O Ministério do Trabalho e Emprego lançou no dia 9 o Portal Relações de Trabalho, um sistema com informações sobre organizações sindicais no país. Inicialmente, a ferramenta tem dados relativos a três eixos temáticos: entidades sindicais, arrecadação e registro sindical baseados no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES) e no Anuário de Contribuição Sindical da Caixa Econômica Federal.
Segundo o portal, o país tem atualmente 17.183 entidades sindicais, das quais 73% estão no meio urbano. A maior predominância dessas entidades está na Região Sudeste com 33,8%, seguida por Nordeste com 24,24%, Sul (23,96%), Centro-Oeste (10,7%) e Norte (7,22%). Em 2016, as entidades sindicais arrecadaram R$ 3,5 bilhões. A classe trabalhadora foi responsável pelo recolhimento de R$ 1,9 bilhão desse valor, o correspondente a 71,52%. Os dados são detalhados segundo a entidade sindical, arrecadação e o registro sindical.
A ferramenta aponta que Central Única dos Trabalhadores (CUT) é a maior instituição sindical do país, que engloba 2.421 entidades sindicais, seguida por Força Sindical, que inclui 1.752 entidades e União Geral dos Trabalhadores (UGT), que envolve 1.374 instituições sindicais.
“É uma tendência do Estado brasileiro a transparência, que corresponde a uma exigência do cidadão de que os dados sejam de conhecimento de todos. O povo exige e é dever do Estado dar satisfação dos seus números. No mundo de trabalho essa necessidade é ainda mais gritante”, disse o secretário executivo do Ministério do Trabalho, Antônio Correia de Almeida.
Para o assessor jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Cristiano Zaranza, o portal permitirá maior transparência da atuação dos sindicatos no país. “Ganha a sociedade por ter uma maior visibilidade do que a classe sindical faz”, avalia.
O presidente da Força Sindical no Pará, Ivo Freitas, ressaltou que a ferramenta é “oportuna” ao permitir que o governo trace políticas públicas mais efetivas com as informações consolidadas pelo sistema.
Fonte: Agência Brasil