Com área total de 23.000 m², entre o espaço total das instalações e pátio de caminhões, o Terminal Pesqueiro Público de Niterói finalmente será erguido na Avenida do Contorno, no Barreto, próximo à Ponte Rio-Niterói e conta com recursos provenientes do Governo Federal e da Prefeitura de Niterói.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Petróleo e Gás de Niterói, Luiz Paulino Moreira Leite, o Porto Pesqueiro, como ele chama, será um espetáculo e a obra vai trazer uma revitalização até do mar, que só tem lodo.

“Vamos trazer de volta uma circulação hídrica e vamos melhorar a qualidade da vida marinha e das praias, que vão se beneficiar. Por outro lado, vamos trazer a empregabilidade, impostos e riquezas que estão indo para outro lugar”, destacou o secretário.

No local, constantemente embarcações e seus pescadores que navegam em busca de sustento e contemplação, não conseguiam nada e agora, garante o secretário será diferente.


“Nós vamos fazer ele tão bacana que ele realmente vai ter um movimento de porto, porque atenderá a cerca de 104 grandes barcos. Vamos trazer a movimentação de cerca de R$ 500 milhões por ano, isso por baixo, para Niterói”, realçou Luiz Paulino.

Para Luiz Paulino, hoje os resultados da pesca não aparecem na cidade.

“O pescador descarrega em Jurujuba e leva lá para o Ceasa no Rio. Na Ponta D’Areia é a mesma coisa. A produção não fica em Niterói, que perde até o atum que vai para São Paulo. Então, todos me conhecem e sabem da minha obstinação para botar o terminal para funcionar, vamos buscar uma Parceria Público Privada (PPP), pois já temos tudo pronto, pegar o terreno ao lado que era usado como fábrica pela Emusa e fazer o maior terminal do Brasil”, prometeu o secretário.

Segundo ele, o local terá posto de abastecimento, fábrica de gelo, câmara frigorífica, banco, lojas de artigos de pesca, restaurantes e mercados atacadistas. “Tudo perto para facilitar a vida do pescador e do turista que ganhará um novo point”, afirmou.

 

DRAGAGEM
Conforme A Tribuna adiantou, depois que o Inea autorizou o estudo de impacto ambiental, agora só falta a data de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores para a liberação das obras. Paulino disse que Niterói tem um polo naval importantíssimo.

“Tudo que se precisa para construir ou reformar um navio se tem aqui. Temos empresa do porte da Rolls Royce, da General Eletric (GE), então essas empresas estão precisando deste apoio, pois sem a dragagem o navio não encosta e o importante é fazer o serviço atracado”, afirmou.

Segundo ele, não tendo o calado (profundidade adequada) não tem a obra, seja de manutenção, de reparo ou construção e tiramos.

“Vamos baixar esse leito, com uma limpeza na área, isto é uma manutenção nos canais do acesso, na beirada do cais é do dono. A princípio vamos sair dos atuais seis metros de profundidade para 11 metros de profundidade”

FONTE: A TRIBUNA RJ