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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu nesta segunda-feira (09) um importante passo para o desenvolvimento da pesquisa oceânica no país. Em cerimônia no Rio de Janeiro, um contrato de gestão foi celebrado entre o MCTI e o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), que passa a ser uma organização social vinculada à Pasta.

Ao cobrir 70% da superfície terrestre e capturar 25% de todo o dióxido de carbono na atmosfera, o oceano entrou para o centro do debate global. Tem relação direta com grandes desafios nacionais e internacionais que afetam o dia a dia das pessoas, como as mudanças climáticas e a insegurança alimentar.

“Essa assinatura marca uma nova etapa de avanço do conhecimento científico, do desenvolvimento tecnológico e da inovação na mais importante fronteira do nosso planeta: o mar”, afirmou a ministra Luciana Santos. “O INPO atende às demandas por apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento, à otimização do uso de nossos navios de pesquisa e demais infraestruturas. É resultado de uma atuação coesa e participativa da comunidade científica e conta com uma agenda robusta e à frente dos desafios que se projetam em busca de um oceano saudável, seguro e resiliente”, completou.

Ao longo da cerimônia, a ministra lembrou que o oceano é pauta prioritária do MCTI, celebrou o começo de uma parceria “longeva e necessária”, cobrou celeridade para o início dos trabalhos e atenção especial da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o assunto. “O marco de hoje representa o fim de uma longa espera dos cientistas marinhos nacionais. Por isso, precisamos ser rápidos e eficientes no início das atividades do novo Instituto, retomando as parcerias estratégicas nacionais e internacionais”, ressaltou a ministra.

O diretor-geral do INPO, Segen Estefan, explicou que o “modelo de organização social dará agilidade à atuação do instituto e, ao mesmo tempo, guardará vínculo com o órgão supervisor, o MCTI”. Além disso, ele salientou a importância da ciência oceânica para entender seu papel nos efeitos das mudanças climáticas, para preservação de ecossistemas, melhor informação para população e para tomada de decisões de políticas públicas.

“A agilidade na transição energética é fundamental para diminuir as temperaturas do oceano, para o recuo das geleiras e para reduzir o aumento do nível do mar e a indução de eventos extremos”, destacou Estefan.

Para o presidente da Finep, Celso Pansera, a iniciativa “permitirá organizar o ecossistema de pesquisa no maior bioma brasileiro”.

“O INPO já nasce com uma rede de apoio poderosa, com INCTs, universidades, pesquisadores, grupos técnicos e empresas”, disse. “É um momento importante para a ciência buscar novas fontes de riqueza, para financiar um país mais justo, mais equânime, que respeite o meio ambiente e que promova uma economia mais sustentável.”

Já o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, lembrou que o INPO ficará abrigado no Parque Tecnológico da UFRJ e ressaltou que trará resultados concretos. “Cuidar do oceano é, para além da sustentabilidade, também cuidar da saúde da população. Esse instituto trará grandes contribuições para resoluções dos problemas climáticos, energias sustentáveis, plataformas embarcáveis. Este consórcio é de muito orgulho para todos nós”, afirmou.

FONTE: MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO