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O juro real nanico para padrões brasileiros e a reação dos índices de confiança da Fundação Getúlio Vargas (FGV) ajudam a alimentar expectativas favoráveis para o Produto Interno Bruto (PIB), mas não compensam o retrocesso do mercado de trabalho. O Índice do Nível de Emprego, monitorado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está em recuperação. Até aqui, boa notícia. Encerrou 2017, aos 173,77 pontos; em janeiro era cotado aos 174,13 pontos. A má notícia vem da comparação. Em dezembro de 2013, o Índice do Nível de Emprego alcançou 185,04 pontos. Segundo a PNAD, a taxa de desocupação, que recuou de 7,2% em janeiro de 2013 para 6,2% em dezembro daquele ano colocando o Brasil no pleno emprego, encerrou 2017 em 11,8%. Em janeiro deste ano, subiu a 12,6%.

O Índice de Volume de Vendas no Varejo, também do IBGE, piorou de dezembro do ano passado para janeiro deste ano, quando passou de 119,50 pontos para 90,90 pontos. Em janeiro de 2013, esse indicador estava em 93,30 pontos, mas terminou o ano 36,6 pontos acima, aos 129,90 pontos.

Em tempo: A evolução da taxa Selic e do PIB brasileiro em 2012, 2013 e 2014 é exemplar sobre a defasagem entre uma decisão de política monetária e o seu efeito. A Selic, que sofreu um corte súbito em agosto de 2011, caiu até 7,25% em outubro de 2012. Voltou a subir em abril de 2013 e encerrou aquele ano em 10%. Portanto, a queda de 3,75 pontos percentuais foi parcialmente compensada com uma alta de 2,75 pontos. A redução do juro foi decisiva para a expansão de 3% do PIB em 2013. Já o aumento da Selic entre abril e dezembro de 2013 refletiu-se na queda de 0,4% no PIB de 2014.

Fonte: Valor Econômico