FNTTAA FAZ 84 ANOS!

Por meio de teleconferência, representantes da CONTTMAF e da FNTTAA cobraram da Transpetro efetividade em seu plano de contingência para o enfrentamento ao novo coronavírus. Até aqui, as medidas garantiram a ausência de contágio a bordo, mas, com a nova dinâmica de propagação da pandemia, ações rígidas de controle são imprescindíveis para garantir a saúde dos trabalhadores marítimos.

A organização sindical marítima brasileira considera que os homens e as mulheres do mar desempenham papel essencial para abastecer a sociedade de combustíveis, alimentos, insumos médicos e outros produtos necessários para promover maior efetividade no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A única medida preventiva eficaz para evitar a doença, até o momento, é o isolamento social, não havendo ainda vacinas nem medicamentos aprovados para tratamento.

Os episódios graves da doença, muitas vezes, necessitam de atendimento em UTI com utilização de respiradores, situação que pode exaurir a capacidade dos serviços médicos do país caso ocorra um aumento desenfreado de casos graves.

Nesse cenário excepcional, as entidades sindicais entendem que a postergação das trocas de tripulantes, adotada pela maioria das empresas do setor marítimo, pode contribuir decisivamente para evitar o contágio dos marítimos que estão a bordo, sem contudo esquecer que, passada essa situação atípica de calamidade pública, as necessárias compensações com folgas, por igual tempo em terra, necessitam ser garantidas pela empresa.

A representação sindical ressaltou, ainda, a importância de haver um maior controle das pessoas que entram nas embarcações. As entidades registraram que o acesso a bordo necessita ser restrito a casos de extrema necessidade, como forma de impedir o contágio dos marítimos que se encontram embarcados e livres da doença, cabendo ao comando da embarcação decidir pela autorização, se houver todo o aparato necessário de prevenção de possíveis contágios nessa interface.

A CONTTMAF e a FNTTAA solicitaram à Transpetro especial atenção em três casos que foram relatados às entidades, nos quais pode estar havendo exposição desnecessária dos marítimos a riscos que poderiam ser melhor gerenciados pela empresa. São eles:

– Navio Henrique Dias, no exterior, em preparação para docagem, com as atividades inerentes a essa condição.

– Navio Nara, fundeado no Rio de Janeiro após docagem, realizando manutenção com diversas firmas contratadas para retornar ao tráfego.

– GIAONT, incluindo assessores náuticos, inspetores náuticos e capitães de manobra nos diversos terminais da Transpetro.