IMAGEM: TRANSPORTES&NEGÓCIOS
O número de navios equipados com scrubbers praticamente duplicou desde o início de 2020, e a tendência será para manter, regista a BIMCO.
Entre 1 de Janeiro de 2020 e 1 de Março de 2021, os navios com scrubbers passaram de 2 011 para 3 935, refere a organização.
Actualmente, 15,9% dos navios porta-contentores, 11,4% dos graneleiros, 24,5% dos petroleiros e 4.2% dos navios-tanque estão equipados com scrubbers.
Em regra, os armadores optaram por equipar os navios de maiores dimensões, maiores consumidores de combustível. E daí que a percentagem da frota de porta-contentores equipada com sucrbbers, medida em TEU, seja de 28,7%, por exemplo. Nos demais segmentos, considerando a DWT, as percentagens chega, aos 22,5% nos graneleiros, 29,9% nos petroleiros e 13,4% nos navios-tanque.
Com a entrada em vigor dos novos limites de enxofre impostos pela IMO, a 1 de Janeiro do ano passado, a instalação de scrubbers foi a solução encontrada por muitos armadores para continuarem a queimar o combustível tradicional, de alto teor de enxofre (HSFO), mais barato que o bunker de baixo teor de enxofre (VLSFO).
À altura, e considerando a diferença de preços dos combustíveis, o investimentos nos filtros de gases de escape pagava-se a si mesmo, entre 12 e 18 meses.
As contas foram, entretanto, baralhadas pela pandemia, tendo-se assistido a um aproximar dos preços dos dois tipos de combustível.
Mas agora esse diferencial parece ter estabilizado ligeiramente acima dos 100 dólares por tonelada, o que volta a justificar o investimento. Daí que a BIMCO preveja que os novos navios tendam cada vez mais a ser equipados com scrubbers.
FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS