O senador Jean Paul Prates (PT-RN)

IMAGEM: Reprodução/TV Senado 

Senador do PT pelo Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates vai assumir a presidência da estatal petroleira no terceiro governo Lula

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) será o presidente da Petrobras no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (30/12), por meio das redes sociais do próprio Prates e do presidente eleito Lula.

“Gostaria de anunciar a indicação do Jean Paul Prates para a presidência da Petrobrás. Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, disse Lula, através do perfil no Twitter. 

“A Petrobras é uma empresa forte, exemplo internacional de capacidade técnica, engenho e determinação. É uma companhia que existe como empresa de economia mista, que alia capitais privados e estatais, e precisa conciliar essa natureza ao seu papel estruturante na economia do país”, escreveu Prates.

O parlamentar foi um dos coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição.

O que Prates pensa

Jean Paul Prates é crítico da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), instituída pelo governo Michel Temer (MDB) em 2016, e já propôs no Senado diversas alternativas para a compensação do preço de combustíveis. Na transição, ele defendeu a criação de algum mecanismo que sirva de “colchão de amortecimento” para as flutuações de preços. Na visão de Prates, a política de preços deve ser definida pelo governo e não pela empresa.

“Quem define política de preço de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado e a gente tem que desfazer de uma vez por todas é dizer que a Petrobras define política de preços de combustível. Não vai ser assim. Vai seguir a política do governo? Claro”, afirmou.

A política de preços da Petrobras é alvo de críticas do atual governo e da então oposição, por contribuir com o aumento da inflação em momentos de crise internacional, como a guerra na Ucrânia e a pandemia do novo coronavírus. Os ataques vão em linha com os reajustes causados pelo alto preço do barril de petróleo no exterior e a valorização do dólar frente ao real.

Em 28 de dezembro, o atual ministro de Minas de Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que, a partir de 1º de janeiro, os preços dos combustíveis vão subir devido ao fim da isenção tributária do PIS/Cofins. Os impostos estão suspensos até 31 de dezembro de 2022.

Na cerimônia em que anunciou o restante de sua equipe na Esplanada dos Ministérios, na última quinta-feira (29/12), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou medidas adotadas pelo atual governo para reduzir o preço dos combustíveis. E afirmou que para diminuir os valores “não precisa mexer no ICMS”, imposto estadual.

O futuro presidente da estatal também afirmou que a política de distribuição de dividendos será revista.

FONTE: METROPOLES