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O número de estaleiros ativos em todo o mundo diminuiu 62% desde o início de 2009, de acordo com a Clarksons. A consultora prevê que a tendência se mantenha, a par com a concentração no setor.

No início de Julho haviam, indicam os dados da consultora, 358 estaleiros ativos (isto é, com pelo menos uma unidade em construção). No início de 2009 eram 934.

Por segmentos de mercado, a maior queda foi observada nos graneleiros, com uma descida de 67%, havendo agora 97 estaleiros em funcionamento contra 293 em 2009. Na China, o número de estaleiros locais com um graneleiro em produção diminuiu 73%, para 50.

Neste segmento, os estaleiros do “top” dez (classificados por tonelagem em construção) representam 54% do total do livro de encomendas em toneladas de porte bruto (dwt), indica a Clarksons.

No setor dos navios-tanque (acima das 10 000 toneladas dwt), o número de estaleiros ativos caiu 55% desde 2009 para 89, com a China, Coreia do Sul e Japão a contarem entre 10 e 20 menos estaleiros navais activos neste sector.

O número de estaleiros que constroem petroleiros permaneceu estável, com o declínio a verificar-se nas instalações de construção de navios-tanque de produtos petrolíferos e químicos.

Também nos navios petroleiros os estaleiros do “top” dez são responsáveis ​​por 56% do total do livro de encomendas em termos dwt.

Na construção de porta-conteineres, o número de estaleiros ativos diminuiu 40%, para 56, entre 2009 e o início deste mês. O maior declínio ocorreu na Europa, que contava apenas um estaleiro ativo no início de Julho, menos 96% que os 25 de há oito anos, de acordo com a Clarksons. Em 1998, os estaleiros alemães concentravam, sozinhos, 17% das encomendas mundiais em termos de TEU.

O número de estaleiros asiáticos ativos também caiu, de 64 para 46.

A concentração é aqui ainda mais forte, com os estaleiros no “top” dez a deterem 61% das encomendas, medidas em TEU.

A Clarksons prevê que a tendência de queda no número de estaleiros em operação se mantenha nos próximos anos. Até porque, sublinha, “30% dos estaleiros ativos atualmente estão preparados para concluir a construção dos navios da sua carteira de encomendas até o final deste ano”.