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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta 2ª feira (11.set.2023) que os líderes dos países que integram o Mercosul e a União Europeia se reúnam para fechar o acordo comercial entre os 2 blocos e que a decisão saia nos próximos meses. “E temos que chegar nos próximos meses a um acordo de sim ou não. Ou faz ou para de discutir. Já faz 22 anos”. Lula disse que quando os negociadores não conseguem avançar, é hora de entrar a política.
O presidente falou a jornalistas em Nova Délhi, capital da Índia, onde esteve para participar da cúpula de líderes do G20. Embarca de volta para o Brasil nesta 2ª feira. Chega a Brasília às 23h. O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) disse nesta 2ª feira que uma delegação com negociadores europeus viajará ao Brasil em 21 de setembro para realizar um encontro com representantes do governo brasileiro. Outra reunião virtual será realizada em 15 de setembro.
Lula relatou ter dito ao chefe do Executivo da França, Emmanuel Macron, que quer fechar o acordo enquanto é presidente do Mercosul. Também afirmou ao líder francês que o bloco sul-americano recusou a carta adicional enviada pelos europeus em março por rechaçar as ameaças de sanção indicadas em casos de descumprimentos de regras ambientais. O Brasil também é contrário à participação estrangeira nas compras governamentais.
Os 2 tiveram uma reunião bilateral às margens do G20. Segundo a Presidência, conversaram sobre as pendências que ainda impedem a finalização do acordo entre Mercosul e União Europeia. Lula disse a Macron que o bloco sul-americano está pronto para concluir o processo o mais rápido possível e que espera uma postura clara dos europeus.
Na semana passada, negociadores do Mercosul apresentaram diretrizes que o bloco enviará como resposta às demandas da União Europeia apresentadas em março. Em julho, Lula afirmou que a carta contendo cobranças sobre questões ambientais era “inaceitável”. Questionado sobre se há ambiente político, especialmente por parte dos europeus, para que o acordo seja selado, Lula disse que sim, mas defendeu “ponto de equilíbrio”.
“Sempre tentam passar a ideia de que não é Argentina, o Brasil que não querem [fechar o acordo]. Queremos e precisamos. Mas queremos ser tratados em igualdade de condições. Acordo comercial é via de duas mãos, eu compro e eu vendo. Temos que chegar a ponto de equilíbrio”, declarou o presidente.
FONTE: PODER360