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Valores somam R$ 570 milhões e são destinados a docagens, reparos, conversões e construção de embarcações de apoio portuário e apoio marítimo, além de uma suplementação para ampliação de estaleiro. Montante repassado para a indústria naval no ano passado soma R$ 214 milhões.
Dados do Ministério da Infraestrutura indicam que foram firmadas 10 contratações de financiamentos com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) em 2021. Os termos foram estabelecidos com três dos principais grupos que atuam na navegação brasileira e tiveram como agente financeiro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal banco repassador de recursos do fundo setorial. Os empréstimos contratados totalizam aproximadamente R$ 570 milhões e são destinados a docagens, reparos, conversões e construção de embarcações de apoio portuário e apoio marítimo, além de uma suplementação para ampliação de estaleiro. Os prazos variam de dois a 15 anos, dependendo da finalidade pleiteada. O ministério, porém, contabiliza que os valores do FMM repassados para a indústria naval no ano passado somam R$ 214,1 milhões.
A Wilson Sons contratou financiamento da ordem de R$ 118 milhões referente à docagem e reparo de 29 rebocadores, com prazo de amortização de 24 meses. A empresa firmou outro contrato junto ao BNDES para cinco projetos para construção de rebocadores, no valor de R$ 227 milhões e prazo de amortização de 180 meses (15 anos). A empresa fechou ainda contrato para obtenção de crédito para o projeto de construção de um rebocador, no valor de R$ 46,7 milhões e prazo de amortização de 15 anos.
A Bram Offshore, do grupo norte-americano Edison Chouest, contratou junto ao BNDES financiamento para a conversão de cinco PSVs (transporte de suprimentos), no valor total de R$ 31,7 milhões e amortização em 42 meses. A empresa firmou outros dois contratos de financiamento com o banco para docagem e reparo: um para três PSVs, no valor de R$ 7,7 milhões, e outro para um WSV (well stimulation vessel), no valor de R$ 2,5 milhões. O prazo de amortização dos contratos para essas quatro embarcações é de dois anos.
A Alfanave, outra subsidiária da Edison Chouest, assinou um contrato para a conversão de dois PSVs, no valor de R$ 8,4 milhões e prazo de três anos e meio, e outro para docagem/reparo de dois PSVs, pelo prazo de dois anos e com crédito no valor de R$ 7,9 milhões.
O levantamento mostra ainda que, no ano passado, o Navship (SC) foi o único estaleiro a firmar contrato de financiamento via FMM. O termo entre o BNDES e a empresa do grupo Edison Chouest corresponde ao crédito de R$ 5,3 milhões, em caráter de suplementação, destinado à obras de ampliação do estaleiro. O contrato prevê prazo de amortização de 42 meses.
Já Starnav fechou contrato com o agente financeiro para o repasse de R$ 114,5 milhões do FMM para a construção de quatro rebocadores portuários, com prazo de amortização de 180 meses.