A pesca do atum foi mais fraca em 2015. Foto: FAO

IMAGEM: FAO/ONU NEWS

 

Com a pandemia do coronavírus e as restrições das atividades econômicas em muitos países, o Rio Grande do Norte se destacou ainda mais nas exportações de atum nos últimos tempos, por ser um dos peixes mais demandados pelos consumidores internacionais. Em 2021 a produção potiguar, até o fim do mês de julho, foi de 2.500 toneladas. Desse total, 1.700 toneladas foram para exportação, principalmente para os Estados Unidos. 

Atualmente 70% das capturas da pesca industrial - atum, meca e lagosta - no Rio Grande do Norte vão para exportação e 30% ficam no mercado interno. De 1 de Janeiro a 31 de Julho deste ano, a produção gerou um montante de aproximadamente US$ 20 milhões de dólares, com US$ 14 milhões referentes ao comércio dos peixes e US$ 6 milhões das lagostas. No ano passado, a produção total representou um faturamento de aproximadamente 9 milhões de dólares.
 
A evolução no setor no estado é explicada diante do aumento de empresas de pequeno e médio porte com o crescimento de embarcações trabalhando especificamente na pesca do atum. "A produção foi sensacional e a procura também. Trabalhamos duro, mas conseguimos gerar empregos, mesmo em meio a uma pandemia", disse o empresário Marcelo Martini, proprietário de empresa que atua no mercado há quatro anos e tem produção média de 10 toneladas por mês.  
 
O empresário explicou que sua empresa, a Martuna Pescados, faz a captura e o beneficiamento e comercializa pescados nobres. A pesca é feita pela modalidade Espinhel Horizontal, tendo como foco a pesca oceânica, de forma sustentável. Os barcos são equipados com tecnologia de última geração, operando na zona econômica exclusiva brasileira, como também em águas internacionais. "Hoje, temos 20 colaboradores na Martuna Pescados e, além de exportar para os EUA, também comercializamos para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte", destaca o empresário. 
 
Brasil
 
Com o esgotamento dos recursos pesqueiros costeiros, a principal alternativa para o desenvolvimento do setor pesqueiro nacional, excetuando-se a aqüicultura, reside na pesca oceânica, voltada para a captura de atuns e peixes afins. Tanto que mesmo com entraves, como falta de mão-de-obra especializada, tecnologia e embarcações adequadas, ainda existem vantagens para essa modalidade. Entre elas, a localização geográfica. As frotas operando a partir de portos brasileiros alcançam cardumes mais rapidamente, enquanto que países com tradição pesqueira, como Japão, Taiwan, Coréia, Espanha e Portugal são obrigados a viajar mais de 20.000 km para atingir áreas de pesca.
 
FONTE: TRIBUNA DO NORTE