPetya que, há três anos, custou à Maersk centenas de milhões de euros.
Operacionais do Departamento de Justiça dos EUA afirmaram, ontem (dia 19), que os ataques russos foram “a série de ataques cibernéticos mais perturbadores e destrutivos já atribuídos a um grupo”.
Os seis homens, com idades entre 27 e 35 anos, foram colocados na lista de procurados do FBI após a conferência de imprensa.
“Nenhum país armou as suas capacidades cibernéticas de forma tão maliciosa e irresponsável como a Rússia, causando arbitrariamente danos colaterais sem precedentes na procura de pequenas vantagens tácticas e para satisfazer ataques de rancor”, afirmou o procurador-geral assistente John Demers, no anúncio da acusação.
Os seis piratas informáticos são todos, supostamente, membros da Unidade 74455, a divisão de hackers dos serviços secretos da Rússia. A unidade 74 555 tem várias outras designações, entre as quais Sandworm, BlackEnergy Group e Voodoo Bear.
Além dos ataques NotPetya direcionados à Ucrânia, que se espalharam e causaram danos corporativos globais de cerca de 10 mil milhões de dólares (85 mil milhões de euros), o grupo é acusado de ingerência em eleições e eventos desportivos como os Jogos Olímpicos.
A Maersk estimou que o ataque NotPetya, que afectou as operações da APM Terminals, cortou 200 a 300 milhões de dólares (170 a 255 milhões de euros) às suas receitas em 2017. Desde então, também a MSC, Cosco e CMA CGM, respectivamente segunda, terceira e quarta maiores companhias de contentores do mundo, foram alvo de ciberataques.
FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS