As associações internacionais BIMCO, ICS, INTERCARGO, INTERTANKO e WSC solicitaram aos Estados-membros da IMO que ajudem a suavizar a implementação do limite de 0,5% de teor de enxofre no combustível marítimo a partir de 2020.
“O sector está totalmente empenhado em implementar com êxito o limite global de enxofre a 1 de Janeiro de 2020 e congratula-se com os benefícios ambientais significativos que isso trará, conforme acordado pelos Estados-membros da IMO e confirmado pelo Comité de Protecção do Meio Marinho da IMO em Abril de 2018”, refere a missiva.
“A indústria reconhece que, no sentido legal, não haverá período de transição após 1 de Janeiro de 2020”, acrescenta a nota que salienta, contudo, que “algo desta magnitude nunca foi antes experimentado” em todo o mundo.
“A indústria fará o máximo para ser totalmente compatível na medida do que está sob o seu controlo”, de acordo com a carta conjunta. As associações salientam, porém, que “a implementação segura e bem-sucedida exigirá o fornecimento, em portos de todo o mundo, de combustíveis compatíveis e cumpridores da lei”.
Alertas para questões práticas
As associações propõem que sejam feitas emendas ao Anexo VI da convenção MARPOL.
O grupo recorda que, em 2015, os navios que circulavam nas zonas SECA mudaram, sobretudo, para óleos combustíveis destilados ISO 8217. Defendem as associações que, em 2020, muitos navios, além de combustíveis destilados para cumprir o limite de 0,5% de enxofre, terão que usar óleos combustíveis misturados e novos produtos que estão fora da norma ISO 8217.
A mesma nota destaca ainda problemas de segurança, incluindo aqueles relacionados ao uso de bunkers que cumprem a lei, mas que são incompatíveis entre si. Um exemplo de como isso pode afectar a indústria é que bunkers incompatíveis podem levar à perda de energia num navio.
A carta conjunta foi enviada a poucos dias de uma importante reunião da IMO, que acontecerá em Londres na segunda semana de Julho.
FONTE:TRANSPORTES&NEGÓCIOS