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As associações marítimas do mundo destacaram a desigualdade que os marítimos enfrentam como reféns.
“O mundo ficaria indignado se quatro aviões fossem apreendidos e mantidos como reféns com almas inocentes a bordo. Lamentavelmente, não parece haver a mesma resposta ou preocupação relativamente aos quatro navios comerciais e às suas tripulações mantidos como reféns”, afirma uma carta aberta enviada por 16 organizações de navegação na semana passada ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Onze dias atrás, a Marinha do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC) sequestrou um navio porta-contêinres pertencente a uma afiliada do bilionário israelita Eyal Ofer, Zodiac Maritime, e operado pela Mediterranean Shipping Co (MSC), perto do Estreito de Ormuz. Desde então, o MSC Aries, de 15.000 teus, foi levado para águas iranianas, onde está ancorado perto de outros três navios que o Irã apreendeu nos últimos meses.
Enquanto isso, um porta-aviões operado pela NYK, o Galaxy Leader (foto), permanece em águas iemenitas, tendo sido sequestrado há seis meses pelos Houthis, enquanto ao largo do Corno de África os piratas somalis retomaram as suas táticas de resgate, raptando dois navios recentemente. meses.
“Marítimos inocentes foram mortos, marinheiros estão sendo mantidos como reféns. Isto seria inaceitável em terra e é inaceitável no mar”, alertava a carta ao chefe da ONU, exigindo que o órgão da ONU criasse uma presença militar coordenada, missões e patrulhas reforçadas na região e que todos os esforços possíveis fossem levados a cabo.
FONTE: SPLASH247.COM