Da esquerda para a direita, Attila Coury (Juiz do TM), Ana Canellas (Assessora especial da FNTTAA e da Conttmaf), Mario Calixto (Coordenador da FHM), Carlos Müller (Presidente do Sindmar), Lima Filho (Vice-almirante e presidente do Tribunal Marítimo), Fernando Ladeiras (Juiz do TM), Lorena Fraga (Assessora do TM), José Válido (Segundo-presidente do Sindmar) e Luís Penteado (Vice-presidente da FNTTAA)

 

O presidente do Tribunal Marítimo brasileiro, vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho, e os juízes Attila Coury e Fernando Ladeiras estiveram nesta segunda-feira, 11, na Fundação Homem do Mar (FHM), para uma visita técnica, em que puderam observar os diversos simuladores e o treinamento de controladores de tráfego marítimo em um dos passadiços full-mission do Centro de Simulação Aquaviária (CSA).

Na ocasião, Lima Filho destacou a importância da capacitação contínua para os marítimos brasileiros depois que eles saem dos centros de instrução da Marinha.

“A Marinha do Brasil tem entre as suas atribuições a formação dos aquaviários e dos fluviários em diversas categorias. Não só por intermédio do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha ou através do Centro de Instrução Braz de Aguiar, das próprias capitanias, delegacias e agências, e depois dessa formação, alguns cursos complementares são conduzidos por organizações credenciadas pela Marinha do Brasil. Entre elas, a Fundação Homem do Mar. Então, eu acho muito importante que isso aconteça, que haja essa complementariedade de forma que sejam unidos esforços para que cada vez mais tenhamos marítimos melhor qualificados“, afirmou.

O Almirante elogiou, ainda, a forma como a FHM se dedica a contribuir para o desenvolvimento profissional de seus alunos. “Gostaria de dizer que, para mim, foi uma satisfação muito grande voltar aqui no Sindmar, onde se cuida não apenas da relação de trabalho dos nossos marítimos, mas também, eu vi, na Fundação Homem do Mar, a preocupação com a qualificação e com o aprimoramento deles. Fiquei bastante impressionado com o elevado nível das instalações”, afirmou.

Antes da visita técnica ao CSA, o vice-almirante esteve na sede do Sindmar, quando pôde ouvir da representação sindical as preocupações dos marítimos com relação a questões como as altas taxas de desemprego de aquaviários brasileiros e dificuldades para renovar as certificações após a pandemia.

“Durante a pandemia, a Autoridade Marítima prorrogou a validade dos certificados necessários para exercício da profissão e após dois anos nessa situação, há uma demanda reprimida que necessita ser equacionada. Sem certificados renovados os marítimos não têm como se empregar. Os armadores não têm oferecido vagas de estágio supervisionado como poderiam e nesse momento são parte do problema. O Sindmar vem propondo à DPC medidas para modernizar o processo de recertificação e estamos dispostos a apoiar iniciativas e recursos para que haja efetiva profissionalização e modernização dos serviços de atendimento ao público aquaviário na rede da Autoridade Marítima Brasileira”, disse o presidente do Sindmar e da Conttmaf, Carlos Müller.

Conhecedor dos meandros do setor aquaviário após ter atuado, ao longo de sua carreira, no comando de Capitanias dos Portos, na Diretoria de Portos e Costas e na presidência do Tribunal Marítimo, Lima Filho reforçou a sua admiração por nossa atividade, além de relembrar a boa relação com o Sindmar ao longo dos anos.

“Eu sempre fui um grande defensor da marinha mercante, do marítimo brasileiro e fiquei muito satisfeito em ser, mais uma vez, tão bem recebido aqui no Sindmar, como era desde os tempos do falecido Severino Almeida, e, agora, o comandante Müller, em continuidade à singradura, tratando a todos que recebe com cortesia e profissionalismo para discutir o setor aquaviário. É um prazer muito grande estar aqui”, afirmou.

Além de Carlos Müller, Lima Filho e os juízes do Tribunal Marítimo, participaram do encontro representantes da Conttmaf, da FNTTAA, do Sindmar e da FHM.