IMAGEM: Valdecir Galor/SMCS

 

O desemprego aumentou em 16 das 27 unidades federativas, mantendo-se estável nas outras 11, detalhou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio da PNAD.

O que aponta a PNAD?

O desemprego é maior no Nordeste (12,2%), mas cresceu em todas as regiões. Bahia (14,4%) e Pernambuco (14,1%) são os estados com as maiores taxas de desocupação do país.

Mulheres e negros são os mais afetados: o desemprego para elas ficou em 10,8%, ante 7,2% dos homens; os brancos (6,8%) foram impactados abaixo da média nacional, enquanto pretos (11,3%) e pardos (10,1%) tiveram índice acima.

Informalidade atinge 39% dos trabalhadores. Os maiores percentuais foram registrados no Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%), enquanto as menores estão em Santa Catarina (26,1%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,6%).

O rendimento médio ficou em R$ 2.880 em todo o país. Em relação ao 4º trimestre de 2022, o Nordeste foi a única região com alta, mas ainda é a última na comparação nacional: a renda da região atingiu a média de R$ 1.979. 

A taxa de desemprego do 1º trimestre de 2023 ficou em 8,8%. O índice da pesquisa PNAD apresenta um crescimento de 0,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022) e uma queda de 2,4 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.

Metodologia

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.

Diferença entre Pnad e Caged

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) são do governo federal. Os números se referem apenas a contratos regidos pela CLT, e são as próprias empresas que preenchem as informações em um sistema próprio. Já a Pnad do IBGE é mais ampla, e compreende o mercado de trabalho informal. O levantamento é feito com entrevistadores, que perguntam sobre a situação de trabalho de uma amostra da população.

FONTE: UOL ECONOMIA