IMAGEM: Barril de petróleo e mapa mundi/ Shutterstock
Ameaça de conflito desatou temores quanto ao abastecimento de produtos básicos
O preço do petróleo superou nesta quinta-feira (24) os US$ 100 pela primeira vez em mais de sete anos, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação militar para "proteger a população do Donbass", a região do leste do vizinho, na qual ele reconheceu áreas rebeldes pró-Rússia na segunda (21).
O barril do Brent alcançou os US$ 103.78 após o anúncio, que intensificou os temores de um conflito em larga escala no Leste Europeu. O petróleo WTI era cotado a US$ 97.58 o barril.
Embora ainda não existam sanções sobre o comércio de energia, as nações ocidentais e o Japão puniram na terça-feira a Rússia com novas sanções por ordenar tropas às regiões separatistas do leste da Ucrânia e ameaçaram ir mais longe se Moscou lançasse uma invasão de seu vizinho. A União Europeia já anunciou que aplicara um novo bloco de sanções à Rússia.
A ameaça de uma conflagração desatou os temores sobre o abastecimento de produtos básicos chave, como trigo e metais, em meio a uma demanda crescente com a reabertura das economias após os fechamentos provocados pela pandemia.
"As tensões russo-ucranianas provocam um possível choque de demanda [na Europa] e um choque maior no abastecimento para o restante do mundo, em vista da importância da Rússia e da Ucrânia para (o setor de) a energia", declarou Tamas Strickland, do National Australia Bank.
FONTE: FOLHA DE S.PAULO