Barcos de carga detidos em porto do Mar Negro em Odesa

IMAGEM: REUTERS/Valentyn Ogirenko

 

A Itália se ofereceu na quarta-feira (1º) para remover as minas de portos na Ucrânia, condição estabelecida pelo regime de Vladimir Putin para liberar o acesso de navios comerciais ao litoral do país.

Em sabatina na Câmara dos Deputados, o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, falou sobre o bloqueio naval imposto pela Rússia aos portos ucranianos, medida que impede a exportação de grãos para países estrangeiros por via marítima.

"A Itália já deu disponibilidade para participar de eventuais operações de desminagem e pretende favorecer o papel central da ONU e de outros parceiros, como a Turquia, no efetivo envolvimento e coordenação das operações", disse.

As potências ocidentais e Kiev cobram o fim do bloqueio naval imposto pela Rússia para permitir o escoamento das mais de 20 milhões de toneladas de grãos estocadas em silos ucranianos, mas o Kremlin exige a desminagem dos portos, especialmente o de Odessa, o principal do país. 

"Estamos pressionando para que sejam criados corredores marítimos para o transporte de matérias-primas alimentares, sobretudo o trigo, dos portos ucranianos", ressaltou Di Maio.

De acordo com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, a Turquia também já se comprometeu a participar das operações de desminagem.

A ONU já alertou que essa situação arrisca provocar uma crise alimentar mundial, com a disparada dos preços de grãos no mercado internacional, e o papa Francisco pediu nesta quarta-feira que o trigo não seja usado como "arma de guerra". 

FONTE: TERRA