IMAGEM: Stolt Tankers B.V.
Os marítimos devem estar no centro da transição climática do transporte marítimo, afirma a ITF
A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) instou os governos a usarem o próximo ano para reconstruir a confiança e chegar a um acordo sobre um caminho justo e prático para a descarbonização do transporte marítimo — um caminho que coloque os marítimos em seu centro.
O apelo segue a decisão da Organização Marítima Internacional (IMO), em 17 de outubro, de adiar a votação do seu Quadro de Emissões Líquidas Zero por um ano. Esperava-se que o quadro delineasse medidas para a implementação da estratégia de gases de efeito estufa (GEE) da IMO para 2023, incluindo cronogramas e obrigações para os agentes do setor.
O Coordenador da Seção de Marítimos da ITF, Fabrizio Barcellona, afirmou que a decisão reflete a complexidade e a importância da tarefa que temos pela frente — mas alertou que o setor não pode se dar ao luxo de ficar parado.
“Embora esse atraso reflita a complexidade e a importância das decisões que temos pela frente, o processo de descarbonização do transporte marítimo não pode esperar — e não pode ter sucesso sem os marítimos”, disse Barcellona.
“Os marítimos e a indústria já estão avançando, operando embarcações novas e mais limpas e desenvolvendo as habilidades que impulsionarão a transição marítima. Este trabalho não pode e não irá parar.”
Barcellona afirmou que a ITF espera que o próximo ano seja usado para fortalecer a confiança e reconstruir o consenso na IMO, garantindo que as decisões futuras apoiem tanto a transição da indústria quanto os marítimos profissionais que a realizarão.
“Instamos os Estados-Membros da IMO a continuarem trabalhando em colaboração com os parceiros da indústria para tomar as medidas necessárias para um futuro marítimo seguro, justo e equitativo”, disse ele.
A ITF representa mais de 700 sindicatos de transporte em todo o mundo, incluindo centenas de milhares de marítimos. A Federação continua a defender uma transição justa no transporte marítimo – que priorize a segurança, as habilidades e o trabalho decente à medida que a indústria migra para novos combustíveis e tecnologias.
FONTE: ITF
