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Desde a entrada em vigor das regras IMO 2020, as emissões de enxofre dos navios caíram 77%, anunciou a IMO.
As regras da IMO sobre os limites de emissões de enxofre dos navios tornaram-se obrigatórias em 1 de Janeiro de 2020, depois de muita polêmica e discussão sobre a eficácia das medidas, as soluções tecnológicas e os seus custos.
Fato é que desde então, os navios passaram a ser obrigados a utilizar combustíveis com um teor de enxofre máximo de 0,5% ou, em alternativa, a instalar filtros (scrubbers) nos sistemas de escape para reter as emissões de enxofre em excesso.
Agora, a IMO anunciou, sem precisar, que as regras impostas em 2020 resultaram numa redução de 77% das emissões de óxidos de enxofre. Um sucesso, dir-se-á, ainda que a redução do teor de enxofre dos combustíveis tenha sido ainda mais agressiva.
O anúncio do êxito das regras IMO 2020 acontece num momento em que se aproxima a passos largos a entrada em vigor, em 1 de Janeiro de 2023, das regras IMO 2023, com as quais a organização pretende reduzir a pegada carbônica dos navios em 40% (relativamente a 2008) até 2030.
Uma vez mais, as dúvidas sobre a implementação e o impacto das medidas são mais que muitas, e de novo há quem defenda o adiamento da sua entrada em vigor.
Uma das medidas previstas para reduzir as emissões poluentes é cortar a potência dos motores dos navios mais velhos e, logo, baixar a velocidade de navegação. O CEO da Maersk já fez as contas e concluiu que, a ser assim, será mais preciso mais 5-15% de capacidade para transportar os mesmos volumes nos mesmos prazos.
FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS