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Desemprego entre não negros subiu para 15,2%. Taxa entre mulheres negras é ainda maior: 20,9%. Negros receberam, em média, 67,8% do rendimento de não negros no ano passado.

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que entre 2015 e 2016, a taxa de desemprego total dos negros na Grande São Paulo aumentou 4,2%, de 14,9% para 19,4%, enquanto a dos não negros avançou de 12% para 15,2%.
Segundo o Dieese, desde 2015, "elevaram-se preponderantemente as taxas de desemprego na região metropolitana de São Paulo em relação à população negra".
Os dados constam do relatório "Os negros no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo: diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2016", divulgado pelo Dieese nesta terça-feira (14) em virtude do Dia da Consciência Negra (20 de novembro).

 

Mulheres negras
A taxa de desemprego de mulheres negras também subiu no período, aponta o documento, passando de 16,3% em 2015 para 20,9% em 2016, e continua sendo superior à de homens negros (que passou de 13,7% para 18% no período).
Também caiu, em 4%, o número de negros ocupados na região metropolitana. Segundo o Dieese, “o fechamento de postos de trabalho afetou mais a população negra”. Em 2016, segundo o departamento estadual, 38,3% dos ocupados eram negros – em 2015 o número era de 40%.
Entre 2015 e 2016, o rendimento médio real por hora da população negra ocupada caiu de R$ 9,59 para R$ 9,10, representando uma redução de 5,1%, enquanto o dos não negros passou de R$ 14,17 para R$ 13,41 (-5,3%).
Rendimento
O Dieese explica que os negros receberam, em média, 67,8% do rendimento dos não negros na região metropolitana. Isso porque os negros atuam mais em setores com rendimentos mais baixos (como construção civil e trabalho autônomo e doméstico).

Em 2016, o setor de serviços chegou a ocupar 58% dos negros da região. Permanece sendo importante o setor da construção para os negros (8,6% deles atuam neste setor).

Fonte: G1