IMAGEM: MARINE TRAFFIC
Lucros permitiram que a Maersk fizesse investimentos estratégicos de longo prazo em descarbonização e crescimento logístico
Em 2021, a A.P. Moller - Maersk obteve aumento na receita em 55%, chegando a US$ 61,8 bilhões. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em tradução livre) triplicou para US$ 24 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre foi de US$ 16,5 bilhões. O resultado, informa a Maersk, permitiu à empresa fazer investimentos estratégicos de longo prazo em descarbonização e crescimento logístico, combinados com forte distribuição de caixa aos acionistas.
“Condições excelentes de mercado levaram a um crescimento e lucratividade recordes na A.P. Moller - Maersk, mas também levaram a desafios severos para nossos clientes. Dedicamos esforços tremendos para mitigar gargalos, expandindo a capacidade em todo o oceano, melhorando a produtividade nos terminais e aumentando nossa presença logística global. Continuaremos com esses esforços, à medida que vemos a atual situação do mercado persistir no segundo trimestre. Ao mesmo tempo, observamos as conversas com os clientes mudarem de discussões sobre taxas de frete lideradas por compras para conversas mais holísticas sobre como realmente fazemos parcerias para manter as cadeias de suprimentos funcionando de ponta a ponta. Isso valida claramente nossa estratégia”, afirma o CEO da A.P. Moller - Maersk, Søren Skou.
A empresa continuou fortalecendo seus negócios de Logística e Serviços ao longo de 2021, superando o crescimento do mercado com um aumento de receita de 41%, para US$ 9,8 bilhões. O crescimento orgânico veio de vendas cruzadas para os 200 maiores clientes da Maersk, também conhecidos como Top 200 Ocean. Além disso, seis negócios foram adquiridos nas áreas de transporte aéreo, comércio eletrônico, armazenamento e atendimento, e 85 novos depósitos foram abertos, melhorando as capacidades e a presença em todo o portfólio de produtos.
No departamento de oceanos, a lucratividade aumentou consideravelmente com uma receita de US$ 48,2 bilhões em 2021, em comparação a US$ 29,2 bilhões no ano anterior, impulsionada por altas taxas de frete devido ao impacto contínuo da pandemia que resultou em interrupções nas cadeias de suprimentos globais.
Para aumentar a previsibilidade e confiabilidade, a capacidade foi estendida tanto para equipamentos quanto para embarcações, e um esforço significativo foi feito para priorizar os volumes contratados, com contratos de longo prazo agora representando 65% acima dos 50% de um ano atrás.
No departamento de terminais, a lucratividade continuou a crescer em 2021, impulsionada pelo forte desempenho de volumes e receita de armazenamento. O retorno sobre o capital investido (ROIC) aumentou para 10,9%.
Durante o ano, o uso de soluções e serviços digitais cresceu significativamente, com o faturamento atingindo US$ 38 bilhões. O tráfego aumentou 15%, à medida que os clientes continuaram a adotar ainda mais as soluções digitais. Além disso, as reservas via dispositivos móveis aumentaram mais de 15 vezes.
Expectativas para 2022
A Maersk espera o mercado continue com a configuração atual no segundo trimestre de 2022 e normalização no início do segundo semestre do ano.
Com base nessas premissas, para 2022 a empresa estima um EBITDA de aproximadamente US$ 24 bilhões, EBIT de aproximadamente US$ 19 bilhões e fluxo de caixa livre (FCF) acima de US$ 15 bilhões.
Espera-se que o departamento de oceano cresça acompanhando a demanda global de contêineres, que deve crescer entre 2% e 4% em 2022, sujeito a grandes incertezas relacionadas ao atual congestionamento, interrupções de rede e padrões de demanda.
Para 2022 e 2023, a expectativa de CapEx (investimentos) é de US$ 9 e 10 bilhões, respectivamente, impulsionado pelo crescimento intensificado do departamento de logística, serviços e investimentos em ESG (Ambiental, Social e Governança, em português). O CapEx para 2021 e 2022 foi mantida em US$ 7 bilhões.
FONTE: PORTOSeNAVIOS