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O mercado formal de trabalho registrou saldo de 115.898 postos de trabalho formais em abril (alta de 0,30% no estoque), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho. Se por um lado foi o melhor resultado mensal desde setembro de 2014, por outro mostra que, na média, as empresas continuam pagando menos para os contratados em relação aos demitidos. No mês passado, o salário médio dos dispensados foi de R$ 1.688,34, e o ganho dos contratados, R$ 1.532,73 – diferença, para menos, de 9,2%.

O setor de serviços concentrou mais da metade do resultado do mês, com 64.237 empregos com carteira assinada a mais, um crescimento de 0,38%. A indústria de transformação subiu 0,33%, com saldo de 24.108, destacados os setores químico/farmacêutico e de alimentação/bebidas.

A construção civil teve a maior alta percentual (0,71%), criando 14.394 postos de trabalho formais. A agricultura abriu 1.591 vagas (0,10%) e o comércio, 9.287 (também 0,10%).

O estoque de emprego em abril chegou a 38,205 milhões. Em igual mês de 2016, na véspera de Temer assumir, era de 38,854 milhões, 649 mil a mais.

Em 12 meses, o saldo é de 233.367 (0,59%), resultado de 14,774 milhões de contratações e 14,551 milhões de demissões. Novamente, grande parte do saldo vem dos serviços: 171.224 (1,02%). Em seguida, vem o comércio, com 77.065 empregos a mais (0,87%). A construção fecha 64.119 (-3,06%).

O governo registrou ainda 12.256 "acordos" entre patrão e empregado para demissão. E o trabalho intermitente teve 4.523 contratações – 1.899 nos serviços, 1.018 na construção civil e 660 na indústria –, com 922 dispensas, resultando em saldo de 3.601 no mês. São modalidades criadas pela Lei 13.467, de "reforma" da legislação trabalhista.

 

Fonte: Rede Brasil Atual