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Jean Paul Prates e executivos levaram números da proposta para 2024-2028 ao Planalto, segundo Fernando Haddad
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, apresentou na quinta-feira (9/11) o novo plano estratégico 2024-2028 da companhia ao Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou da reunião, junto com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.
“O plano quinquenal da Petrobras, que foi apresentado pela diretoria da Petrobras ao Presidente da República. Em todas as áreas, gás, petróleo, estaleiro, fertilizante, para a gente ter uma visão geral do plano até 2028, de 2024 a 2028”, disse Haddad na saída do encontro.
“Para que o presidente tomasse conhecimento do que vai acontecer no próximo período em termos de geração de emprego”, disse Haddad.
De acordo com o ministro da Fazenda, foram apresentados os números de investimentos e haverá um “aumento significativo” nos aportes em energias renováveis, mas ele não disse qual seria o percentual.
“Não memorizei o número, mas sei que há uma ampliação considerável dos investimentos da Petrobras em energia renovável [em relação ao plano atual]”.
A Petrobras anunciou este ano que mira uma alocação de até 15% do próximo ciclo de investimentos em projetos no guarda-chuva de iniciativas de descarbonização do portfólio. Essa decisão tomada em maio e, no plano atual (2023-2027), essa alocação de capital está em 6%.
Esse será o primeiro plano estratégico elaborado nesse terceiro governo Lula.
Poderão ser, segundo a companhia, aportes em geração de energia renovável, mas também no segmento de biorrefino ou na redução da pegada de carbono das atividades de produção e refino de petróleo e gás.
Haddad foi questionado apenas sobre o nível de investimento que a Petrobras vai colocar no plano em energia renovável, sem maiores detalhes.
Matéria de O Globo, publicada esta semana, revelou que há contrariedade entre a diretoria da companhia, comandada por Prates, e o conselho de administração, formado pelo próprio presidente e outros cinco indicados pela União, além de quatro representantes minoritários.
O veículo afirma que os aportes em renováveis, como os planos da Petrobras de desenvolver eólicas offshore no Brasil, estão entre as decisões que carecem de consenso.
Na quarta (8/11), a companhia informou em nota que o plano estratégico “está em construção, e ainda seguirá para aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da companhia”.
A decisão final deve ser tomada até o fim do mês de novembro, para o detalhamento do plano ainda este ano.