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cabotagem, que é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país, é uma alternativa competitiva para o setor industrial que precisa escoar sua produção e reduzir o custo logístico. Por isso, empresas operadoras desses serviços participaram nesta quarta-feira (21) de reunião promovida pela Câmara de Assuntos de Transporte e Logística realizada na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis, com empresas interessadas em ampliar o uso do transporte marítimo para escoar a produção.

O presidente da federação, Mario Cezar de Aguiar, defendeu ações e demandas para aumentar a participação desse modal no Estado. O modal, adiantou o empresário, "estará na nossa agenda de prioridades de transporte e logística, que vamos lançar no dia 12 de dezembro”. Na oportunidade, Aguiar salientou a eficiência dos cinco portos catarinenses e a boa capacidade de carga. “Em 2017 tivemos uma corrente de comércio de U$S 21,1 bilhões e movimentou 42,6 milhões de toneladas de cargas. O caminhão é insubstituível, mas é complementar à cabotagem que se torna competitiva para transportes superiores a 1,2 mil quilômetros. Um navio pode retirar de 2.500 a 4.000 caminhões das rodovias”, frisou.

Leonardo Silva, da Aliança Navegação e Logística, no evento, destacou que a saída para dar vazão à produção industrial é o mar. “Até setembro registramos 16% de aumento na cabotagem no Estado. Hoje temos 37 mil TEUs de capacidade de cabotagem e 11 navios operando. A Aliança está investindo no modal que tem muito a crescer ainda. Investimos em frota R$ 1,05 bi de 2013 a 2018. Temos operação em todos os portos brasileiros”, informou.

“A cabotagem tem que fazer parte da estrutura logística do País, é importante para a indústria e para o Brasil porque reduz o custo logístico e é uma alternativa competitiva para o setor”, enfatizou Rodrigo Passos, da Mercosul Line. A empresa integra o grupo CMA CGM, que opera 489 navios no mundo e está presente em 160 países.

Dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) mostram que o estado cresceu 5,7 pontos percentuais no transporte via cabotagem em 2017 (11,5%), se comparado com a participação em 2010 (5,8%).

FONTE: Portogente