IMAGEM: TRADEWINDS
A Drewry reviu em alta a previsão de lucros do shipping de contêineres para o ano corrente, de 200 milhões para 300 milhões de dólares.
A confirmar-se a previsão, as companhias de transporte marítimo de contêineres obterão lucros recordes, deixando longe os 214 milhões de dólares de ganhos de 2021, que representaram um máximo absoluto e (quase) irrepetível.
A Drewry sustenta a sua previsão na manutenção dos constrangimentos das cadeias de abastecimento (a situação só deverá normalizar algures em 2023, alvitra) e na capacidade das companhias de navegação cobrarem tarifas cada vez mais altas por causa desses constrangimentos.
Na verdade, o outlook da consultora aponta para uma redução dos volumes movimentados nos portos mundiais, acompanhada de um aumento dos fretes e dos lucros das operadoras.
A estimativa do crescimento da procura de transporte marítimo de contêineres foi revista em baixa, de 4,6% para 4,1%, este ano, e de 3,5% para 2,8%, em 2023. Já os fretes deverão subir, em média, 39%, depois de terem praticamente duplicado ao longo de 2021.
A Drewry reconhece os riscos que se perfilam no horizonte, que deverão afetar a procura, mas também sustenta que a evolução dos preços – e, logo, dos lucros – está cada vez mais dependente dos “gargalos” nas cadeias logísticas globais e menos do balanço entre a oferta e a procura.
A Maersk, a maior companhia de transporte marítimo de contêineres do mundo com resultados públicos, prevê ganhar este ano 30 milhões de dólares. No primeiro trimestre alcançou um EBITDA de 9,2 milhões de dólares, com os fretes a avançaram 71% em termos homólogos enquanto os volumes transportados caíram 7%.
FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS