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Na tarde desta quarta-feira (13), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) deu entrevista dizendo que o governo transferira a votação da reforma da Previdência para fevereiro.

Em seguida, por meio de nota, o Planalto desmentiu seu principal articulador no Congresso. Na nota, disse que o presidente Michel Temer ainda definirá com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a data da votação. Depois disso foi um disse me disse.

Íntegra da nota do Planalto - 13/12/17 - 19h

“Nota à imprensa

Após passar por procedimento cirúrgico em São Paulo na tarde de hoje, o presidente Michel Temer retornará a Brasília nesta quinta-feira (14), com liberação da equipe médica que o acompanha.

Ele espera ainda para amanhã a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência.

Somente depois disso, o presidente discutirá com os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta.”

Em seguida Jucá deu nova coletiva à imprensa e disse que a decisão havia sido tomada por Maia e Eunício.

Questionado sobre o assunto, Maia disse que não havia feito acordo e afirmou que conversará com Temer até esta quinta. Ele disse também que a matéria só será pautada quando tiver voto. Como não tem não será pautada.

A quem cabia o anúncio
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que, na opinião dele, não cabe a Jucá ou a outro membro do governo definir a pauta de votações do Congresso. Para Ribeiro, a atribuição é dos presidentes da Câmara e do Senado.

Fechamento de questão
Pressionados pelo governo, alguns partidos “fecharam questão” a favor da proposta que o mercado tensiona para aprovar na Câmara dos Deputados.

Talvez, cientes que o governo não conseguiria reunir os 308 votos mínimos necessários para aprovar o texto se posicionaram para se livrar do assédio do Planalto.

Votação em fevereiro
O governo não pautou porque não têm os 308 votos para aprovar a proposta. E a tendência é perder mais apoios à medida que o ano eleitoral se aproxima.

O anúncio que vai votar em fevereiro é “jogo de cena” para o mercado, pois sabe que em ano eleitoral não terá condições de votar matéria tão polêmica quanto uma reforma na Previdência pública. O governo perdeu.

Uma reforma na Previdência Social só em 2019, depois das eleições sob novo e legítimo mandatário, que vai ter de dizer para a sociedade como vai ser essa reforma. Vai ter de dialogar com todos, e incluir aqueles que ficaram de fora, como os militares, por exemplo.

FONTE:DIAP