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Entidade dos comerciários de SP recebe em sua sede empresas que oferecem 1.800 vagas com carteira

O Secsp (Sindicato dos Comerciários de São Paulo) fechou parceria com mais de 12 empresas de setores diversos para oferecer, em um mutirão dentro do sindicato, 1.800 vagas de trabalho com carteira assinada.

O mutirão acontece na próxima segunda-feira (16), na sede do sindicato (Rua Formosa, 99) em São Paulo, das 9h às 17h. A expectativa da entidade é receber entre 4.000 e 5.000 pessoas.

A ação é uma tentativa de atrair mais associados para a entidade, após a reforma trabalhista em vigor desde novembro do ano passado tornar a contribuição sindical voluntária e afetar drasticamente o caixa das organizações.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que arrecadação total dos sindicatos de trabalhadores passou de R$ 1,3 bilhão em maio de 2017 para R$ 118,4 mil no respectivo período deste ano.

"Estamos fazendo com os comerciários de São Paulo a primeira atividade nesse sentido, como parte de uma campanha que estamos lançando para sindicalizar o máximo de trabalhadores", afirma Ricardo Patah, presidente do sindicato e da UGT (União Geral dos Trabalhadores), central à qual o Sescp é filiado.

"Queremos defender o patrimônio maior que é o emprego em um momento em que há tantos desempregados e desalentados", acrescenta Patah.

Segundo ele, não será obrigatória a sindicalização para o candidato escolhido assumir a vaga. "Não vamos obrigar ninguém, mas vamos aproveitar para mostrar a estrutura do sindicato para eles, as atividades que desenvolvemos e tentar convencer aqueles que conseguirem as vagas a se associarem", diz.

De acordo com o Sescp, há vagas como de operadores de caixa e vendedores em grandes redes de farmácias, materiais de construção e supermercados, entre outros.

Os departamentos de recursos humanos das companhias estarão no sindicato para realizar entrevistas e efetivar contratações. O candidato deve apresentar currículo, RG, CPF e comprovante de residência.

Haverá também um posto do CAT (Centro de Apoio ao Trabalhador) no local para a emissão de carteira de trabalho para quem ainda não tiver o documento —é necessário apresentar RG ou outro documento oficial, orienta o sindicato.

A ideia, diz Patah, é levar o modelo futuramente para todo o Brasil, nos cerca de 1.330 sindicatos da central.

O Secsp, uma das maiores entidades de representação de trabalhadores do país, já havia anunciado a venda em junho de um prédio comercial de oito andares na região central de São Paulo para reforçar seu caixa. 

A entidade, em troca, recebeu R$ 10,3 milhões no negócio. O prédio fica na Rua Santa Ifigênia, polo de comércio eletrônico na capital paulista. Por mês, os aluguéis das salas rendiam R$ 42 mil.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO