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Apesar de admitir que o segundo turno da campanha presidencial exige do PT mais flexibilidade para atrair apoios de outros partidos, a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, sinalizou nesta terça-feira que negociações em torno da reforma da Previdência são mais complexas. "É um tema que temos mais posição fechada", disse. Ela descartou a possibilidade de o PT acenar com uma reforma no regime geral de Previdência. "Reforma da Previdência só se for para quem tem privilégios. Mas não no Regime Geral de Previdência. Temos que ter cuidado com isso", afirmou Gleisi.

A Executiva Nacional do PT está reunida num hotel de São Paulo deste a manhã desta terça para discutir os rumos da campanha. Haddad participa das reuniões. Na parte da manhã, foram discutidas e distribuídas tarefas a parlamentares e dirigentes partidários. Agora, à tarde, o candidato e a direção do PT recebem governadores do PT reeleitos e também os que já declararam apoio a Haddad, como o de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Haddad já afirmou mais de uma vez que não há "temas tabu" numa campanha presidencial. Na segunda-feira, ele retomou este discurso ao recuar de outro ponto do programa do PT, a proposta de realização de uma Constituinte. Haddad tem defendido reforma nos regimes próprios de previdência para aliviar a situação dos estados. "A partir do momento em você agrega novos atores na coligação, no processo da disputa, você tem que ter certa flexibilidade", argumentou a presidente nacional do PT, ao explicar as razões que levaram o partido a abandonar a tese da Constituinte. Ciro Gomes, que foi o candidato do PDT, por exemplo, rejeitava a ideia.

FONTE:VALOR