IMAGEM: DIVULGAÇÃO/COMEX DO BRASIL

Preços disparam 229% no terceiro trimestre

A gigante dinamarquesa Maersk tem alcançado os melhores números dos últimos sete anos, e isso deve-se ao aumento dos preços do alugueis dos seus contêinres pela crise na cadeia de abastecimento mundial.

A empresa admitiu que “o fim da crise dos contêineres não está à vista” e que a atual crise ainda se pode agravar devido à necessidade de muitas empresas tentarem aumentar o seu estoque a todo o custo, revela o ‘elEconomista’.

De acordo com a Maersk, no terceiro trimestre de 2021 apenas 0,6% dos cargueiros da frota total mundial permaneceram inativos, “um número sem precedentes”.

De acordo com os dados do China Composite Freight Index (CCFI), que analisa as taxas dos portos chineses, o preço do frete aumentou 229% no terceiro trimestre em relação ao ano passado devido à elevada procura por este serviço.

A Maersk admitiu que a indústria marítima não tem de momento capacidade para administrar o aumento do volume de carga que se desencadeou após a pandemia.

“Os portos não estão funcionando tão bem quanto deveriam, e assim não podemos descarregar contêineres tão rápido quanto gostaríamos. É difícil ver exatamente quando a situação vai melhorar. Os nossos clientes estão a lidar com uma procura muito alta de clientes e também têm um stock muito baixo”, explicou o CEO da Maersk, Soren Skou, segundo o ‘elEconomista’.

A empresa revelou que o número de contêineres em circulação aumentou 7% e que um contêiner que custava o aluguel cerca de 1.650 euros, quase duplicou de valor e tem agora um custo de quase 3.100 euros.

 

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS