IMAGEM/DIVULGAÇÃO: UNIVERSIDADE JOHNS HOPKINS
Segundo a Organização Mundial de Saúde, está descartada a hipótese de que o vírus tenha se originado em laboratório
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a SARS-CoV-2 é de origem animal e que “não há evidências” de que tenha havido transmissão do coronavírus antes de sua detecção em dezembro de 2019 em Wuhan, na China. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (9), em entrevista coletiva.
Os cientistas dizem também não existir motivos para continuar a se investigar um suposto acidente em um laboratório chinês. A teoria, segundo eles, seria “extremamente improvável”. O especialista em Segurança Alimentar e Doenças Animais da OMS e presidente da equipe de pesquisa em Wuhan, Peter Ben Embarek, afirmou que a apuração revelou novos dados, mas não mudou “dramaticamente” o cenário da pandemia.
Embarek explicou que a entidade aventou “quatro hipóteses” sobre como o vírus da covid-19 teria se espalhado entre os humanos. A primeira é de um salto direto de um animal para um humano; a segunda, por meio da transmissão de um morcego e espécies animais intermediárias, com um segundo animal envolvido que é “potencialmente mais próximo do homem no qual o vírus se adapta facilmente e salta para o homem”. A terceira teoria é a possibilidade de que produtos congelados atuem como uma superfície de transmissão do vírus para a população humana ou rotas de transmissão relacionada aos alimentos e a quarta hipótese, descartada, seria a de um acidente de laboratório.
A transmissão a partir de um animal é provável, mas “não se identificou ainda”, disse Liang Wannian, chefe da equipe da China. De acordo com Peter Ben Embarek, a hipótese mais provável é a transmissão do vírus via um animal intermediário. Porém, a teoria precisa de “investigações mais específicas e precisas”.
Wuhan
A principal teoria defendida por Liang Wannian é a possibilidade de que produtos congelados atuem como uma superfície de transmissão do vírus para a população humana ou rotas de transmissão relacionada aos alimentos.
O especialista da China admite que não há ainda como saber de que forma o vírus foi introduzido ao mercado de Wuhan. Uma das teses é de que a origem poderia ser zoonótica. Os morcegos poderiam ser uma aposta, ainda que a pesquisa deixe claro que existem possibilidades de que outros animais tenham servido como intermediários.
FONTE: REDE BRASIL ATUAL