ACT notifica 1.540 empresas devido a diferenças salariais entre homens e mulheres

IMAGEM: DIÁRIO DE NOTÍCIAS

De 437 reajustes na data-base janeiro, 75,3% ficara acima da inflação acumulada. INPC menor contribui para índices obtidos nos acordos

Balanço parcial divulgado no dia 17 pelo Dieese mostra continuidade da tendência de melhora nas negociações salariais. De 437 reajustes na data-base janeiro, 75,3% ficara acima da variação acumulada do INPC-IBGE. Resultado equivalente ao de dezembro e bem acima do registrado em janeiro do ano passado (28,4% com ganho real). Houve 16,5% acordos com índice equivalente ao INPC e 8,2% abaixo.

“Os resultados confirmam tendência de melhora praticamente contínua nas negociações desde agosto de 2022”, informa o Dieese. Contribuiu para isso a redução da inflação. Até aquele mês, o INPC era superior a 10%. Agora em janeiro, por exemplo, o reajuste necessário para a reposição era de 5,93%. Para este mês, 5,71%. Assim, a variação real média dos reajustes, descontada a inflação, foi de 1% acima do INPC.

Setores e salário mínimo

Entre os setores de atividade, a indústria teve 77% das negociações chegaram a acordos salariais com aumento real. Os serviços vêm em seguida, com 76,4%. Já o comércio teve 57,6% de reajustes acima da inflação (e 18,2% abaixo). “Grande parte dos reajustes nos serviços, em janeiro, foi do segmento do turismo e hospitalidade, em que os rendimentos possuem valores próximos ao do salário mínimo oficial e são, por isso, muito influenciados pela correção do piso nacional. Isso explica, em parte, o bom desempenho do setor, diferente do observado em 2022”, analisa o instituto.

Por sua vez, o valor mediano dos pisos nos acordos coletivos, no primeiro mês de 2023, foi de R$ 1.406,26 – 8% acima do mínimo (R$ 1.302 em janeiro). Segundo o Dieese, a mediana “sofre menos influência dos valores extremos da série”. O maior foi registrado no setor de serviços (R$ 1.411) e o menor, no rural (R$ 1.329,24).

FONTE: REDE BRASIL ATUAL