IMAGEM: ALERJ/DIVULGAÇÃO

Entidades sindicais representantes de trabalhadores dos setores marítimo, portuário e metalúrgico se reuniram na quarta-feira (10/12), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para defender a retomada da indústria naval no estado.

O encontro ocorreu durante audiência pública promovida pela Frente Parlamentar de Acompanhamento da Instalação do Polo Gaslub de Itaboraí, que é coordenada pela deputada Verônica Lima (PT).

Na ocasião, o presidente da Conttmaf, Carlos Müller, destacou a necessidade de se desenvolver políticas públicas para o setor. Para ele, não há construção naval no mundo sem que haja incentivo pesado do estado.

“(…) O Rio de Janeiro tem uma lei muito inovadora de economia do mar, mas o desafio é tirar essa declaração, esse compromisso, do papel, e transformar isso em atividade econômica”, disse Müller ao se referir à Lei nº 9466/2021.

De acordo com o Fórum Pela Retomada da Indústria Naval e Offshore – grupo formado por entidades sindicais laborais e patronais de metalúrgicos, de marítimos, de petroleiros e da construção naval, além de associações de classe e de parlamentares –, a atividade contribui, significativamente, para a geração de postos de trabalho no País.

“O setor chegou a contar com 80 mil empregos, hoje reduzidos a cerca de 15 mil. Grande parte dos estaleiros se encontra em recuperação judicial. Os que se mantêm funcionando e não foram convertidos em terminais portuários registram imensa capacidade ociosa”, diz o Fórum em manifesto encaminhado ao presidente Lula no ano passado.

Já o presidente da CTB-RJ, Paulo Farias, criticou a falta de compromisso do governo estadual em relação ao desenvolvimento de ações voltadas para o setor e ressaltou a importância de se ter, novamente, um projeto sustentável para a indústria naval.

O presidente do Sindimetal-Rio, Melquizedeque Cordeiro, chamou atenção para o fato de o Rio de Janeiro já ter sido considerado um polo industrial na área da construção naval, manifestando o desejo de todos aqueles que participavam da audiência pública: o estado precisa assumir a liderança novamente.