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A Petrobras diz que cinco empresas já assinaram termos de confidencialidade para avaliar a compra de participações em suas refinarias. Nesta segunda-feira (18) a estatal anunciou ampliação do prazo para assinatura dos termos, alegando dar tempo para novas empresas participarem.

A estatal está vendendo 60% de duas empresas de refino, cada uma com duas refinarias, terminais e dutos de movimentação de petróleo e combustíveis. Criticado por sindicalistas ligados à estatal o processo repassará à iniciativa privada 25% da capacidade nacional de refino.

A companhia não divulgou os nomes dos interessados. Em nota divulgada nesta segunda, diz que estenderá o prazo de assinatura dos termos de confidencialidade até o próximo dia 2. Com isso, diz a Petrobras, "outras empresas que já manifestaram interesse também poderão participar do processo, ampliando a competitividade".

As empresas à venda concentram os ativos de refino e logística das regiões Sul e Nordeste. Na primeira, foram incluídas as refinarias Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas, no Pará. Na segunda, estão as refinarias Landulpho Alves, na Bahia, e Abreu e Lima, em Pernambuco.

Analistas do mercado avaliam, porém, que as subvenções e intervenções no preço dos combustíveis após o início da paralisação dos caminhoneiros são um obstáculo à venda dos ativos, ao indicar novamente risco de ingerência federal no mercado de combustíveis.

Em acordo com caminhoneiros, o governo federal concedeu subvenções de R$ 0,46 por litro no preço do diesel no país, que passará a ser reajustado mensalmente após 60 dias de congelamento. Há duas semanas, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) anunciou uma consulta pública para estudar periodicidade mínima de reajustes nos preços dos demais combustíveis.

Fonte: Folha