O Brasil será a região mais ativa do mundo para novos projetos subsea em 2021 e 2022, segundo avaliação da TechnipFMC. A companhia cita oito oportunidades no país nos próximos 24 meses: Gato do Mato, Búzios 6, 7 e 8, Pão de Açúcar (BM-C-33), Lapa e Mero 3 e 4.
Em conferência com investidores na quinta-feira (25/2), o presidente e CEO da TechnipFMC, Doug Pferdehirt, ressaltou a posição da companhia na América do Sul, principalmente no Brasil e na Guiana – que figura a lista de oportunidades, com o desenvolvimento da descoberta de Yellowtail pela ExxonMobil.
No Brasil, os projetos subsea dos campos de Lapa e Mero – operados pela Total e Petrobras, respectivamente – estão estimados na faixa de US$ 250 a US$ 500 milhões. Os demais projetos da Petrobras (Búzios 6,7 e 8), Shell (Gato do Mato) e Equinor (Pão de Açúcar) são previstos entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão cada.
“Nós temos uma capacidade fenomenal no Brasil. Nós instalamos mais equipamentos subsea manufaturados para a Petrobras que a competição. Nós temos um incrível time de serviços que dá suporte a isso. E temos fabricação de equipamentos subsea, bem como de linhas de fluxo rígidas e flexíveis, que são as melhores do país”, declarou o executivo.
Além da Petrobras, destacou Pferdehirt, a companhia fornece equipamentos e serviços para IOCs no país e petroleiras independentes. “Fizemos praticamente todos os projetos subsea de IOCs até o momento. Portanto, temos um histórico realmente abrangente e experiências com todas elas no Brasil.”
Em 2021, a companhia prevê que a entrada de pedidos excederá os US$ 4 bilhões alcançados em 2020 no setor de subsea, com expectativa de crescimento continuado em 2022. “Em subsea, nossa perspectiva reflete a confiança renovada do operador, dada a melhora no panorama econômico, menor volatilidade do mercado e maior preço do petróleo”, declarou o executivo.
Resultado financeiro
No quarto trimestre de 2020, o setor de subsea representou 39% da receita total da TechnipFMC, de aproximadamente US$ 3,4 bilhões. Houve redução de 10% na receita do segmento em relação ao mesmo período do ano passado, devido à menor atividade na Noruega e Brasil, disse a companhia em nota.
A TechnipFMC registrou prejuízo líquido de US$ 39,3 milhões no período. Os resultados consolidados do ano de 2020 apontam para perdas de US$ 3,3 bilhões, ante US$ 2,4 bilhões no ano anterior.
Fonte: Revista Brasil Energia